Regressão sempre resolve?
Atualizado dia 5/10/2006 11:16:26 AM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
O caso que será abordado a seguir, evidencia duas situações distintas: os casos que deverão ser tratados com a regressão e os casos em que a regressão torna-se desnecessária. Nesta última opção, encaixa-se a terapia de casal que será descrita.
Eram dois jovens que, em consequência da prematura gravidez dela, casaram-se muito cedo. Ela com 15 anos, ele com 18. Passados 10 anos de um relacionamento instável, por iniciativa da mulher, procuraram ajuda na terapia.
Na entrevista demonstraram serem pessoas bem articuladas, de raciocínios limpos que não se contradiziam. O pensamento de ambos seguia uma lógica e coerência normais. Tinham plena consciência da situação conflitante em que se encontravam; no entanto, deixavam passar "nas entrelinhas" sentimentos confusos que afetavam suas capacidades de discernimento. Ou seja: se seria mais saudável, para eles e para a filha, permanecerem juntos ou se separarem. E foi aí, justamente neste tópico extraído da consulta avaliativa, que foi direcionado o sentido do objetivo terapêutico: trabalhar a confusão sentimental do casal, individual e depois coletivamente.
O psicoterapeuta que trabalha no manejo de conteúdos inconscientes da vida atual e também de outras vidas, terá, em muitos casos apresentados no consultório, de decidir entre o que será imediato e o que será mediato no trabalho terapêutico com seus pacientes. Isto é, saber avaliar situações que digam respeito ao encaminhamento de soluções consideradas por ele imediatas ou prioritárias, e situações mediatas, não urgentes ou prioritárias. No caso do casal, pelo natural encaminhamento da necessidade diagnosticada, a opção foi pelo "imediatismo" do conteúdo terapêutico da vida atual, onde o foco do tratamento foi direcionado.
Voltando ao caso, foi interessante observar que com o passar do tempo do atendimento individual, as alternâncias entre a "separação" e a "não separação" vinham e voltavam como uma bola de ping-pong. A mulher foi quem manifestou os primeiros sinais psicológicos no sentido de estar adquirindo segurança e confiança em sua decisão. O marido, músico, cabelos compridos, barba por fazer e jeitão de adolescente apesar de seus 28 anos, titubeava. No entanto, passadas mais algumas sessões de trabalho terapêutico, repentínamente ele aparece no consultório de visual novo: cabelo aparado, barba feita e com uma nova atitude diante do momento. O tempo vai passando e ele também começa a emitir os primeiros sinais a respeito de estar "construindo" com segurança a sua decisão a respeito dos destinos do casal.
A partir do retorno deles juntos no consultório, suas decisões individuais foram consensuais pela separação. Haviam amadurecido nesse sentido e estavam, de comum acordo, definindo o processo que, pelas características psicológicas de seus personagens, encaminhara-se para uma decisão saudável e consciente. E, como era de se esperar, para satisfação do terapeuta, permaneciam amigos.
Sempre é importante e nunca é demais registrar, que o caso apresentado, entre vários outros do gênero, evidencia situações em que os problemas a serem resolvidos pela interação do trabalho terapêutico dizem respeito a acontecimentos desta vida, do aqui-agora, sem necessidade de buscarmos através da investigação regressiva, explicações ou origens num passado remoto. No entanto, a regressão sempre terá a sua importância no momento adequado.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por: Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |