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Refazendo o Caminho

Atualizado dia 8/5/2006 11:24:55 PM em Autoconhecimento
por Shee Sheerran


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Em nossa caminhada nessa dimensão, permanentemente fazemos escolhas.

Escolhas das mais simples até as mais complicadas e dolorosas.

Escolhemos o que queremos ou achamos que necessitamos a todo o momento.

Mas existem escolhas que devemos fazer quando terminamos um ciclo de nossas vidas.

Perceber o término de um ciclo em nossa vida e fazer a escolha certa de permanecer tocando esse ciclo de qualquer maneira ou recomeçar do zero escolhendo uma nova maneira de viver, esse é o grande desafio que nos deparamos em vários momentos de nossa caminhada.

Esses ciclos são diferentes pra cada pessoa. Alguns aparecem a cada sete anos, outros a cada mês, enfim, cada ser tem seu relógio interior e ele é quem define o término ou início de um novo ciclo.

Às vezes, nós achamos que nosso ciclo terminou, mas a outra pessoa não percebe e continua e o sofrimento passa a ser insuportável para ambos. Nada passa a funcionar e a luz da alegria e vontade de usufruir a vida, desaparece. O túnel fica escuro e não vemos a saída. Mergulhamos na inércia e deixamos o barco à deriva.

Nessa encarnação, já passei por vários ciclos, dos mais difíceis, até os mais fáceis de terminar.

Mas nenhum deles se compara ao que fechei nessa fase de minha vida.

Foi o mais dolorido e difícil de encerrar. Talvez por comodismo, medo ou inércia. Deixar ficar, mesmo quando os caminhos e desejos das pessoas envolvidas já estivessem se delineando como diferentes. Mesmo assim, é complicado, pois envolve sentimentos enraizados, acomodação, medo do novo, enfim, envolve o hábito.


Esse ciclo já havia terminado há algum tempo, mas teimosamente eu não quis enxergar e continuei alimentando esse tempo e esse espaço em minha caminhada.

O sofrimento veio então com toda a intensidade.

A carga energética se intensificou e eu quase me sufoquei carregando em meus ombros, dores que não eram as minhas.

O acordar foi doloroso.

Precisei reciclar meus sentimentos e pensamentos.

Refazer a caminhada mentalmente e, então, decidir.

Ou eu virava a mesa da minha vida ou acabava soçobrando junto com os filhos.

Para que eu pudesse sair dessa bola de neve que havia construído, regredi a várias vidas passadas, refiz o caminho e, então, decidi.

Sairia sim desse ciclo, mesmo como muita dor ou sofrimento pra quem assim o quisesse.

Afastando-me temporariamente do meu grupo, poderia ajudar aos meus queridos que ainda sentiam a energia roer suas entranhas.

E de longe então pude olhar, sentir e ajudar a sair do ciclo e da egrégora que nos aprisionava.

Fiz o ritual de libertação. Libertei-me e libertei de mim a outra pessoa, depois de 34 anos de um ciclo que produziu quatro filhos, quatro netos, muitas alegrias e muitas dores também.

Mas sabia, eu sabia que era necessário e assim o fiz.

Dei a chance de um recomeço digno para todos nós.

Uma possibilidade de novos rumos, novos ciclos e uma caminhada mais tranqüila e amorosa.

Libertei do peso e da dor de um convívio que não era mais prazeroso ou produtivo e assim acenei com a possibilidade de novos encontros e escolhas para todos nós.

Dessa forma, alcei novos vôos e hoje experencio com muita energia renovada e esperança um novo ciclo de vida. E tenho a certeza de que abri também as portas para novos rumos para todos os envolvidos nessa trama.

Abri a possibilidade para cada um de nós entender e perceber que a cada passo fazemos uma escolha e que cada escolha significa o término de um ciclo da vida. E que cada ciclo que se encerra, apresenta mais mil possibilidades de vivência e experiência.

E que essa experiência torne cada um de nós uma criatura melhor pra si mesmo e conseqüentemente para o Todo.

Essa talvez tenha sido a maior lição que aprendi e tento agora passar aos meus filhos e amigos.

Esse novo caminho e início de mais um ciclo podem ser mais prazerosos?? Mais feliz?? Não sei. Mas com certeza vai me apresentar novos desafios, novas possibilidades e novo aprendizado.

E isso é tudo o que importa. Caminhar sempre, estagnar nunca. Eu mais uma vez, estou pronta para recomeçar e reaprender a caminhar por novas estradas.

Não importa se com paisagens mais verdes ou mais áridas. Somente novas paisagens, novos caminhos e com passos firmes e largos em direção ao infinito.


Mas, muito mais que isso. Saio mais consciente de que não se deve esticar um ciclo além do necessário e que reiniciar é necessário para o crescimento e aprimoramento de nossa caminhada em direção ao Pai.

Permaneçam em
Paz Profunda

She

05/08/2006Texto revisado por: Cris
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Conteúdo desenvolvido por: Shee Sheerran   
Escritora, terapeuta (TVP), palestrante, curso de energização e retirada de implantes. Atendendo agora em Alto Paraiso (GO). Consultas: (62) 3446-1990
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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