Religiosidade Cósmica
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Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/17/2006 8:53:03 AM
Albert Einstein tinha sérias restrições à ação da religião nas sociedades da sua época. Em seu livro "Como vejo o mundo", ele registra a sua opinião a respeito: "A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte".
Para o gênio da física, a religião, antes de tudo, era vivida como "angústia" e estruturada pela hierarquia da Igreja que faria o papel intermediário entre os "seres temíveis" e o povo, estabelecendo uma comunidade de interesses com a política dominante. Um Deus-Providência, criado pela imaginação humana como uma necessidade conceitual moral ou social transcendente, seria o responsável em socorrer, recompensar, castigar ou proteger a alma dos mortos. Seria o sentido de religião vivida de acordo com o conceito moral ou social de Deus.
Einstein desconfiava do preconceito que definia a religião moral como a religião dos povos civilizados. Para ele, o conceito de religião moral estaria diretamente relacionado com a estabilidade social de uma comunidade ou nação: "Acontece quando a vida social atinge um nível superior."
A respeito da existência de "um Deus antropomórfico", ou seja, um Deus criado pela imaginação do homem e com formas humanas, Einstein descarta esta possibilidade simbólica à medida que expressa o seu pensamento e a sua convicção na existência de uma religiosidade cósmica: "Ora, os gênios-religiosos de todos os tempos se distinguiram por esta religiosidade ante o cosmos. Ela não tem dogmas nem Deus concebido à imagem do homem, portanto, nenhuma igreja ensina a religião cósmica."
Sobre religião e ciência, o cientista chama a atenção sobre a tendência evolucionista de inserção destas áreas do conhecimento em uma só: "Estamos começando a conceber a relação entre a ciência e a religião de um modo totalmente diferente da concepção clássica". E, vigorosamente, define o seu ponto de vista a respeito: "Eu afirmo com todo o vigor que a religião cósmica é o móvel mais poderoso e mais generoso da pesquisa científica. O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica."
Diríamos, com toda a convicção, que Albert Einstein foi o "padrinho do conceito" de religiosidade (ou religião) cósmica. E esta tendência natural, principalmente a partir do terceiro milênio, começa a ganhar "afilhados" em praticamente todas as áreas do conhecimento humano, inclusive, entre profissionais da área da saúde física e mental. O conceito de universo ou cosmos, torna-se para nós, algo ainda indescritível e interminável. Se considerarmos a linha de evolução científica estamos num estágio onde ainda aprendemos a engatinhar e onde o nosso nível de compreensão é mensurável à medida da nossa incapacidade e das nossa limitações em ir mais além.
A religiosidade cósmica, portanto, é o elo de ligação que falta para unir estes conhecimentos em busca de um direcionamento científico que nos leve a uma mudança de mentalidade visando adquirirmos um toque de qualidade "superior" nas pesquisas e nas descobertas científicas.
O homem evolui, mas evoluirá ainda mais quando alcançar a sabedoria científica através da "filosofia" da religiosidade cósmica como fonte inspiradora e propulsora das ciências e das artes. Quando chegarmos à segurança deste conceito filosófico, estaremos bem mais próximos do real conceito de cosmos ou de universo. Estaremos, coletivamente, mais próximos de nós mesmos e de Deus.
Psicanalista Clínico e Psicoterapeuta Reencarnacionista.
flaviobastos
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 37
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |