Saindo da Caverna




Autor Paulo Tavares de Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/23/2025 8:05:00 AM
Quando você conhece a natureza de seu próprio ser, percebendo que é universal, eterno e que toda a perfeição divina reside em sua essência, o sofrimento se dissolve. A raiz do sofrimento é a ignorância de si mesmo. Ao nos desconhecermos, identificamo-nos com o tangível: o corpo, o mundo, os outros. Nosso conhecimento se ancora na matéria, buscando a realização em um campo ilusório, efêmero e impermanente.
Ao alcançar um claro entendimento de sua verdadeira natureza, o mundo se transforma em um playground. Toda a dramaticidade desaparece de sua perspectiva, as pessoas se tornam como crianças, e os acontecimentos, meras brincadeiras. Você compreende que é muito mais amplo do que os fenômenos que presencia.
O avanço espiritual transforma a relação com o corpo. A identificação diminui, e o impacto das experiências físicas se atenua, dando lugar a uma percepção mais ampla e serena da realidade.
É preciso, pelo menos, termos clareza sobre aquilo que queremos para nós. Todos estamos diante de uma bifurcação, onde duas ideias se apresentam como trilhas. De um lado está o mundo material, com seu poder de sedução, oferecendo benesses fluidas e transitórias, mas, ao mesmo tempo, tornando-se fonte de escravidão e dor. Do outro lado, temos um caminho oposto, que visa à libertação e à transcendência; óbvio que essa trilha é mais desconfortável, pois implica em desapego e renúncia, esforço e concentração em um objetivo maior, algo que possa iluminar o nosso ser.
Quem vive muito tempo na escuridão tende a evitar a luz, pois sente-se incomodado com ela. Precisa superar as dificuldades de adaptação gradual ao brilho da realidade, precisa ter força e coragem para despertar, quebrar a casca do ovo em que vive, soltar as correntes que o aprisionam em um mundo de sombras, como aquele do Mito da Caverna de Platão.
O homem ainda não percebeu que está submetido às forças da própria Natureza, que o conduzem na direção da luz. Não percebe que toda a resistência que cria, por medo do desconforto e por tendências conservadoras, apenas resulta em sofrimento.
Quão bom seria se ele se desarmasse, se deixasse de opor-se às proposições da vida.
Sabemos que não é fácil; mesmo Jesus encontrou dificuldades quando esteve nessa dimensão grosseira da matéria. Como ser iluminado que era, não deixou de protestar: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6:38).
Na verdade, ele quis mostrar que as imposições da Natureza, ou a vontade de Deus, como queira, sempre se imporão sobre nossa frágil condição. Somos ovelhas ainda, guiados por um único Pastor; ninguém está livre das forças da evolução.









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