Sintonia com o mentor
Atualizado dia 5/8/2007 4:39:53 PM em Autoconhecimentopor João Caçador Neto
O pré-requisito para efetivar esse contato é nossa determinação em evoluir. Vamos compreender que nosso mentor jamais nos abandona quer tenhamos ou não consciência disso. Esse ser da luz possui o amor incondicional e somos nós que obscurecemos essa relação, além do que, ele está mais evoluído, numa dimensão superior. As palavras como amor incondicional, compaixão, fraternidade, altruísmo, etc., fazem parte da natureza intrínseca do mentor. Ele é tudo isso!
Quando cito a determinação, significa estarmos perceptivos de nosso objetivo em nos tornarmos melhores como seres em evolução, contribuindo para tornar a vida melhor para nosso próximo, não o contato como simples curiosidade e especulação. Aliado a isso, buscar dentro de nós o desejo legítimo de respostas para o que acontece em nosso caminho, muitas vezes mal compreendido. Um dos momentos dessa necessidade de resposta vem quando sofremos, com a dor e esse é justamente o momento que deixamos os canais de comunicação mais abertos; então, o ego não pode ajudar mais. Estamos sós, precisamos de ajuda... Mas não podemos, assimilar eficazmente os ensinamentos, nesse caso, pois ele é momentâneo.
Exemplificando, quando sofremos a dor de uma perda, a morte de alguém, vem sobre nós uma série de reflexões pontuais e não é raro ouvir: “Sempre damos valor a tantas outras coisas sem importância que agora não fazem mais sentido, agora tudo está acabado...”
Mas não precisa ser sempre assim, pela dor. Podemos buscar quando estamos conscientes e vibrando positivamente. A revelação de nosso mentor vem através da comunicação direta (muito mais rara de assimilarmos, por nossa própria limitação), regressão ou incorporação por intermédio de alguém. É nessa comunicação que acontecem os insights do que está acontecendo conosco para melhorar nosso entendimento e possível resolução dos problemas.
Vamos compreender que a interpretação exige que tenhamos um desprendimento de idéias pré-concebidas e princípios pré-estabelecidos. Isso nem sempre é fácil, pois precisamos de uma interiorização muito intensa, e o ego não permite que algo feio ou incoerente possa ser descoberto dentro de nós. Isso nos dá medo porque a verdade pode doer. Preferimos viver na superficialidade, no desconhecimento, na inconsciência, cheio de máscaras de eficiência. Afinal, assim seremos aceitos e respeitados, mas nos deixa na defensiva nessa relação tão importante.
Infelizmente, sem vencermos essa etapa provavelmente o que nos for revelado cairá no vazio. Não saberemos o sentido e acabaremos retardando nossa evolução, a autonegação. Ainda assim, o mentor estará conosco, trabalhando para evoluirmos, sempre e sempre, quantas vezes for necessário.
Quando conseguimos vencer essas barreiras defensivas a comunicação ficará mais fluída, nosso Eu Superior estará mais alinhado com o Princípio Universal e o mentor nos auxiliará no caminho mais suave para a evolução. Entenderemos seus ensinamentos de uma forma mais clara por estarmos mais abertos e receptivos, estando aptos a ouvir os ensinamentos que nos conduzirão a uma vivência mais tranqüila e centrada. Espíritos da grandeza dos mentores não exigem contrapartida, pois seu amor é incondicional, que apesar de nos guiarem para o caminho da luz, nos deixam totalmente cônscios que temos o livre arbítrio. Na verdade, caso desprezemos por completo seus conselhos sobre o amor, fraternidade, perdão vamos entender que não haverá medidas de punição, mas estaremos seguindo um caminho de sombras e sofrimento, naturais pela nossa vibração e ações negativas. Difícil imaginar colhermos alegria se semeamos a dor, não acham?
Mas ao trilharmos o caminho sombrio, resta ao nosso mentor atuar na nobre ação da compaixão e do amor que nos continuará sendo oferecido até que possamos compreender. Também não vamos esquecer, jamais, a nossa responsabilidade sobre o que plantamos em qualquer momento de nossa existência.
E é adequado salientar que para qualquer pedido que façamos a ele, antes de qualquer coisa, que seja legítimo, ético, sintonizado com um bem universal, desprovido de um desejo desmedido do ego. Parece fácil, mas não é. Um exemplo é quando desejamos alguém em especial, quando estamos apaixonados. A primeira idéia é pedirmos auxílio para conquistarmos a pessoa e que ela fique conosco porque a desejamos. Mas um pedido legítimo seria: “Querido mentor, desejo ser feliz e se uma relação com a pessoa em quem penso trouxer felicidade para ambos e para nosso próximo, desejo que promova nosso encontro”.
Perceberam um detalhe? A condicional “se” e a expressão “para ambos e nosso próximo” torna o pedido legítimo e deixa o ego sem ação. Bem... Com toda certeza, o mentor se desdobrará para atender esse pedido e o fará com uma intensa alegria... Esse desejo extrapola as maquinações do ego, porque se isso não for um bem, não se realizará. Notem que o que achamos que é bom para nós, não é necessariamente verdadeiro.
Concluindo, se você está se preparando para um caminho mais saudável e feliz, essas reflexões podem ser um bom ponto de partida, que com confiança, fé e ações corretas com nosso próximo, estaremos promovendo uma sintonia mais fina com nosso mentor, quer desejemos evidenciar isso ou não e, com certeza, nosso caminho será bem iluminado.
Abraço a todos!
Texto revisado por Cris
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