Sentimento de amizade
Atualizado dia 4/21/2006 12:19:39 AM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Se procurarmos as causas deste desgosto e desta decepção latentes, encontraremos as respostas no próprio homem. A carência de amor é a principal delas porque provoca inseguranças psicológicas no adulto e deixa um vazio difícil de ser preenchido.
A criança que possui como característica a tristeza e outros sintomas depressivos, será um adulto inseguro e desconfiado, optando, na maioria dos casos, pela solidão ou isolamento social como um mecanismo de defesa contra a sociedade dos homens que o oprime e sufoca.
Por outro lado, também como consequência da lacuna do amor, encontramos o ódio como sentimento de vingança latente, mas sempre presente contra esta mesma sociedade de imagem "ameaçadora".
É na luta, no conflito interno de altos e baixos entre o ódio e o amor, principalmente, que emergem os desiquilíbrios mentais em forma de psicopatologias na visão oficial ou de desiquilíbrios espirituais na visão reencarnacionista. A psicopatia é um exemplo típico desta confusão mental à medida que se estabelece esta dicotomia entre o bem e o mal, ou seja, ódio e amor. É perseguindo as suas "vítimas" que o psicopata busca "fazer justiça" contra esta sociedade de homens que ele odeia e que por este motivo pretende vingar-se.
Ser verdadeiro amigo ou amiga, portanto, requer uma caminhada na estrada dos valores humanos, onde, através da educação são fincadas as primeiras bases deste sentimento genuinamente humano. Os relacionamentos inter-familiares, no sentido dos ingredientes amor-afeto, ministrados em doses equilibradas, serão indispensáveis na construção do caráter da pessoa e de seu sentimento de amizade enquanto relacionamento saudável sob o ponto de vista psicológico-espiritual.
A amizade se estabelece por afinidades imperceptíveis, mas a verdadeira amizade firma suas raízes e amadurece na superação de possíveis conflitos de relacionamento, enquanto a falsa amizade, baseada em interesses mútuos ou de uma das partes, rompe e se esfacela na primeira crise. O que definirá a supremacia de uma ou de outra tendência é a predominância do lado alto da "gangorra" amor ou ódio e da existência ou não do fator empatia nesta relação de sintonia.
O verdadeiro amigo é aquele que percebe, se sensibiliza e se envolve em situações que julga serem necessárias no auxílio do companheiro ou companheira. É aquele que, de uma forma abnegada não mede esforços na tentativa de ajuda nos momentos de crises, por mais passageiras que elas sejam. No entanto, estas personalidades saudáveis encontram-se cada vez mais raras e quando achadas é, como retrata com muita sensibilidade a belíssima "Canção da América" de Milton Nascimento: "Amigo é coisa para se guardar, debaixo de 7 chaves, dentro do coração... no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam não, mesmo esquecendo a canção... o que importa é ouvir a voz do coração".
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |