Síndrome de Impostora ou Mito de Quíron?
Atualizado dia 12/11/2024 11:19:01 PM em Autoconhecimentopor Ana Carolina Reis
A maioria dos terapeutas (pelo menos, os que eu conheço) optam pela via da terapia justamente porque o seu processo de cura exige se tornarem um instrumento de cura para outrem.
Ou seja, é ajudando o outro a se curar que me curo junto (síntese do Mito de Quíron).
Mas não é falar dos meus problemas para o paciente, ombro a ombro. Não...
É se colocar a serviço da Vida para auxiliar com sua sabedoria e conhecimento. Além de empatia e compaixão, que podemos realizar este serviço tão divino.
Se tornar um instrumento de cura é uma habilidade que exige tato e sensibilidade. Justamente por já ter sofrido tanto, conhece como ninguém as dores humanas, as dores da alma...
Através do auxílio ao outro, do amor incondicional que transborda, ele mesmo experimenta do néctar que jorra através de si. Não provém dele, apenas passa por ele, como um canal de uma Fonte que nunca tem fim.
Assim é o terapeuta que está conectado com sua essência. Sabe que está a serviço, não se compara, não fica querendo ocupar um lugar que não é o seu.
Não coloca também suas prioridades materiais acima dos valores do espírito. Valoriza o seu ser e seu saber, seu atendimento, sua hora, seu sacerdócio...
Sabe cuidar de si, se aplica aquilo que impõe a terceiros. É consciente que seu primeiro (e único) paciente é o trabalho consigo mesmo. Os demais são apenas lembranças, que Deus envia, para que desperte de que é apenas a própria pessoa que pode se curar. Que ele não pode fazer nada por ela, a não ser... Ser um instrumento, um facilitador. Porém, não é ele quem faz o processo, apenas o facilita, o intermedia.
Ser um terapeuta entregue e bem-sucedido requer estrutura interna e coragem na alma para seguir adiante, mesmo quando a vontade do ego muitas vezes é recuar. Ficar na sua zona de conforto, bem confortável com aquela vidinha estável, um pouco monótona talvez (com suas crenças limitantes: não é bom mexer muito que pode piorar)...
Enfim, requer uma habilidade de resiliência e autoaceitação para lidar com suas habilidades e inabilidades.
Entender que não será bom em tudo e está tudo bem. Que terão ferramentas em que se sairá melhor e outras que parecerá não sair do lugar. É poder respeitar suas limitações, sejam elas físicas, emocionais ou mentais.
Saber se respeitar é compreender: não sou impostora coisa alguma! Sou apenas alguém em constante evolução, que aprendeu a ceder, que está em busca de algo maior. Que sabe o seu lugar e que todo dia aprende a se amar, um pouquinho mais... E que pode auxiliar sim, por meio do auxílio ao próximo encontrar sua própria cura.
Amém!
Ana Carolina Reis
@aurorapachamama
www.espacopachamama.com
Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa (CRTH-BR 6400 ABRATH), Mestre em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Apometria, Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |