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Autor Nelson Sganzerla

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/9/2006 6:37:03 PM


Dois mega eventos que envolvem uma grande massa. Afinal de contas, a música é a linguagem universal; quando boa (aliás, até quando ruim) fala a todas as nações, dos humildes aos mais abastados, das salas pomposas do erudito ao fundo de quintal dos morros cariocas e à periferia paulistana. Que bom que mega eventos como esses agrupam as pessoas. Uma energia dessas, quando bem usada, remove montanhas.

O grande problema é quando existe uma grande parte dessa massa que não faz muito idéia do porquê estão lá! Existe uma galera que, pelo que vi, não faz muito sentido em estar acampada em uma barraca de 1m², em frente ao portão de um estádio, por dias a fio, sob frio e chuva.

Tive a oportunidade de ver, em uma dessas chamadas, uma repórter perguntar a uma das garotas, o seguinte: "De onde você veio? O que faz?" Resposta: “Sou de Brasília e sou advogada. Eu simplesmente adoro de paixão o Bono; ele é meu ídolo, ele é meu tudo e por ele eu ficaria um mês aqui nesse lugar passando fome e frio.” Logo ao fundo pude ver outro grupo de meninas, todas de preto, emboladas e ansiosas para aparecer na telinha, gritando e imitando gestos do seu ídolo.

Mas o que me chamou a atenção foi o fato da garota (e estou sendo gentil em chamá-la assim, pelo fato de ter mais de dezoito, portanto não era nenhuma adolescente de fã clube) dizer-se advogada. Nada contra o Direito. Poderia ser engenheira, médica, professora, socióloga ou não ser coisa alguma... O que não entendo é uma garota formada com um certo grau de cultura e politização estar dormindo há dias em uma barraca, passando frio na porta de um estádio. Ela não teria trabalho? E se não tem porque não estava procurando? Não tem família, marido ou namorado que a impedisse de tamanha insanidade? Se eu não ouvisse não acreditaria que uma advogada se submeteria ao ridículo de sair da sua cidade e ficar sem tomar banho, comendo migalhas, correndo o risco de ser assaltada, só para ver o seu ídolo.

Pois é, pessoas andam meio sem noção do mundo à sua volta, meio entorpecidas pela grande mídia que de tudo faz para usá-las como se fossem ratinhos brancos de olhos azuis presos em um viveiro. As pessoas estão sempre atrás do grande barato. Você não foi ao show do U2? Que caretice! Não vai ver Rolling Stones? Não vai ao sambódromo? Ou a Salvador no camarote de fulano? Vão porque determinaram que é um barato ir. A chamada da mídia no horário nobre é incessante.

Fico aqui me perguntando o que leva uma pessoa bonita e com uma certa notoriedade (refiro-me a uma atriz Global) ficar pulando a esmo, sem ao menos ter nascido na grande era dos Rolling Stones. Na década de sessenta ela devia engatinhar; ou seja, estava lá porque todo mundo estava, porque o grande barato era esse - estar na ala vip - aparecer e ser fotografada e aparecer nas revistas de fofocas no dia seguinte.

Lendo os jornais após o carnaval, espantei-me com a seguinte notícia: "Passista desfila nua em camarote do Rio". No seu depoimento ela dizia: “Sambei sem os saltos e foi muito sacrificante. Tive febre quando cheguei em casa, minha pressão ficou alterada e passei muito mal...”, ou seja, poderia ter morrido. "Priscila entrou no camarote Rio 40º, de roupão e ficou nua para os convidados do espaço".

Pergunto eu a vocês, por quê? Para, quem sabe, aparecer na telinha e ganhar uma fala na próxima novela das oito ou para posar nua em uma revista masculina. O valor que as pessoas recebem para serem idiotizadas é muito pouco em relação ao que ganha a grande mídia... E continua essa grande massa a ser usada como no tempo em que os cristãos eram jogados aos leões sob aplausos da multidão. Nada mudou!

É triste ver essas meninas enclausuradas entre paredes, sendo usadas como peixinhos no aquário. Esses meninos, expostos como touro em uma arena, à mercê do toureiro por um trocado, sendo ridicularizados em rede nacional. É lamentável ver esses programas de fofocas, todos com o mesmo formato, com o mesmo tipo de anunciante e que procuram tirar, do humilde e do incauto, a única coisa que lhes resta: a DIGNIDADE.

É lamentável ver uma escola tradicional de samba, patrocinada por uma companhia estatal venezuelana, ganhar o carnaval com um tema que não fala das nossas raízes. O que temos nós com o império asteca? A maioria nunca nem ouviu falar de Simon Bolívar.
Será que agora iremos ter nossa seleção de vôlei ou de basquete patrocinada por um banco estatal ou petrolífera venezuelana?

É maravilhoso participar de mega eventos. Adoro um bom solo de guitarra. As batidas do surdo e do tamborim aceleram meu coração e, sem dúvida, a energia é contagiante. Mas não suporto ver o que fazem com a nossa cultura, colocando num telão a figura de um governante manipulando a grande massa.

Devemos ir a shows e participar de festas populares. Mas sabendo porque estamos lá e não por ser um grande barato vestir uma camiseta preta ou um cocar de índio.

Muita Paz.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Nelson Sganzerla   
Uma ALMA encarnada no Planeta Terra, que busca a ascensão para a LUZ
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