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Respeitando diferenças

Atualizado dia 8/17/2006 10:44:28 AM em Autoconhecimento
por Jaqueline Macedo


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Qual é o nosso mundo? Qual o espaço que criamos?

Em um espaço criativo e artístico não deve existir obstáculo à aceitação do outro. O mundo que queremos respeita e possibilita um diferente modo de percepção gerando acréscimo à definição do Todo. Este é o local para apuração dos sentidos com o registro de critérios diferentes, com a finalidade de criar-se, perceber-se, sentir-se uma visão maior da nossa existência.

Uma leitura que adiciona a adoção deste modo diverso de percepção é “Seis chapéus para pensar” de Edward de Bono. Neste ensaio há a condução da percepção de um mesmo assunto sob óticas variadas...

Como fazer este trabalho? Estabelece-se seis tipos fixos de olhar para um mesmo foco, sendo que cada “chapéu” destaca um tipo de visão, um modo de observação da questão, que está sendo apreciada.

Quando coloca-se o chapéu branco a postura é neutra, bem objetiva, atendo-se somente aos fatos e número.

Ao se utilizar o chapéu vermelho, o olhar é intuitivo, emocional, adotando-se somente as sensações como critério.

Com o chapéu amarelo, a mesma questão é observada com um pensamento lógico-positivo, registrando-se o lado favorável.

Já quando é utilizado o chapéu preto somente cabe ao observador utilizar um pensamento lógico-negativo, elegendo-se as desvantagens do processo.

Para chapéu verde a temática é de abundância, com idéias e percepções novas para o tema, trabalhando-se a criatividade pura.

Na vez do chapéu azul como em uma fase final, adota-se a coordenação, a capacidade de organização.

Ou seja, sobre um mesmo tema deveremos vivenciar várias identidades, diferentes percepções até se chegar a uma escolha final que se coadune com um enfoque múltiplo. A idéia é que se vá trocando de chapéu na seguinte seqüência: branco, vermelho, amarelo, preto, verde e azul.

Importante neste grande jogo é conseguir perceber o mundo sob uma ótica diferente, perceber as limitações de critérios estabelecidas, levar os participantes a sentirem-se mais confortáveis para opinar, sem estarem vinculados àquela posição, disciplinando a forma de pensar para aquele “chapéu”.

Não será este o grande jogo que vivemos? Cada qual com o seu papel e todos olhando de fora sem perceber a diferença entre o jogo e a realidade? E, somente quando vestimos o “papel” do outro com suas individualidades é que podemos finalmente perceber o Seu olhar... o Seu sentir.

Somente quando trocamos de “chapéu” podemos olhar a vida de maneira aberta, liberta... e aceitar que existem caminhos diferentes para chegar-se ao mesmo fim, criando um novo mundo, enfim.

Texto revisado por Cris

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