Regressão e Pesquisa
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Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/11/2005 11:02:47 PM
Muito se tem falado em torno do fenômeno regressivo, principalmente quando a experiência ingressa na área do inconsciente humano profundo e de lá traz informações em forma de sensações, sentimentos e imagens de uma outra época, de uma outra vida, como se o paciente fosse outra pessoa.
Por motivo de desinformação, existe alguma confusão no entendimento do que realmente acontece numa sessão de regressão no consultório psicoterápico. Cabe-nos, portanto,
esclarecer algumas distorções e, talvez, a principal delas seja o medo "de ficar lá e não voltar mais."
A função do terapeuta de regressão é justamente continuar a fazer o que vem fazendo durante as sessões de psicoterapia, ou seja, permanecer ao lado do paciente acompanhando todo o processo regressivo. Interferir o mínimo possível na experiência e evitar a curiosidade são regras imprescindíveis para um terapeuta de regressão. Desde que tenha, ao seu lado, um profissional preparado e confiável, o paciente não terá o que temer.
Existem mais dois tipos de processos regressivos: através de sonhos e a auto-regressão por intermédio de técnica orientada comumente por livros. O problema da técnica orientada é o nível de experiência que o auto-regredido poderá ter. Se o nível de sentimentos da revivência, por exemplo, for muito intenso (com muita emoção), a tendência da pessoa é retornar sobresaltada e, sem um acompanhamento especializado que possa trabalhar com a pessoa este conteúdo intensamente revivenciado, a experiência poderá causar-lhe consideráveis desconfortos.
Bem, após este esclarecimento inicial, passemos à minha experiência de regressão a vidas passadas, porque nada melhor do que um terapeuta de regressão que possa testemunhar e divulgar as suas próprias revivências.
Tomei a iniciativa, há alguns anos atrás, de pesquisar informações que emergiram de uma regressão da qual fui paciente. A experiência foi muito boa, repleta de detalhes significativos: via-me sentado em um rústico banco de madeira e à frente de uma velha índia. Esta, dirigindo-me seu profundo olhar, disse-me para eu voltar os olhos para uma tijela que estava entre nós e que continha um líquido em seu interior. À medida em que fixei o olhar para o interior daquela tijela, senti-me transportado para uma cena em que via-me juntamente com outros guerreiros sioux, incendiando uma pradaria.
No interior deste círculo de fogo encontrava-se acampado um comboio de colonos armados e com seus carroções de viagem e cavalos. Quem corria para fora do abrigo das carroças e da ameaça do fogo que se aproximava, inevitavelmente era alvejado por flechadas. Quem ficava morria pelo fogo. Era final do século dezenove, quando os últimos índios norte-americanos livres e sobreviventes dos contínuos massacres do exército, lutavam desesperadamente pela sobrevivência e pela garantia de território livre fora das reservas.
Esta revivência do fogo sintonizou diretamente a um hábito que até então tinha, com características de impulsividade: como resido próximo a uma área de morro considerada área de preservação ambiental, sempre que, durante o forte do verão - fosse dia ou noite - enxergava rolos de fumaça ou labaredas que subiam desta área, corria até lá para tentar apagar o fogo que consumia o campo. Somente relaxava quando conseguia o meu intento.
Percebi, então, com a regressão que estava sintonizado num genuíno sentimento de culpa e o fogo queimando o capim era o elo de ligação com o passado. A partir de então, por entender o seu significado, desliguei-me deste arriscado hábito que se tornara quase uma compulsão, deixando para os bombeiros a responsabilidade do dever.
A experiência de regressão foi acrescida de relevantes informações, como: chamavam-me "Pequeno Urso" e o meu irmão mais velho que tinha uma ascendência sobre mim, era chefe guerreiro e chamava-se "Grande Urso". Desencarnei ainda jovem quando enxerguei-me levando um tiro na altura do peito e caindo do cavalo durante uma batalha contra os "casacos azuis" do exército norte-americano.
Mais tarde, pesquisando na internet sobre a história do índio americano, consegui, após consultar vários sites, as informações que buscava no site: "KILLED IN THE BATTLE ON WHITE BUFFALO´S LIST OF 29 SIOUX DEAD", que traduzindo é: "LISTA DE 29 SIOUX MORTOS NA BATALHA DE BÚFALO BRANCO". Segue, entre outros nomes, LITTLE BEAR.
Esta experiência que acaba de ser descrita, pesquisada e associada a um fato histórico, é a média comum do que acontece nos consultórios dos terapeutas de regressão onde verificamos que a grande maioria das pessoas que regridem foram e continuam sendo pessoas comuns. Nem reis ou rainhas e muito menos "Joanas D´Arc."
NA PRAÇA
O SOL ACONCHEGA
CORAÇÕES DISTANTES
E APROXIMA
OLHARES PERDIDOS,
LIBERDADES ESQUECIDAS
E AMORES LONGÍNQUOS
NA PRAÇA,
O MARGINAL DIVIDE
O OLHAR ANGUSTIADO
E ESQUECE...
A FOME RECALCADA
(O SOL É PARA TODOS)
NA PRAÇA,
O JARDIM, A INOCÊNCIA
A ÁRVORE QUE CRESCE, A BUSCA
O SOL, A LUZ E A EXPERIÊNCIA
E A VIDA FUNDE-SE...
NA PRAÇA,
O SOL ACONCHEGA
CORAÇÕES DISTANTES,
OLHARES PERDIDOS,
E DILATA VISÕES...
E ACALMA PAIXÕES...
E TUDO FUNDE-SE NUM TODO
SEM NINGUÉM SABER
PORQUE TUDO É SIMPLES DEMAIS!
Poema escrito em 02/05/76
Psicanalista clínico, Psicoterapeuta Reencarnacionista e Terapeuta de Regressão.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 14
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |