Simbologia Oculta do Baluarte Templario - I



Autor João José Baptista Neto
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/19/2007 3:32:46 PM
Traduzido da Revista “Cuadernos Medievales” Nº 3, da FICEM– link por João Baptista Neto, com autorização, para o Grupo link
Autor da Matéria: Jesús Arcos
A imagem dos eleitos! Assim é como começa a grande maioria dos argumentos que foram escritos sobre o Tau. Uns amparados nos escritos de Ezequiel, outros no Gênesis ou outros, no Apocalipse, todos eles coincidem que o Tau é um símbolo de “eleição divina”.
São Francisco o utilizou como selo. Esteve presente no Concílio de Latrão em 1215 como exemplo de exaltação da verdadeira fé frente aos gentios. Aparece inclusive nas lendas do século XIII como uma forma de explicar a remissão dos pecados do mundo. Como conseqüência, o Tau, é mais forma do que símbolo, tanto que identifica uma estrutura, inspirada e sustentada sobre o sobrenatural, procedente da imanência do imanifestado e sempre venerada em todos os tempos. A “idéia” impressa, do absoluto, sobre a forma: isso é o Tau!
Para o Templo de hoje, diferente do Templo de ontem, o Tau representa grande parte de seus ideais de cavalaria. Sua forma procedente da Cruz Patê representa a expressão do pensamento Templário a partir de um centro (Deus) para os quatro pontos do universo sobre os quais se estende, para proclamar a força do Evangelho de sua espada, baluarte de sua razão de ser como cavaleiros. Espada e Cruz são forças de uma idéia, ambas em um sentido ou outro, hão de ser empregadas na mesma causa.
Sobre o Baluarte Templário, a Cruz Patê adquire um duplo significado. Por um lado unifica o céu e a terra (além de onde cada um deles se encontre), representando o fim último do Templo como cavalaria do espírito. Por outro lado, unifica também o cavaleiro em seu aspecto animal e religioso. As duas cores, a branca e a negra, tradicionalmente atribuídas aos contrários, são também as cores do noviciado e maestria; entre os templários de antigamente, os sargentos se vestiam de negro para representar o trabalho que tinham que fazer com seus vícios, e ao contrário, os cavaleiros se vestiam de branco demonstrando o que haviam conseguido com suas virtudes (hoje continua sendo assim na OSMTJ-OSMTJH). Branco e negro se converteram nas cores da “tensão”, da “força”, da “energia”, da oposição, por fim, as geradoras de uma reação. São a prévia de uma síntese, a ante-sala de um resultado: a cor vermelha.
(1) Assim como o branco e o negro dividem em duas partes bem diferenciadas os estágios do cavaleiro, ou seja, o referente ao seu corpo e o referente à sua alma, assim como o referente a suas obrigações com o mundo e com seu Deus, o vermelho vem representar o mais imediato e próximo à sua vida, quer dizer, o sangue, o espírito que o anima.
O QUE ESTÁ ACIMA É
COMO O QUE ESTÁ ABAIXO

De qualquer modo o vermelho é uma cor primitiva que convida a refletir na “tensão produzida por duas forças”. Na espécie animal reflete o valor do sangue, na natureza o valor do perigo, no ambiente reflete o valor da vida ou da fertilidade; em qualquer caso, o vermelho é uma cor valente, irradiadora, potente e decisiva, que no caso presente representa a regeneração, a dor e a entrega.
A cor em perfeita simbiose com a forma, deriva no caso presente, em uma síntese de conteúdos universais que transcende todo significado racional ou emocional. O duplo Tau vermelho, um para cima e outro para baixo, cada um deles enraizado sobre uma cor de contraste, a branca ou a negra, e cada um deles em uma posição diferente, nos informa de dois conteúdos bem distintos e não obstante, muito unidos.
O Tau de gules (NT: vermelho em heráldica) com o flanco para baixo suportando um eixo horizontal sobre um campo de prata (NT: branco em heráldica), representa o homem realizado, o homem perfeito, o homem que superou as provas da vida e venceu a morte; ao contrário, o Tau de gules invertido sobre um campo de sabre (NT: negro em heráldica) convida à prudência, ao rigor e à medida.
(3)TAU DE GULES SOBRE CAMPO DE PRATA
O guerreiro espiritual pleno da fortaleza que brota da sua fé em Deus, entrega sua vida para a defesa dos oprimidos pela injustiça. Caracteriza a sua vida sua potencia, seu ardor, seu espírito de entrega e sua fortaleza. Soldado e sacerdote, entregue a uma mesma causa em uma só pessoa; espada e cruz, ambas uma e a mesma coisa.
Filosoficamente falando, referimo-nos ao cavaleiro que compreendeu os passos da iniciação templária; abandonou o mundo e tudo o quanto representa, enfrentou as próprias paixões, descobriu a localização dos lugares sagrados, quer dizer, aqueles que importam à sua existência. Compreendeu a verdadeira realidade do mundo, sua fantasia e sua certeza. Compreende para onde investir seu esforço. Já sabe acerca do efêmero e do eterno. Conduz sua vida pelo bem em detrimento da paz. Cavaleiro do Templo, Militiae Templi, Soldado de Deus.
O simbolismo herádico dos esmaltes(cores) é:
A prata (ou branco) significa, em correspondência com as pedras preciosas, à pérola. Com os astros, a lua; com os signos do zodíaco, câncer, e com os elementos, a água; com os dias da semana, a segunda-feira;com os meses do ano, janeiro e fevereiro; com as árvores, a palmeira; com as flores, a açucena; com as aves, a pomba; e com os animais, o arminho. A prata nos brasões de armas recebe o nome de lua, no que se refere a dos soberanos; nos que se referem aos títulos, pérola e no que se refere aos demais nobres, prata. As características heráldicas que lhe correspondem são: pureza, integridade, obediência, firmeza, vigilância, eloqüência e honradez da palavra. Os que a levam em suas armas estão obrigados a defender as virgens e amparar os órfãos.
O gules (ou vermelho) simboliza Marte, entre os planetas; entre os signos do zodíaco, áries e escorpião; entre os elementos, o fogo; entre as pedras preciosas, o rubi; entre os dias da semana, a terça-feira; entre os meses do ano, março e outubro; entre os metais, o cobre; entre as árvores, o cedro; entre as flores, o cravo; entre as aves, o pelicano. As características heráldicas que lhe pertencem, são: fortaleza, vitória, ousadia, alteza e valentia. Os que trazem essa cor em seus escudos estão obrigados principalmente a socorrer os que se vêem oprimidos pela injustiça.









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