REFLEXÕES SOBRE A RESPONSABILIDADE E A AUTOTRAIÇÃO
Autor ROBERTO LUZ
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/30/2008 7:27:27 PM
Ronaldo: Não traí o Flamengo em nada. Se houve traição, foi a mim mesmo
Ronaldo é um jogador de futebol, e disse essa frase, em uma entrevista coletiva à imprensa!
Algumas vezes, seja na ficção ou na vida real ouvimos frases como: “Você destruiu a minha vida...”, “Eu estou deste jeito por sua causa...”, “Você me traiu...”, “Olha o que você fez comigo...”. Ditos que vêm sempre acompanhados de muita raiva, mágoa, ressentimento e rancor. Entretanto, pouco ou nunca se pergunta onde será que tudo começou para terminar assim, ou, qual é o limite da responsabilidade de um e do outro para que a situação chegasse a esse ponto.
Muito complexa é esta análise, uma vez que existem vários fatores a serem considerados e são questões que envolvem um conjunto de fatos, de ações, de reações e de pessoas. As pessoas... Talvez esse seja o ponto de partida para chegar-se a algum lugar, pois ao analisarmos as relações interpessoais, temos sempre que considerar o indivíduo em primeiro lugar.
Cada ser humano cresce de uma forma diferente, recebendo um conjunto de influências externas que serão fundamentais para a formação de cada indivíduo, que ao crescer expressará, reagirá e irá se expor diante do mundo de acordo com seus aprendizados anteriores.
No entanto, existe um momento em que cada um passa a ter responsabilidade por suas próprias ações e por tudo o que ocorre em sua vida. Desta forma, ao notarmos com profundidade certas situações, percebemos que a maioria das coisas que ocorrem na vida não é responsabilidade do outro, mas sim, consequência das próprias atitudes individuais tidas ou não tidas, que se conduzem por determinados caminhos, por vezes indesejados e inesperados.
Assim sendo, ao pensar em se colocar no outro a responsabilidade pelos males ocorridos, é preciso antes olhar para cada uma das pessoas envolvidas nas questões para se chegar a um ponto neutro, isento de pré-julgamentos, para que se tenha claro que um “erro” não ocorre pura e simplesmente sem razão qualquer, existe um porquê, que deve ser considerado anteriormente ao julgamento.
E quando se fala em relações interpessoais, necessário é, que se tenha muito mais cautela, para que, ainda que se possa haver um erro ou um culpado, que haja acima de todas as coisas a compreensão dos fatos e da forma em como lidar com tudo isso, para que esse fato não acabe desencadeando outros que causem maior sofrimento.
De fato o que ocorre é que as pessoas estão acostumadas a colocar a responsabilidade no outro pelos seus sofrimentos, pela dor que passam, e assim, deixam de olhar para suas próprias responsabilidades dentro dos fatos, uma vez que é mais fácil e automático culpar o outro.
Por exemplo, quando se fala em traição, uma palavra forte e pesada, nunca se pára para pensar no princípio de tudo, ou seja, onde realmente se começa a traição... Será que tudo não principia quando as pessoas começam a trair a si mesmas, a seus propósitos, a seus ideais, a seus sonhos?
Este é um tema que exige muita atenção, pois muitas são as formas de como se pode ver uma situação como essa e diversas são as maneiras do como e do porquê elas acontecem. Por isso, não há como generalizar e ao mesmo tempo como analisar um fato isoladamente. É preciso ter cautela e discernimento para que se possa compreender os processos da vida.
No entanto, quando as pessoas deixam de fazer o que gostam, quando abandonam a si mesmas, quando valorizam mais o externo, vivendo apenas da aparência, não estariam elas traindo a si mesmas, deixando de lado o que realmente as fazem felizes?
As pessoas em geral, questionam muito a questão da traição no que diz respeito ao outro... Mas se você olhar bem, com atenção, perceberá que, o quanto o ser humano trai a si mesmo é algo incomparável quando se pensa na relação entre duas pessoas, por exemplo.
É fim de ano! E como todos os anos anteriores, quantas são as promessas, de todas as formas e em todos os aspectos, que as pessoas fazem a si mesmas nessas épocas? Quantas de fato são cumpridas? Ou, quantos com dedicação realizam as transformações a que se propõem, especialmente, nesse período do ano? Pergunte a si próprio o quanto tem prometido nessas fases de Boas Festas e o quanto tem cumprido e se mantido fiel aos seus propósitos mais preciosos lançados ao Universo nos fins de ano.
E quando se fala de Amor por si, então, esse é o principal ato de infidelidade que alguém pode ter para consigo mesmo... Não se cumpre mesmo... Troca-se esse ato amoroso por qualquer coisa do ambiente externo ou interno que se julgue mais importante, ainda que tenha pouco ou nenhum valor. Deixa-se para depois todo apreço que se deve dar a si mesmo, agora, em forma de atenção, carinho, afeto, força, coragem, alegria, dedicação, bom humor, vibração, confiança, auto-estima, sorrisos, etc.
Deste modo, a responsabilidade pela tristeza, pelo sofrer ou pela dor que se passa a sentir é do outro ou é fruto do auto-abandono?
É uma espécie de “autotraição”.
Muitas vezes se torna, aparentemente, mais fácil ir cada vez mais fundo no túnel, que levará cada vez mais à dor e ao sofrimento, responsabilizando o mundo por toda a desgraça ou mal que ocorre a si, não querendo tomar as rédeas da vida, erguer a cabeça, sacudir a poeira, dar a volta por cima e seguir adiante com coragem, fé, esperança, perseverança.
Estes últimos, que se manifestam positivamente, são a parte mais simples, mas que dá mais trabalho, pois é necessário buscar dentro de si o melhor. Ser leal a si mesmo, fiel aos propósitos, sincero na busca da concretização de seus sonhos, verdadeiro com os anseios da alma, e por aí vai! O que, naturalmente, trará uma nova visão de tudo o que está ao redor e das pessoas que se quer responsabilizar, sendo mais ameno com a vida, leve com seu irmão terreno e sabedor que há um mundo à frente que o espera sorrindo..
A existência é muito simples de ser vivida, basta colocar-se no fluxo correto, permitindo que a Vida Viva fale mais alto, envolvendo-se pelo que há de melhor e maior em si mesmo, o Amor... Permitindo desta forma que o fluir do viver seja sempre um aprendizado positivamente construtivo.
Não importa o que se tenha vivido ou o que há para se viver, o importante é não trair a si mesmo, e desfrutar cada instante do momento presente com a alegria de viver, com a consciência de que o poder da vida está em nossas mãos. E saber que é ótimo nos responsabilizarmos por nossas vidas e pelas coisas que nela ocorrem, pois assim, podemos transformá-la sempre que for necessário, sob a Luz do Bem Maior, uma vez que temos o Dom de gerar Felicidade Pura em nossa própria existência, por força do Livre-Arbítrio, para compartilhá-la com os outros, expandi-la pelo Universo e propagá-la por onde passarmos.
Faça isso por você! Responsabilize-se pela sua Felicidade e seja Fiel aos seus propósitos!!!
ATÉ SEMPRE!!!
ROBERTO LUZ...
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ROBERTO LUZ desenvolve um trabalho profundo e vivencial que tem por objetivo orientar, motivar e transformar com base no Amor, como a Fonte Infinita das Grandes Virtudes do Espírito. Através de seus projetos, produtos e atividades ensina as pessoas a brilharem, manifestarem seus potenciais, talentos e virtudes para assim encontrarem a Felicidade. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
