Relações simbióticas
Autor Teresa Cristina Pascotto
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/03/2011 09:29:23
Desenvolvemos muito mais relações simbióticas em nossa vida, do que possamos imaginar. Existem relações que são altamente destrutivas, em que as pessoas se aprisionam mutuamente, fazendo com que seja praticamente impossível romper com esses fortes e doentios vínculos de dependência e de domínio mútuos. Isto só é possível se houver uma forte determinação em buscar a libertação de, pelo menos, uma das partes envolvidas. Isto ocorre justamente porque, apesar de ser uma relação tão densa e negativa, ainda assim, por mais absurdo que isso possa parecer, existem nela "muitas vantagens" para ambos.
Elas ocorrem através de uma verdadeira disputa velada de poder, onde a disputa está também em provarem um ao outro, que são vitimas da relação, acusando-se, para se isentarem de qualquer responsabilidade sobre as condições da relação. Ninguém tem a mínima intenção de olhar para si, na tentativa de descobrir qual a sua responsabilidade, quais suas manipulações, intenções veladas, jogos psíquicos e necessidades mesquinhas, só querem olhar para os defeitos do outro, querendo que este mude.
Ambos sofrem, fazem de tudo para se libertarem do vínculo, discutem a relação infindáveis vezes, brigam, se reconciliam, se afastam, se aproximam, mas nunca conseguem se sentir de verdade equilibrados e satisfeitos na relação, exceto por raros momentos, onde um abastece o outro energeticamente. Fora isto, a relação é complicada, confusa, insatisfatória e, às vezes, perturbadora. Mas estas são melhores de lidar, para buscar o equilibrio, pois a dificuldade está bem evidenciada. Porém, existem relações que aparentemente são boas, mas na verdade são bastante destruitivas, pois todos os jogos e manipulações acontecem de forma velada, fazendo com que as pessoas se sintam mal na relação, ou até mesmo perturbadas, mas não compreendem o motivo, pois tudo parece ser muito normal. Estas são mais difíceis de lidar e equilibrar, justamente porque as dificuldades não estão evidentes.
Algumas vezes, se a relação se torna insuportável, um afastamento acaba sendo adequado. Porém, mesmo com este afastamento, ambos continuam a se influenciarem mutuamente, e isto acontece através das trocas energéticas e das interações psíquicas, onde um ainda tem domínio sobre o outro, independentemente da distância. Nesta interação, um influencia e aprisiona o outro não permitindo que este se desenvolva, se liberte, seja feliz e viva de verdade. Não acontece porque querem o mal um do outro, mas por conta da insegurança de perder o outro, mas isto é inconsciente.
Atendo várias pessoas que mantêm uma ligação extremamente forte com pessoas que já morreram ou com pessoas com as quais romperam a relação há muitos anos atrás. Quando pesquiso a fundo para captar seu inconsciente, para saber de onde vêm suas amarras e bloqueios, deparo com questões ainda pendentes desses relacionamentos antigos, que ainda não foram devidamente definidos e constelados.
Isto é muito comum entre pais e filhos; entre companheiros que viveram juntos por muitos anos; ou se uma relação foi curta, mas muito intensa e logo rompida quando ainda havia uma forte ligação entre ambos. Existem até mesmo ligações simbióticas com pessoas com as quais vivemos em vidas passadas, independentemente de estarmos vivendo juntos ou não nesta vida, e com as quais nos mantemos fortemente ligados.
Para que possamos descobrir se possuímos esse tipo de ligação simbiótica em algum relacionamento específico, precisamos fazer um trabalho de busca interna, através de uma simples meditação -antes de iniciar devemos firmar esse propósito, com essa intenção específica-, que precisa ocorrer a partir de uma firme determinação de encontrarmos a verdade. É uma pesquisa profunda e consciente, que trará à tona muitos aspectos envolvidos e relacionados às questões do relacionamento, antes mesmo que encontremos a realidade da dinâmica em si, pois esses aspectos são a "camuflagem" que o Ego coloca sobre a realidade das dinâmicas ocultas e destrutivas, para que não possamos descobri-las. Ele faz isso porque acredita que enquanto estivermos presos a outra pessoa, numa relação simbiótica e destrutiva, e quanto mais oculta essa dinâmica ocorrer, nos perturbando, mais ele consegue se manter no poder sobre nós. Em sua ignorância, o Ego acredita que se estivermos muito livres e seguros, conseguiremos encontrar muitas outras verdades, aquelas do Espírito, as que nos fazem encontrar a liberdade. Isto para ele é sinal de perigo, pois perderá o poder para nosso Espírito e não terá mais como nos comandar. Por isso, ele faz de tudo para camuflar as verdades que precisamos encontrar dentro de nós, aquelas que são libertadoras.
Assim, se estivermos procedendo a essa busca e depararmos com questões que nos deixem mais confusos e incomodados, devemos ficar satisfeitos, pois este será um indicador de que estamos no caminho certo, pois o Ego só se dá ao trabalho de nos confundir ou perturbar, quando estamos no caminho que nos leva de encontro à liberdade.
Precisamos ter paciência, determinação e boa vontade na busca pelas verdades de nossas interações, dinâmicas e ligações em todas as nossas relações ruins ou destrutivas que temos ou já tivemos, pois essas verdades contém muitas chaves para a nossa felicidade e liberdade. Desta forma, no mergulho para essa descoberta, passaremos pelas camadas de camuflagem, cheias de questões e aspectos de nossa vida que precisam ser conhecidos e iluminados, para então deixarmos a passagem livre, para que cheguemos finalmente às questões mais ocultas das relações em si. Este é um processo de autoconhecimento, que podemos fazer através de meditações "intencionais", que deve ser feito com muita consciência e responsabilidade. De nada adianta sermos imediatistas e termos pressa nos resultados e soluções, pois assim é a vida. Vivemos, interagimos com o mundo, criamos relacionamentos e, a cada passo, questões trazidas pelo nosso Espírito para trabalhar na encarnação atual, são levantadas. A partir delas, atraímos as pessoas e as situações necessárias para que isso possa acontecer. Assim, se olharmos para as relações de nossa vida com um olhar espiritual, saberemos que, mesmo que sejam as mais destrutivas, elas contém as condições adequadas para nos mostrar o que em nós precisa ser iluminado, definido e constelado. Os relacionamentos são apenas os "instrumentos" que a vida nos oferece, para que possamos nos conhecer. A cada dificuldade em um relacionamento, ao invés de acusarmos o outro, precisamos voltar o olhar para dentro de nós, com humildade, e deveremos nos perguntar: o que em mim, faz com que esta situação aconteça? Qual a minha responsabilidade e necessidade dentro disso? O que devo fazer para ter um olhar espiritual para minha relação? Apesar da dor que experimento, será que estou pronto e desejo mesmo me libertar dessa pessoa?
Descobrir os motivos internos que nos fazem criar relações simbióticas é imprescindível para que então possamos partir para uma definição da relação em si, em que possamos encontrar meios de "interromper", iluminar e constelar o processo simbiótico, libertando-nos mutuamente.
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Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
