Relacionamentos Passionais : relações perigosas.
Autor Marisa Averbach
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/13/2005 3:52:31 PM
Felizardo aquele que nunca esteve envolvido em uma relação dessa natureza. Mas, quem esteve não pode reclamar. Trata-se de uma experiência que possui uma carga de intensidade que jamais será esquecida. Jamais mesmo. Neste tipo de relacionamento elementos como: ciúme; medo de sofrer uma perda; controle constante do outro; estão sempre presentes. Em outras palavras, total sentimento de posse, mesmo.
Interessante observarmos que este tipo de relacionamento pode acontecer de diversas formas:
1) A pessoa ciumenta, passional, controladora da relação, assume que essas são características dela; assume que pode vir até a sufocar a relação; mas diz que não faz por mal, não consegue ser de outro jeito ou até tenta trabalhar a si mesma, internamente.
2) Existe uma forma mais perigosa deste tipo de relação ocorrer. É quando a pessoa passional da relação não assume que é controladora, possui um imenso medo de perder (como se fosse sinônimo da própria morte), e age de uma maneira velada; é fria, finge que não possui o menor interesse pelo outro, tanto faz o parceiro estar ali como não estar, coloca a outra pessoa da relação completamente “doida”, com uma fixação nesta relação em que não consegue se desligar dela. Este tipo de ligação, sem dúvida alguma, é a que causa maiores conflitos: pessoas que nunca se consideraram com desejo de posse sobre o outro, que sempre respeitaram a liberdade dentro da relação, se encontram aprisionadas, enfeitiçadas e dizem: “Ele(a) não está nem aí para mim! Nunca me comportei assim, mas não consigo me desligar!” A pessoa, envolvida pelo parceiro, não consegue perceber que está presa numa armadilha, que a frieza do outro é aparente e que ele (o parceiro) está com o controle total da situação. Claro que ninguém, nesta história, é vilão; são mecanismos inconscientes que acontecem nos relacionamentos.
Neste tipo de ligação, cabe à pessoa que se sente submetida e enfeitiçada, fazer um esforço e tentar modificar a relação, não aceitando ser manipulada pelo parceiro que “não está nem aí”, ou romper mesmo a relação, sair dessa, por mais difícil que seja.
É muito provável que quando ocorra o rompimento, uma revelação repentina venha para o parceiro ciumento: “Eu o(a) adorava! Como fui perdê-lo(a)? Como nunca enxerguei isso antes?” Obviamente, todo o medo da perda aparece com a constatação de que houve uma perda de controle da situação.
Geralmente, pessoas mais possessivas e ciumentas necessitam viver ligações intensas, profundas, “se dar por inteiro”. O importante é assumir isso, viver a relação de maneira intensa, sem fazer armadilhas, sem querer ter controle, desejar que a relação dure enquanto tiver que durar e que o importante é se dar por inteiro. Não tem jeito: essa pessoa não possui controle sobre nada nem sobre ninguém! As perdas acontecem, independentemente da nossa vontade.
Escrito por:
Marisa Averbach.
Astropsicóloga
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Texto revisado por Cris
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