Se você cair - Aprenda a Levantar!
Atualizado dia 10/23/2008 2:11:00 PM em Autoconhecimentopor Trovo Terapias
Enquanto restar uma mínima raiz, elas voltarão, com toda a certeza. - O tombo, em câmera lenta. Estamos bem. Alegres. Animados. Confiantes! Olhamos para nós mesmos, para a nossa vida, e vemos que já construímos muita coisa boa, já superamos muitas limitações e dificuldades.
Enxergamos os obstáculos atuais que temos pela frente e estudamos maneiras de superá-los. Ótimo!
Estamos agindo positivamente. Nos distraímos por um instante, e nem percebemos que aquele "caso" que alguém veio contar nos causou uma impressão ruim. Continuamos o nosso trabalho. Animados!
Começamos a sentir uma saudade danada de alguém de quem gostamos muito, que costumava estar sempre presente, nos incentivando, e que agora se afastou de nós. Chega a doer, mas continuamos as nossas atividades.
Lembramos dos amigos e percebemos que estão sumidos... Cada um por seu motivo, a verdade é que andam ausentes há algum tempo... E aquela pessoa interessante que conhecemos na semana passada, e que ficou de ligar? Não ligou, "né"?
Ligamos o computador. A conexão está péssima. Quando conseguimos acessar a nossa correspondência, ficamos animados ao verificar que há sete e-mails novos! Mas são todos daquele chato que insiste em entupir nosso correio eletrônico com aquelas mensagens pesadas e impessoais...
Que lástima!
O nosso ânimo já era! A conexão cai, e caímos junto...
Você pode estar pensando que motivos assim tão pequenos não poderiam causar grande estrago na nossa alegria de viver, mas esse é um engano nosso. Quando nos deparamos com situações altamente desagradáveis, graves mesmo, instintivamente paramos tudo e de alguma forma nos recolhemos para que possamos compreender o que está acontecendo. Já com as pequenas coisas fazemos diferente.
Costumamos nem parar pra ver o que é que estamos sentindo, vamos deixando "rolar"... Se não estivermos atentos, essas "coisinhas" agem como infiltrações de negativismo, que arruínam o nosso equilíbrio.
- As tentações...
Voltamos para o trabalho que estávamos fazendo com todo o carinho. Mas, o que aconteceu? Ele já não nos parece mais tão bom...
Começamos a pôr um defeito aqui, outro ali...
Perdemos a vontade de continuar trabalhando. Não estamos mais animados.
Travamos.
Os velhos fantasmas estão de volta. Sabemos que o único modo de nos livrarmos deles é encarando-os com firmeza e expulsando-os sem piedade... Mas, aí é que está... Sedutores nos tentam, estimulando em nós a nossa autopiedade, que é um veneno disfarçado em apoio e aconchego. Se nos deixarmos levar por essa correnteza, logo estaremos pensando que ninguém gosta de nós de verdade, que "os outros" não nos dão a atenção que merecemos, que não temos sorte para encontrar boas pessoas ou não temos qualidades suficientes para atrair bons relacionamentos - enfim, uma miséria só!
Onde isso vai parar é fácil deduzir, não é?
No mínimo, acabaremos deprimidos e infelizes, prontinhos para atrair mais coisas desagradáveis.
O que aconteceu, na verdade, é que velhas crenças não estão totalmente extintas vieram à tona mais uma vez.
Crenças em desvalorização, crenças que colocam o poder fora de nós, crenças que submetem o nosso valor à apreciação dos outros, crenças que dizem de uma maneira velada e cruel que não somos bons o bastante para realizarmos bons trabalhos, sermos amados e felizes.
Este "tombo" foi apenas um exemplo.
Se observarmos nossa vida, encontraremos muitas outras seqüências de fatos que acabaram da mesma forma. Em algumas vezes é tudo muito rápido, em outras o processo leva dias, mas o ponto em comum é que não percebemos a tempo, não demos atenção ao que estávamos sentindo e deixamos de ouvir aquilo que o nosso coração estava querendo nos dizer.
- É hora de vigiar!
Se já conseguimos experimentar a alegria e o bem-estar administrando a nossa vida conscientemente, talvez um dos maiores desafios que tenhamos agora seja o de conseguirmos manter esse estado agradável em nós por períodos cada vez mais longos.
Os nossos "fantasmas" (ou os fantasmas das nossas crenças) continuarão vindo à tona e isso é ótimo!
De que outro modo poderíamos saber que ainda estão ativos e operantes?
O jeito é ficarmos com nossos radares ligados o tempo todo - atentos ao que estamos sentindo, mente e coração conectados, para evitarmos que dentro de nós o veneno se instale, tornando-nos vulneráveis à sedução de antigas tentações que transferem a responsabilidade dos nossos sofrimentos ou das nossas alegrias para o mundo exterior, ao mesmo tempo em que tiram de nós o poder sobre a nossa própria vida.
- No mais, é cair e levantar, sem medo de cair de novo. Não é assim que as crianças aprendem a andar?
Texto revisado por: Cris
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