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RELACIONANDO-NOS COM DEUS - PARTE 1

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Autor Rogério Pires

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/15/2007 2:20:08 PM


Antes de começar a dissertar sobre este o tema, gostaria de deixar claro que o que será descrito não corresponde a verdade absoluta dos fatos relacionados à Deus, e ou, seus conceitos, pois como teremos a oportunidade de observar, não existe VERDADE absoluta, tudo que existe nessa realidade é relativo, depende do ponto de vista de quem observa. Acredito que contribuirei somente para a observação das visões já pré-estabelecidas, fazendo com que o leitor conheça algumas das realidades existentes e a partir destas, inicie a sua busca interna sobre este tema, que é no mínimo polêmico.

As polêmicas que foram criadas durante séculos de discussões, permite-nos reconhecer também neste tema, o que podemos chamar de CONFLITOS DOS OPOSTOS, que é o que nos motiva sempre a buscarmos respostas para questões que ultrapassam as curiosidades epistemológicas da humanidade. Mas ao invés de usar este livro para impor minhas convicções, prefiro dar elementos para vocês formarem as suas.

Afinal de contas, onde está Deus? O Psicólogo canadense Michael Persinger declarou que Ele está na mente dos homens, após conseguir sensibilizar certas regiões do cérebro de voluntários por meio da Estimulação Magnética Transcranial. Apesar de êxito em conseguir reproduzir “sensações espirituais” durante a sua pesquisa, houve contestação de vários outros pesquisadores. A idéia da existência de uma Força Superior de Criação se mantém muito presente nos dias de hoje.

Há milhares de anos, o homem foi criando uma relação muito “confusa” com Deus, longe de se ter uma congruência, sendo que a relação é muito mais intima com o “conceito” que se faz de Deus do que com Ele propriamente dito.
Podemos constatar esse ponto de vista fazendo uma breve leitura nas palavras de Jesus Cristo, segundo o Evangelho do Apóstolo Tomé, texto Gnóstico encontrado em 1945, em Nag Hammad. Jesus disse: "Se aqueles que vos guiam disserem, ‘Olhem, o reino está no céu,’ então, os pássaros do céu vos precederão, se vos disserem que está no mar, então, os peixes vos precederão. Pois bem, o reino está dentro de vós, e também está em vosso exterior. Quando conseguirdes conhecer a vós mesmos, então, sereis conhecidos e compreendereis que sois filhos do Pai vivo. Mas, se não vos conhecerdes, vivereis na pobreza e sereis essa pobreza." (...) “Reconheça o que está diante de teus olhos, e o que está oculto a ti será desvelado. Pois não há nada oculto que não será manifestado.” (...) Quem blasfemar contra o Pai será perdoado e quem blasfemar contra o filho será perdoado, mas que blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado nem na Terra e nem no Céu”.

Através deste texto, observando principalmente a última frase, a idéia que temos é a de que o “Pai” e o “Filho” são “modelos” criados pelo homem, sendo o Espírito Santo (Energia Criadora) a Única e Incontestável Divindade. Os mitos e modelos criados durante séculos e a transmutação das idéias em relação ao entendimento de Deus, foram sendo minuciosamente adaptados conforme a conveniência dos povos da época, sendo algumas delas vivenciadas e discutidas até os dias atuais. A mais presente é a de que o homem é um produto da criação divina; Deus criou o homem, surgindo assim a necessidade do homem em acreditar em uma Força Superior para explicar a sua existência.

O homem procura sempre um padrão a seguir quando o assunto necessita de um certo grau de entendimento e esclarecimento, sendo que, quando esta informação não entra em afinidade com aquilo que o indivíduo conhece, ele nega a sua existência buscando uma outra alternativa em afinidade com os seus modelos internos e ideais. Não poderia ser diferente quando buscamos elucidações sobre uma Força que “nos rege, nos dá vida, e conseqüentemente a morte”. Assim sendo, a crença que o homem tem em Deus, faz com que também se crie a sua forma antagônica, o ateísmo (descrença em Deus e principalmente em seus conceitos), fazendo com que se concretize um conflito de opiniões, de uma maneira ou de outra, a temática sobre Deus acaba sendo o centro das atenções, tanto para quem acredita ou não na existência Dele.

A defesa da interpretação conveniente desses diferentes conceitos fez com que o homem se agrupasse em classes pré-estabelecidas por uma minoria, uns seguem a filosofia “tal”, outros seguem a “religião de fulano”, conforme a afinidade individual e coletiva. Esse tipo de vivência faz com que cada vez mais se crie um distanciamento entre nós e da religiosidade existente neste contexto, pois cada ser tende a defender com veemência os seus “modelos” em relação ao ideal do que se acredita ser Deus, onde a grande maioria acaba chegando a ponto de fantasiar a respeito Dele. Podemos facilmente observar exemplos destes tipos de conflitos internos e guerras religiosas na história da humanidade e até nos dias atuais podemos presenciar este fato. O que nos deveria fazer pensar é a premissa de que para que se haja uma guerra ou um conflito, faz-se necessário, no mínimo dois lados, e em se tratando de uma guerra religiosa, de que lado Deus está?

Guerras ou conflitos religiosos são aqueles em que fatores religiosos e ou espirituais possuem um peso na provocação ou perpetuação do conflito, mas se todos os pontos de vista apontam para uma idéia em comum, a de que Deus é amor incondicional, que motivação pode existir para que haja uma guerra religiosa?

Como vimos antes, o homem tende a uma interpretação do conceito de Deus conforme a sua conveniência, e este fato faz com que, em um determinado momento, a interpretação deste entre em atrito com a interpretação de um outro indivíduo, criando grande controvérsia em relação às duas opiniões, pois se Deus é o único criador e Ele está presente em todas as coisas, que ponto de vista está correto se ele se faz presente em todos eles?

Religiosamente cada indivíduo é considerado como uma manifestação espiritual, criado por um Ser Eterno, não criado, Criador de todas as coisas. A palavra religião deriva do latim RELIGARE, que significa re-ligar, tendo em vista esta asseveração, podemos constatar, a grande controvérsia que é o conflito de opiniões em se tratando de Deus. Podemos asseverar que todos os pontos de vistas elaborados pelo o homem em relação à Deus, estão corretos, e ao mesmo tempo, errados. Todo conceito depende principalmente do nível consciencial de cada indivíduo e de sua intelectualização, este tipo de conhecimento no Budismo é considerado RELATIVO. O conhecimento relativo está associado ao conceito (limitação) mental do indivíduo, criando a oportunidade da ambigüidade.

Quando uma realidade é criada, automaticamente cria-se o seu oposto.
O apóstolo São Paulo diz que muitos são os deuses e senhores do homem. Todos os conceitos existentes de Deus nada mais são do que criações da imaginação humana e refletem as idéias e defeitos humanos em relação à Deus, observados com os olhos da matéria (EGO). “Desde que Deus criou o homem à Sua imagem tem o homem retribuindo à cortesia criando deuses à imagem humana" – (Voltaire – Filósofo)

CONTINUA

Trecho do Livro "O QUE REALMENTE SOMOS?"
DE ROGÉRIO PIRES
www.phatae.com
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