Resolver as diferenças!
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Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/26/2013 4:43:42 PM
Resolver as diferenças!
Como se elas não existissem. As diferenças. É assim que a maioria das pessoas age, como se nada tivesse acontecido. Do que estou falando? Dos desentendimentos que acontecem nas relações, incomodam e muito ambas as partes e que são na seqüência ignorados porque o clima da relação voltou a ficar bom.Uma esposa teve uma reação explosiva quando seu marido, em viagem, disse a ela ter tomado uma decisão diferente do seu habitual. Ele não entendeu nada do que estava acontecendo, pois não havia o menor motivo para reação tão hostil. Ele acabou sendo rude também, tudo isso ao telefone e desligou muito irritado e incomodado com o acontecido.
Conversamos logo após a ocorrência e ele manifestou então sua surpresa com a reação da esposa. Nada que justificasse o ocorrido.
Após alguns dias, voltamos a conversar e quando questionado sobre o acontecido, me respondeu que tudo estava bem, que ao chegar a casa sua esposa estava alegre e carinhosa como sempre foi, e não haviam falado sobre o ocorrido. Ele mesmo completou: "Mas eu vou conversar com ela, não quero mais deixar as soluções de nossos desentendimentos ao acaso".
"Não deixar ao acaso". Foi exatamente essa colocação que deu origem a esse artigo, pois é muito comum as pessoas deixarem "passar batido" os mal-estares ocorridos no dia-a-dia e consequentemente, num momento futuro, a explosão entre o casal ocorre com grande intensidade.
Não é só em relações amorosas que isso ocorre. Entre pais e filhos, patrões e empregados, enfim, onde existir gente. Quando ocorre um desencontro de opiniões, de percepções, e a reação é agressiva, ferina, no momento seguinte quem assim agiu percebe que extrapolou na reação, se não clara e conscientemente, mas intuitivamente algo lhe diz que ultrapassou os limites. Isso gera um constrangimento que é alimentado por uma sensação de vergonha e mesmo falta de coragem em falar do assunto e pedir desculpas. Falta de coragem sim!
Os consultórios de psicoterapeutas, psiquiatras estão repletos de depoimentos onde o "deixar para lá" foi responsável por enormes perdas, seja o casamento que termina, seja o filho que se afasta dos pais, seja o fim de uma relação de trabalho, onde após a separação o patrão sente a perda de excelente funcionário e este do local de trabalho que tinha.
Quando há uma divergência entre pessoas, não é "por tudo e por nada" que se vai falando e questionando. Não é a "ferro e fogo". Mas quando esse tipo de ocorrência deixa de ser pontual e passa a acontecer, mesmo que esporadicamente, deve ser tratado.
Quando se fala de resolver diferenças não significa tirar satisfações por atitudes tidas pelo outro, mas buscar a verdadeira compreensão do que gerou o ocorrido. Na grande maioria das vezes, a verdadeira causa não tem nada a ver com o que foi expresso na discussão. Qualquer situação pode servir de pretexto para que as pessoas "despejem" o que está de alguma forma engasgado.
Uma senhora descobriu que sua irritação com o marido e conseqüente ação de "retaliação" cada vez que ele ia pescar, nada tinha a ver com o ir pescar, mas com o fato dele nunca ter perguntado a ela se ela gostaria de ir também. Ele sempre ia pescar com o sogro, o pai dela, em um local onde tranquilamente ela poderia ir, não só pescar mas ler ou fazer outra atividade que quisesse. Quando foi colocado ao marido o verdadeiro motivo, este surpreendeu-se, pois sempre quis que ela o acompanhasse, mas nunca convidou por interpretar que ela não se sentiria bem. "Ela não gosta de nada fora do lugar, nenhum cisco, pois fica incomodada, como leva-la à beira de um lago para passar horas seguidas?"
É a famosa "achologia" o famoso "Eu achei que...".
Quando o comportamento do outro começar a manifestar incômodos, não deixe por conta do acaso. Crie um momento, sente-se com a pessoa e converse francamente, sem pressões, agressões ou confrontos, mas apenas buscando os verdadeiros motivos: "O que em mim está lhe irritando tanto". Vamos nos surpreender.
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