RELACIONANDO-NOS COM DEUS - PARTE 2



Autor Rogério Pires
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/15/2007 2:18:40 PM
Com o advento da Filosofia, aproximadamente no século VI A.C. os pensadores têm-se questionado se a realidade da existência de Deus é aquela que apreendemos pelos sentidos, ou se pelo contrário, que tudo não passa de uma ilusão criada pelos nossos conceitos mentais. Por conseguinte, podemos observar diversas formas de se criar um pensamento a respeito de Deus, citando algumas delas:
Os idealistas sustentam a idéia de que não há coisas reais independentes da consciência. Toda a realidade surge assim encerrada na consciência do sujeito. Todas as coisas, assim como, as idéias criadas à respeito de Deus, nada mais são do que conteúdos da consciência do indivíduo.
Os ceticistas sustentam a idéia de que nada se pode saber com certeza à respeito da existência de Deus. Que toda a informação existente sobre este tema são especulações.
Os materialistas sustentam por sua vez, a idéia de que nada existe, exceto objetos físicos e forças que são perceptíveis e mensuráveis. Negam a existência da alma ou da mente como um tipo separado da realidade, e procuram explicações físicas para todos os fenômenos. E assim por diante.
Observando o direcionamento que cada indivíduo tende entre os conceitos existentes à respeito de Deus, este nos possibilita notar um fator interessante, que além dos conflitos que a diversidade de idéias pode causar, em se tratando de humanidade, ela pode causar, em alguns casos, grandes conflitos internos, no que se refere ao indivíduo.
Hoje acreditamos na existência de Deus de uma determinada maneira conforme a nossa conveniência, mas, se o ideal em que acreditamos for baseado em fatores externos e em nosso conhecimento relativo de todas as coisas, basta acontecer algumas interferências nestes fatores para que se modifique também aquilo que acredito como “verdade”, sendo assim, em que “verdades” devemos acreditar?...
Tudo isto pode se tornar uma grande interrogação daquilo que é concrescível ou simplesmente, uma crença nas questões impostas pela sociedade, governo, religiões, povo, familiares, amigos, etc.
Mais importante do que todos estes tópicos apresentados neste capítulo, é a maneira como nos relacionamos com isso tudo. Como vimos antes, não existe uma única fórmula mágica para descobrirmos os mistérios de Deus, muito menos para descobrirmos os segredos do Universo, o que existe são conhecimentos que nos proporcionam uma visão (opção) de como podemos vivenciar de maneira mais adequada a divindade existente em nós, sem causar dano ao próximo que segue um caminho aparentemente diferente ou contrário daquele que escolhemos como a nossa VERDADE INTERNA.
Conhecimento é opção de escolha. Podemos aproveitar essa oportunidade e compartilhar dos ensinamentos que Deus tem a nos passar ou, mais uma vez, deixarmos os nossos mecanismos internos de defesa controlarem a situação, negando, radicalizando, transferindo, ou simplesmente, não admitindo a possibilidade de evolução. A cada descoberta, uma escolha, e o que devemos escolher agora? O que nos possibilitaria uma interação maior com o Deus existente em cada um de nós?
"Infelizmente", não existe uma resposta padronizada, o que realmente existe é a Verdade, e ela está inserida no código de programação mental de cada um de nós, a busca é o caminho, e o caminho não é tão importante quanto maneira como ele é administrado e principalmente como é utilizada a meta alcançada.
Muitas opções de escolha?
Se você as possui, aproveite e faça o seu melhor, pois se olharmos ao redor, milhões de pessoas passam a vida sem a oportunidade de escolha Torne-se um exemplo, você é a única pessoa que pode se proporcionar a decodificação da Verdade, ela é sua e isso, ninguém pode lhe tirar. Acredite, Realize e Seja Deus!
Devemos basear a nossa Verdade em conceitos internos, esquecendo aquilo que vem de fora, escutando com muito carinho aquilo que o nosso coração nos diz à respeito de Deus, este tipo de conhecimento é denominado de Absoluto. Este conhecimento, independe da intelectualização do indivíduo, ele simplesmente é. Ele não está sujeito à temporaneidade e muito menos à fatores externos. Quanto mais basearmos a nossa realidade divina por este prisma, mais a oportunidade de evolução se apresentará para nós (em nós) e cada vez mais entraremos em sintonia com uma importante verdade, a de que Deus existe em Nós, através de Nós e para Nós, e que Eu e o Outro somos apenas Um, existindo em separado, para termos a felicidade da redescoberta de que somos UNO com todas as coisas.
Um dia desses, em um de meus cursos, escutei uma pergunta de uma criança, que repasso para os leitores, aconselho muita reflexão antes de respondê-la.
FILHOTE DE CÃO É CÃO, FILHOTE DE PEIXE É PEIXE...E FILHO DE DEUS, É O QUE...?
Apesar de aparente simplicidade, essa pergunta possuí um conteúdo filosófico de grande importância, pois a resposta está intimamente ligada àquilo que pensamos sobre a nossa autêntica realidade existencial como “Filhos de Deus”, e esta Verdade Interna cada indivíduo a possui, ou pelo menos, deveria. O entendimento do que seja Deus, não é tão importante quanto à maneira que nos relacionamos com esse entendimento. Respeitando as limitações e nível consciencial de cada indivíduo, podemos absorver aquilo que se tem de melhor em cada ponto de vista abordado, até criarmos a possibilidade de entender àquilo que não se pode definir através de palavras, somente através de experiências e oportunidades criadas por nós.
A diversidade existe para que possamos desfrutá-la e não combatê-la, somente assim, expandimos a nossa consciência de tal forma, a ponto de não precisarmos mais estereotipar, rotular ou até mesmo da própria diversidade. Para que tenhamos um relacionamento com o Deus existente em nós, basta um pouco de boa vontade, respeito, fé, busca de conhecimento e principalmente comprometimento com a utilização do conhecimento conquistado, pois conhecimento sem ação é intelectualização (CONHECIMENTO RELATIVO) e conhecimento com ação é SABEDORIA ou CONHECIMENTO ABSOLUTO.
A mudança é uma realidade e os conceitos que hoje acreditamos como “verdades”, podem mudar. A oposição é a energia que move o mundo.
Fomos acostumados a prestar atenção no mundo exterior, acreditamos que o mundo exterior interfere e interage com o nosso modo de ser, e em nossas crenças à respeito do que seja Deus. Na verdade, acontece de maneira contrária. O nosso mundo interno cria as condições para que o mundo externo se apresente da maneira como ele é, a nossa realidade interna cria a realidade externa. Desta forma, o Deus existente em mim cria todas as possibilidades de realidade possíveis para que possam ser apreciadas e experimentadas. Somos Deuses, Manifestações Divinas onde utilizamos veículos físicos para a possibilidade de manifestação divinal nesta realidade.
TRECHO DO LIVRO "O QUE REALMENTE SOMOS?"
DE ROGÉRIO PIRES
www.phatae.com









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