Rei Arthur - Parte 2B
Autor João José Baptista Neto
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/24/2008 10:59:09 PM
(continuação)
As Crônicas Galesas são histórias que são talvez as mais velhas de algumas práticas religiosas antigas reprimidas na Europa Ocidental, que constantemente fazem referencia a Reis e Lords que guardam um lugar sagrado contra ameaças. O Gales Arthur era não só um herói da mesma estatura mas alguém com atributos mágicos. O ‘Mabinogion’ é tido como sendo escrito por volta de AD1050. É a mais bem conhecida coleção de histórias tradicionais Galesas daquela época, e contém o primeiro exemplo de romance Arthuriano, com detalhes de antigos rituais e de Deuses venerados. Junto com o Mabinogion, uma vasta gama de poemas, sagas e crônicas começam a emergir expressando a tristeza e a angústia de um povo desejando liberdade, procurando pelo lendário Arthur.
As versões orais dessas últimas histórias foram sendo escritas por volta de AD1080, logo após os Normandos terem irrompido Bretanha adentro (1050), até Gales (cerca de AD1063). Os Normandos esmagaram o que foi deixado dos Saxões e fundaram uma Cristandade Latina, e tornaram-se fascinados com as lendas de Arthur. A medida que se deslocavam para Gales os Normandos desesperadamente procuravam uma ancestralidade Galesa e o direito a herdar o reino conhecido como Bretanha, e assim o Ciclo Arthuriano pode ser visto como tendo sido de grande interesse político.
Em AD1147 ‘Historia Regum Britanniae’ de Geoffrey Monmouth estava para se tornar um ‘best seller’ Europeu. Diz-se que Geogffrey o escreveu prioritariamente para agradar os Normandos, aqueles que o acreditavam ser ele um Bretão, mas muitos acreditam que ele pode ter sido um Gales pelo menos de coração, principalmente trabalhando em Oxford (UK). Os escritos de Geoffrey eram em Latim, e é amplamente acreditado ter sido uma ficção o relato da linha ancestral mas com muitas das informações baseadas principalmente em fatos Celtas, afirmando que foram amplamente extraídos de antigos registros Celtas e ‘Cymric’. Walter Map, (AD1137-1209), Deão de Oxford, AD1197, e Galês, foi funcionário de ‘Henrique ii’. Acredita-se que Map pode ter extraído do trabalho de Geoffreu Monmouth quando organizava seu próprio trabalho sobre as lendas Arthurianas, para a sua obra ‘De Nugis Curialum’, “Of Courtier’s Trifles’, uma coleção de contos históricos,, lendas, e anedotas, e do trabalho posterior de Geoffrey sobre a biografia adulta de Merlin.
A associação dos trabalhos de Map e Geoffrey é acreditada ter sido grandemente responsável pela introdução do conceito de cavalaria e comportamentos às lendas Arthurianas, áreas as quais mais tarde tornaram-se centrais para a literatura francesa. É sugerido que foi Map quem primeiro estabeleceu as associações de Arthur com a Cristandade, com Arthur então visto ser a corporificação do perfeito Cavaleiro Cristão.
A ‘Historia Gegum Britanniae’ foi dedicada por Geoffrey ao legítimo filho de ‘Henrique i’, ‘Robert, o Conde de Gloucester’, talvez numa tentativa para legitimar o pleito Normando à herança Britânica. É aí que Geoffrey apresenta o caráter de ‘Merlin’, previamente conhecido na lenda Celta como o bardo Celta ‘Myrddim’, quem, através do uso da magia, tinha orquestrado o encontro de ‘Igerna’, também conhecida como ‘Igrain’, a esposa de ‘Gerlois, o Duque de Tintagel e Cornualha’, e o irmaão do Rei ‘Uther Pendragon’ no agora famoso castelo costeiro de Tintagel, onde reputa-se Arthur ter sido concebido. Assim do Merlin de Geoffrey agora se torna um herói dos Normandos e Galeses, com Arthur claramente como resultado de relações políticas na época quando Geoffrey estava ansioso para dar ao pleito dos Normandos a monarquia Britânica.
Fraterno Abraço,
Cavaleiro Templário
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