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Resumo do Bhagavad-Gita (III)

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Autor Marcos Spagnuolo Souza

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 27/12/2007 19:08:31



O Corpo Finito

Os corpos são perecíveis e são templos da alma eterna. O corpo é chamado meio e aquele que o conhece é chamado pelos sábios de conhecedor do meio. Deus é o conhecedor do meio. O conhecimento que abarca o meio e o conhecedor do meio constitui a verdadeira sabedoria.

A matéria, os sentidos, atração e aversão, prazer e dor, são características exclusivas do meio.

O Corpo Eterno

A alma que se livrou de todos os seus apegos adquire o corpo de luz. O corpo de luz é eterno e próprio para a alma viver no reino transcendental.

O corpo de luz do Iluminado não é nascido sendo imperecível não podendo se corromper. O nascimento de um Iluminado é um nascimento regido por princípios divinos.

Ação no Mundo Material

Toda alma corporificada tem que agir de acordo com o seu carma. Nem mesmo por um momento pode alguém deixar de agir. Sem trabalhar não se pode nem sequer manter o corpo.

Não é justa nem conveniente a renúncia dos atos obrigatórios. O abandono de tais atos é de natureza da ignorância. Na verdade não é possível um ser encarnado abandonar completamente a ação, mas quem abandona o fruto de suas obras é considerado um renunciador.

A melhor ação no mundo material é praticar a ação renunciando todos os resultados da ação. A alma corporificada deve praticar a ação completamente desapegada dos resultados.

Não se devem abandonar os atos de sacrifício, esmola e ascetismo. Tais obras devem ser praticadas, pois o sacrifício, a esmola e o ascetismo são meios de purificação. Essas obras devem ser executadas de forma desinteressada, sem o menor apego a ela ou a seus resultados.

Falso Caminho

Está no falso caminho a alma corporificada que vive para o gozo dos sentidos e busca a riqueza material. A busca do prazer emanado do exterior é a origem da dor porque tem princípio, meio e fim.

As almas corporificadas voltadas somente para as coisas materiais não procuram Deus, seus entendimentos foram arrebatados pela ilusão e elas participam somente da natureza material.

As almas apegadas às coisas materiais vivem em erro e estão afastadas de Deus. As consciências das almas corporificadas presas na ilusão do mundo material estão mal preparadas e não aproximam de Deus.

Origens das Ilusões.

As três qualidades, nascidas da natureza material, bondade, ignorância e paixão aprisionam a alma. As qualidades da natureza fazem originar aos desejos e apego ao mundo material.

A qualidade da natureza bondade prende a alma pelo apego à felicidade e à sabedoria, produz apego à felicidade. Origina a sabedoria. Quando em todas as portas do corpo resplandece a luz da sabedoria, pode-se saber que o modo da bondade está em seu apogeu. Quando a alma corporifica chega à dissolução do corpo, a alma se encaminha às regiões puras daqueles que possuem grande sabedoria.

A qualidade da natureza paixão gera a cobiça e apego a ação material. Possui o conhecimento que vê apenas a multiplicidade das coisas em sua existência distinta. A alma corporificada aspira aos frutos de suas obras, ambiciosa, impura e escrava da alegria e da tristeza. A alma corporificada se atém aos deveres piedosos, ao prazer e às riquezas, movido pelo desejo da recompensa. Renasce entre aqueles que estão afeitos à ação material.

A alma corporificada que está envolvida pela natureza ignorância fica escravizada na negligência, indolência e sono. Turva o conhecimento, prende a alma na cegueira, a inércia, insensatez e na confusão das idéias. Suas características são: hipocrisia, soberba, presunção, ira, insolência e ignorância. As almas corporificadas na ignorância não sabem o que se deve e o que não se deve fazer; neles não se encontra a pureza, nem boa conduta, nem veracidade. "No Universo", dizem eles, "não há verdade, nem base moral, nem Deus”. Seu desenvolvimento não obedece a um plano ordenado; estão presos a atos sexuais, não possuem outra causa além da sensualidade. Baseados nessas idéias, essas almas corporificadas de fraco entendimento e de atos brutais parecem como inimigos nascidos para ruína do gênero humano. Escravos de desejos insaciáveis, dissimulados, arrogantes e orgulhosos, o erro os induz as noções falsas em todos os atos de suas vidas e agem movidos por desígnios impuros. Aferrado à sua perene idéia de que tudo acaba com a morte e persuadidos de que o bem supremo consiste na satisfação de seus desejos ficam aprisionados por centenas de cadeias de expectativas, deixando-se arrastar por seus desejos. Procuram, apelando a meios ilícitos, acumular riquezas para satisfazer seus apetites desordenados. Enganados por sua insensatez e dispersos por uma multidão de pensamentos, presos nas malhas da ilusão e entregues aos prazeres sensuais, terminam caindo no inferno de seus próprios vícios. São três as portas dos planetas inferiores e todas elas são causa de perdição para a alma: luxúria, avareza e ira. As almas corporificadas dominadas pelo modo da ignorância reencarnam em matrizes de criaturas irracionais.

Os alimentos que fortalecem a vida, a energia, a saúde, a alegria e o bem-estar; os que são saborosos, suaves, nutritivos e agradáveis são os alimentos preferidos dos homens de temperamento no modo da bondade.

As almas corporificadas dominadas pelo modo da paixão preferem os alimentos ácidos, amargos, salgados, picantes, muito quentes, e ardentes, que propiciam moléstias, dores e enfermidades.

As almas corporificadas presas no modo da ignorância preferem os alimentos passados, rançosos, corrompidos, insípidos, restos de comida e pratos impuros.

A alma corporificada que está sob a influência da bondade se eleva aos planetas superiores; quem se apega a paixão permanece na região intermediária e quem está submerso na ignorância desce às regiões inferiores, sob o peso da pior das qualidades. Quando a alma corporificada percebe que Deus está acima dos três modos da natureza fica liberta da sujeição, do nascimento e a morte, decrepitude e sofrimento e bebe o néctar da imortalidade.


O Momento da Morte do Corpo Material

Aquele que nos últimos instantes de sua vida pensa unicamente em Deus desembaraça do corpo físico e torna-se uno com Deus. Mas quem abandona seu corpo pensando em qualquer coisa que não seja Deus depois da morte vai ficar junto com a coisa que estava pensando.

A alma corporificada no momento da morte deve fechar todas as portas dos sentidos e concentrar a consciência unicamente em Deus. A alma que deixa o seu corpo material desta forma, ao abandoná-lo encaminha-se à meta suprema.

A alma corporificada que medita no eterno, no momento de sua morte, com a mente imóvel sempre concentrada em Deus dirige-se ao divino, ao espírito supremo.

A alma corporificada deve sempre pensar em Deus e lutar com todo seu coração para ter o entendimento sobre Deus. Quando todo o pensamento e entendimento estão voltados para Deus, depois da morte torna-se uno com Deus.

A alma corporificada que possui a consciência focada em Deus, depositando em Deus todos os seus pensamentos viverá em Deus depois da morte.

Obs: Continuamos o resumo no próximo artigo.


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