SINTO MUITO e TE AMO
Atualizado dia 13/11/2006 15:27:57 em Autoconhecimentopor Fátima Rodrigues Graziottin
Por Joe Vitale
Há dois anos, ouvi falar de um terapeuta, no Havaí, que curou um pavilhão inteiro de pacientes criminais insanos sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si mesmo a fim de ver como ele havia criado a enfermidade dessa pessoa. À medida que ele melhorava, o paciente também melhorava.
A primeira vez que ouvi essa história, pensei tratar-se de alguma lenda urbana. Como podia alguém curar a outro, somente através de curar-se a si mesmo? Como podia, ainda que fosse o mestre de maior poder de autocura, curar a alguém criminalmente insano? Não tinha nenhum sentido, não era lógico, de modo que descartei essa história.
Entretanto, escutei-a novamente um ano depois. Soube que o terapeuta havia usado um processo de cura havaiano chamado "oponopono". Nunca ouvira falar dele, no entanto, não conseguia tirá-lo de minha mente. Se a história era realmente verdadeira, eu tinha que saber mais. Sempre soubera que total responsabilidade significava que eu sou responsável pelo que penso e faço. O que estiver além, está fora de minhas mãos.
Acho que a maior parte das pessoas pensa o mesmo sobre a responsabilidade. Somos responsáveis pelo que fazemos e não pelo que fazem os outros. Mas isso está errado. O terapeuta havaiano que curou essas pessoas mentalmente enfermas me ensinaria uma nova perspectiva avançada sobre o que é a total responsabilidade. Seu nome é Dr. Ihaleakala Hew Len. Passamos, provavelmente, uma hora falando em nossa primeira conversa telefônica. Pedi-lhe que me contasse toda a história de seu trabalho como terapeuta.
Ele explicou-me que havia trabalhado no Hospital Estatal do Havaí durante quatro anos. O pavilhão onde encerravam os loucos criminais era perigoso. Em regra geral, os psicólogos se demitiam após um mês de trabalho ali. A maior parte do pessoal do hospital ficava doente ou se demitia. As pessoas que passavam por aquele pavilhão simplesmente caminhavam com as costas coladas à parede com medo de serem atacadas pelos pacientes. Não era um lugar bom para viver, nem para trabalhar, nem para visitar.
O Dr. Len disse-me que nunca viu os pacientes. Assinou um acordo para ter uma sala no hospital e revisar os seus prontuários médicos. Enquanto lia os prontuários médicos, ele trabalhava sobre si mesmo. Enquanto ele trabalhava sobre si mesmo, os pacientes começaram a curar-se. "Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente", me disse. "Outros, que tinham que ficar fortemente medicados, começaram a ter sua medicação reduzida. E aqueles, que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta". Eu estava assombrado. "Não foi somente isso", continuou, "até o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. O absenteísmo e as mudanças de pessoal desapareceram. Terminamos com mais pessoal do que necessitávamos porque os pacientes eram liberados e todo o pessoal vinha trabalhar. Hoje, aquele pavilhão do hospital está fechado."
Foi neste momento que eu tive que fazer a pergunta de um milhão de dólares: "O que foi que o senhor fez a si mesmo para ocasionar tal mudança nessas pessoas?"
"Eu simplesmente estava curando aquela parte em mim que os havia criado", disse ele. Não entendi. O Dr. Len explicou-me, então, que entendia que a total responsabilidade por nossa vida implica em tudo o que está na nossa vida, pelo simples fato de estar em nossa vida e ser, por esta razão, de nossa responsabilidade. Num sentido literal, o mundo todo é criação nossa. Uau! Mas isso é duro de engolir. Ser responsável pelo que digo e faço é uma coisa. Ser responsável pelo que diz e faz outra pessoa que está na minha vida é muito diferente. Apesar disso, a verdade é essa: se você assume completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta de qualquer forma é a sua responsabilidade, porque está em sua vida.
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