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Reflexão Espiritual

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Autor Marcos Spagnuolo Souza

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 2/27/2009 6:44:51 PM


Estamos partindo da tese que existe uma consciência primeira a qual denominamos Deus. Da consciência divina emanaram as almas individuais que logicamente são fragmentos da consciência causal. Podemos dizer que o universo da consciência primeira e das almas individuais é um universo unitário não existindo distinção qualitativa entre Deus e as almas e sim distinções quantitativas, significando que a distinção está na extensão do nível de consciência e não na substância. O referido universo, utilizando um linguajar atual, é denominado de entropia nula, ou seja, está além do espaço, do tempo, da energia, da forma, da quantidade, da qualidade e da onda. É um universo inominável; inefável e inanimado. O universo da entropia nula é o universo onde somente existem idéias elaboradas por Deus.

Podemos dizer que o universo da entropia nula gera ondas que propagam no espaço de forma oscilante caracterizada pelo cumprimento de ondas com determinada freqüência. As ondas representam a segunda realidade macrocósmica sendo que a primeira realidade macrocósmica é o universo inefável da entropia nula. O mundo das idéias (entropia nula) atuando nas ondas provoca o colapso das ondas fazendo surgir à terceira realidade macrocósmica que é a realidade objetiva, sólida, constituída de coisas que possuem atributos, tais como massa, carga elétrica, momentum, momentum angular, spin, posição no espaço, existência contínua através do tempo, energia, encanto, som e cor.A terceira realidade é o mundo do encanto que é material, finito, mutável, transitório e destituído de qualquer tipo de valor. Quando a alma se prende ao mundo do encanto se confunde com os seus atributos específicos principalmente com o tempo e espaço. O objetivo atual da alma é desapegar totalmente do mundo ilusório.
Os conceitos que elaboramos estão fundamentados em: Sócrates, Platão, Plotino e nos Cínicos onde defendem a existência de um mundo corruptível (material) em oposição ao mundo incorruptível (entropia nula).

Sócrates e Platão dizem que no mundo espiritual tudo é eterno e a alma pertence ao mundo espiritual (hiperurânio). No mundo espiritual estão as imagens primordiais, eternas, imutáveis e não são conhecidas através dos sentidos. Contrapondo ao mundo espiritual existe o mundo da relatividade, das coisas passageiras e mutáveis que é o universo material incluindo o nosso próprio corpo físico. Tudo que vemos no mundo material, tudo que podemos tocar pode ser comparado a uma bolha de sabão, pois, nada no mundo material é durável. O mundo material é o mundo da sombra, da obscuridade e muitas almas preferem viver no mundo da sombra a viver no mundo verdadeiro que é o mundo espiritual. Quando a alma se envolve com o corpo, com o mundo material ela esquece completamente de sua estrutura eterna e também se esquece do mundo perfeito que é o mundo espiritual. A verdadeira atividade da alma é libertar-se do cárcere do corpo e do universo físico.

Plotino diz que o objetivo da vida é libertar-se do mundo material para reunir-se ao divino e poder contemplá-lo, até o ponto culminante de uma transcendente união mística. Suas últimas palavras resumem sua filosofia: “Procurai conjugar o divino que há em vós com o divino que há no universo”. As coisas procedem do Uno pelo processo de emanação. A primeira emanação é a Inteligência ou Nous, a única realidade que tem origem imediata no Um. Da inteligência procede a Vida; da Vida, a alma universal e da alma universal a alma de cada homem. A última emanação que procede do Um é a matéria. Esta é a emanação mais pobre e imperfeita. A alma pode voltar-se para a matéria ou voltar-se para o Um. As etapas do retorno da alma ao Um são três: ascese, contemplação e êxtase. Ascese é a alma desapegar-se do domínio da matéria. Contemplação é ter consciência de ter em si o Um. Êxtase é a união mística com o Um não havendo mais nada entre a alma e o Um, já não há dois, mas Um. No êxtase a alma se vê exaltada e preenchida pelo Uno.

O cinismo é uma maneira de pensar que desenvolveu no mundo grego no século III a.C., a partir da concepção que o mundo material não possui nenhum valor. Os cínicos consideram inúteis todos os conhecimentos produzidos pelo ser humano sendo útil somente a paz interior. A paz interior é conseguida a partir do momento em que o ser humano consegue desapegar de todas as coisas materiais. O ser humano estando em paz interior somente se alimenta quando recebe alimento de outra pessoa, dorme quando sente vontade de dormir e para dormir deita-se onde estiver sem precisar de uma casa. A pobreza e a obscuridade é o maior bem para o ser humano que busca a paz interior. A paz interior é diretamente proporcional ao desligamento dos prazeres, do abandono da riqueza, da eliminação do desejo por ter qualquer tipo de poder, fama e sucesso. O cínico é um ser humano que vive sozinho, pois, a paz interior o basta.
    

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