SEUS OLHOS, MEU CLARÃO... ENDOFTALMITE
Atualizado dia 6/7/2006 8:14:13 PM em Autoconhecimentopor Fátima Rodrigues Graziottin
me guiam dentro da escuridão..."
Velha Infância, Tribalistas
Infelizmente, vivemos numa época em que a banalização está muito presente na sociedade e nas mais diversas áreas de nossas vidas. Tudo parece ser muito simples e natural. Viver descomplicadamente é a ordem geral. Queremos usufruir do anonimato (na Internet, por exemplo) e também a fama ("BIG BROTHER").
A banalização do sexo é notória. A corrupção, a falta de ética, o descompromisso e o descaso com o outro é alarmante! A desinformação e a manipulação da informação tomam proporções e conseqüências assustadoras, a cada dia. Parece que vivemos numa "terra de ninguém", onde o que vale mesmo é o dinheiro, o poder, a manipulação e banalização da informação.
Sonhos existem para serem concretizados. Contudo, muitas vezes, os sonhos se tornam pesadelos... Antigamente, pessoas que tinham catarata ficavam cegas, após algum tempo. Com o advento tecnológico na área da oftalmologia, a cirurgia de catarata, hoje, é uma prática corriqueira, "simples", "normal". Muitas pessoas já foram bem sucedidas neste tipo de cirurgia e recuperaram sua visão.
No entanto, há casos em que esta cirurgia criou problemas mais sérios e graves do que o anterior. Poucas pessoas sabem que há riscos sérios nesse tipo de cirurgia e é bom que as pessoas sejam esclarecidas, pois esse e outros tipos de procedimentos ficaram tão banalizados que quase viraram "moda".
Uma das complicações da cirurgia de catarata é a ENDOFTALMITE.
Que este texto sirva para alertar as pessoas que forem se submeter a esta cirurgia. A maior "escuridão" é a ignorânica, o descaso e a desinformação.
ENDOFTALMITE
"Controle de medicações e insumos usados na facectomia e regras mais claras quanto ao ambiente de centro cirúrgico são essenciais para impedir complicações como a endoftalmite, que geralmente leva à cegueira.
A endoftalmite aguda é uma das piores complicações de facectomia, levando a cegueira à maioria dos olhos atingidos.
Ela pode ser exógena quando causada por microorganismos do ambiente externo, que penetram nos olhos após cirurgia ou trauma ocular, ou endógena, quando a infecção ocorre por disseminação hematogênica. O termo também pode se referir à inflamação não-infecciosa. Apesar de pouco freqüente, a endoftalmite chama a atenção não apenas por sua gravidade, mas também pelo fato de a cirurgia de catarata ter se tornado um dos principais procedimentos cirúrgicos mundiais.
A endoftalmite é classificada como aguda quando se inicia dentro de seis semanas após a cirurgia, geralmente entre as primeiras 48 a 72 horas (...).
A endoftalmite infecciosa aguda também pode ocorrer após outras cirurgias intra-oculares, como vitrectomia, perfuração ocular traumática, transplante de córnea e cirurgias filtrantes. (...)
Sabe-se que a flora bacteriana da superfície ocular e seus anexos são responsáveis pela maioria dos casos de endoftalmite. Conseqüentemente, os fatores de risco pré-operatórios incluem blefarite, meibomite, conjuntivite, canaliculite, dacriocistite, ceratoconjuntivite seca ou uso de lente de contato. Doenças sistêmicas como diabetes mélito, doenças imunossupressoras como leucemia ou aids, dermatite atópica e infecções das vias aéreas superiores também são elementos importantes.
Outros fatores de risco são intra-operatórios e incluem desinfecção inadequada das pálpebras, cílios e conjuntiva, cirurgia prolongada por mais de 60 minutos, perda vítrea e uso de alça de prolene nas lentes intra-oculares. Quando ocorre perda vítrea, a introdução de materiais adicionais dentro do olho aliada ao aumento do tempo cirúrgico permite uma maior exposição tanto da câmara anterior como do espaço vítreo a patógenos, ampliando o risco de infecção.
Quanto às lentes intra-oculares, já é conhecida a capacidade do estafilococo se aderir e proliferar na superfície de polímeros como as alças de prolene dessas lentes. A aderência é maior em lentes de silicone do que nas de polimetilmetacrilato e hydrogel.
No período pós-operatório também são encontrados fatores que favorecem o aparecimento da infecção, como sutura frouxa ou deiscência, sutura não sepultada, remoção da sutura, encarceramento de vítreo na incisão cirúrgica, permitindo uma via de entrada para microorganismos e a presença de bolha filtrante.
A profilaxia da endoftalmite ainda é o passo mais importante, por se tratar de quadro grave e com prognóstico reservado. É fundamental, portanto, conhecer seus fatores de risco e tratá-los quando possível ou contra-indicar um procedimento cirúrgico.
A profilaxia começa no pré-operatório do paciente. Nesse estágio, é preciso tratar os casos de blefaromeibomite, conjuntivite, canaliculite e dacriocistite e avaliar exames subsidiários requeridos conforme o exame clínico (...)".
Dr. Carlos Eduardo Arieta
Texto técnico extraído do site link
Texto revisado por Cris
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