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Semeando a semente da esperança no solo da tristeza

Atualizado dia 5/9/2007 11:51:16 PM em Autoconhecimento
por Vera Godoy


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Para mulheres especiais...

Tem sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos...
Mas o que é importante não muda; a tua força e convicção não têm idade.
O teu espírito é como qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.
Enquanto estejas viva, sente-te viva.
Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amarelecidas...
Continua, quando todos esperam que desistas.
Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti.
Faz com que em vez de pena, te tenham respeito.
Quando não consigas correr através dos anos, trota.
Quando não consigas trotar, caminha.
Quando não consigas caminhar, usa uma bengala.
Mas nunca te detenhas!!!
Madre Tereza de Calcutá


A dor quando ultrapassa os limites da pessoa que a sente, afeta também as pessoas de sua convivência, sua casa, seu trabalho e seus relacionamentos como um todo.
E a cada dia aumenta o número de mulheres que sofrem de dores, principalmente as geradas pela alma, tão comumente chamadas de Depressão.

Se uma pessoa comum consegue afetar todo o ambiente quando sente-se doente e triste, a mulher, que é o esteio de seu lar, de sua casa, gera um estrago muito maior para ambas as partes.

A depressão pode envolver questões genéticas, psicológicas, sociológicas, hormonais e fisiológicas. Mas, hoje em dia, acontece muito mais por questões espirituais, ou frustrações, e as mulheres são as mais afetadas. A alma feminina se torna triste, por dores emocionais, frustrações, perdas, desencantos, desesperanças, e porque já se cansou de gritar e não ser ouvida.

James Hillman, o célebre discípulo de Jung, diz que a biografia humana é mais que a "história de uma vítima" e que é possível vencer a determinação do destino, e ecoando Hamlet, diz: "Há mais coisas nas nossas vidas do que admitem nossas teorias sobre ela". Ele rompeu com os estreitos parâmetros do racionalismo moderno, e afirmou que a psicologia moderna não está cumprindo sua missão, distorcendo a definição desse transtorno, que gera mudança comportamental, em muitos casos bastante acentuado, em “falta de fé e de amor”, entre tantas outras conotações errôneas, deixando esse mal, visto com grande preconceito e ignorância, mesmo nos dias atuais, acentuando o sofrimento de tantas mulheres.

Foi com os estudos de Freud, que ligavam a doença com as questões voltadas à libido, que a depressão ficou conhecida por todos. Segundo Freud, a depressão acontece quando o ódio interfere no amor, colocando a tristeza como a perda da libido sexual.

Hoje, já sabemos que “não é a falta de sexo que gera a depressão, mas sim, o sexo em desequilíbrio”. E nós, mulheres, exercemos grande importância dentro dessa realidade, onde somos as mais afetadas.

São tantos os motivos que provocam a tristeza e a depressão, e a psicologia pode até errar, por tratar sofrimentos emocionais decorrentes de frustrações da vida social da mesma maneira como trata a depressão, mas, e nós, o que estamos fazendo para mudar esse quadro?

O primeiro passo é a conscientização de que a educação é falha e, a partir daí, começar a mudar. Ser uma educadora é nosso principal papel, e quando ele não é exercido com consciência das faltas e excessos cometidos por nós, gera transtornos para nós mesmas.
Voltar à educação da família para a vida espiritual, é vital para uma vida saudável. Ter a atenção voltada somente para as questões materiais, transitórias, traz frustrações, falta de esperança, e desequilíbrios.

Deixar que o amor brote em nossas vidas, manifestando nossa verdadeira essência muda nossos hábitos. Para a espiritualidade as pessoas depressivas costumam ser extremamente amorosas, por isso desenvolvem processos de carência. Sua capacidade de observação e de interagir com o mundo é muito grande, mas por outro lado têm grande dificuldade de se adaptar às mudanças.

São Tomás de Aquino diz: Quanto mais conhecimento, maior a depressão: porque se constata quão deficientes são as coisas do mundo. E a mulher é sábia para mudar essa realidade a seu favor.

Viver nesse mundo não dá muita motivação, portanto, a revelação do amor se faz premente em nossas vidas, para que possamos ampliar nossos horizontes, e enxergar uma nova realidade.

Einstein disse: a oportunidade descansa no meio das dificuldades.

Mudar é uma lei da natureza e a essência da mulher é a semente que gera mudanças. Assim aprendemos a ter tolerância e paciência com a vida. Aprendemos sofrer, esperar, receber, e semear a semente da esperança no solo da tristeza, reconhecendo que a verdade exige muito empenho, muita determinação, muita vontade e persistência, mas que vale a pena tentar para viver uma vida mais saudável e feliz.

VERA GODOY
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Texto revisado por Cris

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