Sathya Sai Baba com quatorze anos
Atualizado dia 16/08/2008 03:33:53 em Autoconhecimentopor Marcos Spagnuolo Souza
Depois de dois dias Sai Baba levantou da cama e começou a se comportar de maneira totalmente anormal, tendo uma transformação completa de personalidade. Não respondia a ninguém que falava com ele e não aceitava nenhum alimento, passando todo o tempo em silêncio. Ocasionalmente o silêncio era interrompido por cânticos e citações da filosofia Vedanta, outras vezes recitando longos versos em sânscrito. Ocorriam risos e choros alternados, eloqüências e silêncios profundos. Outras vezes Ele cantava e falava sobre Deus, descrevia lugares de peregrinação os quais ninguém conhecia e dizia que a vida era uma peça teatral.
Um dia, como de costume, Sai Baba estava deitado sem tomar consciência do ambiente ao redor, quando pediu que alguém trouxesse o erudito da casa vizinha salientando: “Ele está lendo o “Bhagavata” de maneira errada, está explicando de maneira errada! Vá e traga-o até aqui”, ordenou! O erudito não foi e salientou: “O que esse pirralho sabe sobre este Bhagavata em sânscrito e sobre as explicações que estou dando agora para estas pessoas aqui? Diga a ele para cuidar de sua própria vida”, e continuou com suas explicações para o público presente. Sai Baba insistiu dizendo que queria o erudito em sua frente. O erudito acabou indo para satisfazer os parentes de Sai Baba que disseram: “Venha e ensine ao menino uma lição de humildade. Ele está incontrolável ultimamente”. Quando o erudito chegou, Sai Baba pediu-lhe que repetisse a exposição e mostrou onde ele tinha errado; fez uma série de perguntas, tais como: "Quem é o pai de Vali? Quando Ravana nasceu? Quem é a irmã de Garuda?" O erudito ficou surpreso e caiu aos pés de Sai Baba, pedindo Seu perdão por não ter obedecido de imediato ao Seu chamado.
O médico que estava acompanhando o caso de Sai Baba diagnosticou como sendo uma variedade de histeria e aconselhou determinado tratamento que foi seguido à risca por três dias e os estranhos sintomas não desapareceram. Astrólogos foram chamados e disseram que um fantasma, ocupante anterior da casa, seu primeiro inquilino, tinha se apossado do menino. Trouxeram um exorcista para cuidar do garoto. Ao vê-lo Sai Baba disse: “Venha! Você tem me adorado todo dia como “Ishtadevatha” e, agora que veio, sua tarefa será Me adorar e ir embora”. O exorcista ouviu o aviso falado pelo próprio “Ishtadevatha” e aconselhou os familiares a tratarem o menino com reverência, pois Ele estava em contato com Deus e não atormentado pelos demônios.
No garoto aumentavam os surtos ocasionais de quietude, cânticos ou discursos e de repente dizia à sua irmã: “Aqui, faça o “arathi”, os deuses estão atravessando os céus”. Novo exorcista foi chamado e ele tentou de tudo para expulsar o demônio que estava no corpo de Sai Baba. Sacrificou ave, cordeiro, colocou o garoto no centro de um círculo de sangue, entoou todos os encantamentos que conhecia, raspou a cabeça do garoto e com instrumento afiado fez três cortes em X. Nos cortes que sangravam colocou suco de alho com limão e outras frutas ácidas, batia com uma vara grossa nas juntas do garoto, elaborou uma mistura ácida e aplicou nos olhos de Sathya. O garoto não dizia uma palavra e não movia sequer um dedo.
Os dias passavam e Sai Baba recitava versos sagrados e poemas. Algumas vezes demonstrava força de dez pessoas; em outras, ficava fraco como o talo de lótus. Um advogado, amigo da família, aconselhou que levasse o garoto ao templo de Narasimha (manifestação de Visnu em forma híbrida de leão e homem). O garoto ouvindo as palavras do advogado disse: “Engraçado, Eu já estou lá em Ghatikachalam e você quer Me levar para Mim!”
Referência: Resumo do livro "A vida de Bhagavan Sri Sathya Sai Baba", volume um. Escrito por N. Kasturi. Publicação da Fundação Sai.
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