Regressão: último recurso?
Atualizado dia 11/15/2007 4:25:22 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Escrevi há alguns meses um artigo intitulado "Regressão não opera milagres!", onde registrava naquela oportunidade que a experiência regressiva é um importante mecanismo metodológico de catarse, investigação do inconsciente e de agilização do processo terapêutico, pois têm como principal característica, além de fornecer importantíssimos dados da vida atual e/ou vida(s) passada(s) do paciente, abreviar consideravelmente o tempo de tratamento.
No entanto, a regressão na ótica interdimensional de tratamento psico-espiritual não sobrevive isolada do contexto metodológico que contempla a psicoterapia como imprescindível mecanismo na (re)organização das peças do "quebra-cabeças" que é o inconsciente humano.
Na pespectiva interdimensional, psicoterapia e regressão trabalham de "mãos dadas" no sentido de buscar no processo investigativo, as origens dos males que afligem aquela pessoa. Portanto, a regressão, apesar de exercer o seu importante papel no contexto terapêutico, não deve ser encarada como a última esperança, mas como o conjunto que o método oferece como alternativa viável de cura.
Todos nós, psicoterapeutas oficiais e/ou alternativos, médicos alopatas ou homeopatas, psicólogos, psicanalistas e terapeutas em geral, estamos em busca de algo que diz respeito à nossa consciência de responsabilidade social e profissional, ou seja, atingir o máximo de eficiência na cura dos males que afligem o paciente e, por extensão, a humanidade.
E dessa forma caminhamos e evoluímos. O que ontem era considerado método 100% seguro com a evolução da ciência, hoje já questiona-se a sua eficiência em termos de resultados. E assim caminha a humanidade na trilha do progresso contínuo.
E nesse avanço, as metodologias que investigam o inconsciente humano na perspectiva psico-espiritual vêm dando uma considerável contribuição no sentido de propiciar ao profissional uma leitura diferenciada das origens e estruturação dos mecanismos que interagem na formação das patologias mentais. E essa percepção da interdimensionalidade do ser expande a consciência do psicoterapeuta que, por sua vez, ajuda a expandir a consciência do paciente, ambos inseridos no conjunto de possibilidades metodológicas que têm como objetivo principal o processo de auto-cura.
Regredir é preciso, mas alcançar os objetivos propostos pela técnica que lida com os aspectos interpretativos e elaborativos do material que emerge da experiência regressiva é fundamental e, ao mesmo tempo, um constante desafio para o psicoterapeuta e para o método por ele utilizado.
Por isso, independentemente da metodologia aplicada, seja ela oficial, alternativa ou mista, trabalhamos sempre em prol da eficiência em forma de resultados. E a regressão isolada sem um método seguro que provoque o "despertar" do indivíduo para as suas potencialidades adormecidas canalizadas para a auto-cura, vem a ser uma proposta incompleta e carente de resultados significativos.
Portanto, definitivamente, a regressão não deve ser vista como a última aposta de casos complicados, mas como um valioso complemento de interconexão dimensional na busca do que é a finalidade do tratamento: a possibilidade de cura através do acréscimo de lucidez ao nível de autoconhecimento do paciente.
Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos
Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |