Sobre estranhos e diferentes
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Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 07/11/2013 21:56:36
A sociedade, em especial a educação e a psicologia precisam apurar um novo olhar sobre pessoas consideradas incomuns, ou seja, os superdotados, os estranhos e diferentes, que possuem uma visão diferenciada da vida e um quociente de inteligência acima da média. Estes indivíduos existem e a cada ano nascem mais crianças dotadas de uma sensibilidade suprasensorial associada a habilidades que revelam um grande potencial a ser desenvolvido.
No entanto, estas pessoas, na sua grande maioria, sentem-se abandonadas à própria sorte, sem uma estrutura socio-familiar-educacional que proporcione o desenvolvimento de seus talentos natos, no sentido de se sentirem valorizadas no contexto social e produtivas na dinâmica do trabalho.
Como são considerados estranhos ou diferentes pelo fato de perceberem outras dimensões da natureza humana, a tendência é que estes indivíduos sintam-se inadaptados, marginalizados e incompreendidos por não seguirem um modelo social construído pelo conjunto de valores, crenças e condicionamentos chamado materialismo.
Nesta linha e lógica de raciocínio, após a publicação no STUM de dois artigos sobre indivíduos índigos e cristais, recebi e continuo recebendo muitos e-mails de pessoas que se identificam com o conteúdo dos textos. A seguir, descrevo trechos das mensagens que mais chamaram-me a atenção.
"Venho lendo muito sobre as crianças índigo, e frequentei o consultorio de uma parapsicóloga que me diagnosticou como tal. Acredito ser uma pessoa consciente, no entanto, tento me situar neste mundo tão estranho e esquisito, pois não me sinto daqui e sim de outro planeta". (Gabriela)
"Estava lendo sobre seu artigo no site do STUM, que fala sobre esses novos espíritos, e sou professora há dezoito anos e percebo claramente o quanto as crianças são diferentes! Com isso, sinto dificuldades em trabalhar com algumas delas porque é muito nítida a dificuldade que elas tem em lidar com regras e consequências". (Helenice)
"Assim como a jovem de seu artigo, eu também tenho muitas comunicações em sonhos com outras dimensões. Ver espíritos e ouvir vozes é normal para mim desde criança. A maioria das pessoas não entendem e não acreditam nas coisas que eu acredito, entendo e vejo. Isso me dói, pois as pessoas vivem num mundo cinza que elas criaram e não percebem. Sei que sou bem mais sensível que a maioria das pessoas, mas isso não deveria ser um sofrimento pra mim". (Érika)
"Estava lendo a sua matéria e fiquei impressionada o quanto me identifiquei. Na verdade não li a matéria anterior, só essa com as sete perguntas, o engraçado é como se eu as tivesse respondendo. Eu preciso me achar. Tem indicação de alguém para me ajudar nesta evolução?" (Talva)
"Primeiramente eu gostaria de colocar as minhas percepções, que na infância e boa parte da adolescência eram muito parecidas com as descritas pela jovem citada no texto. No entanto, diversos fatores de vida me afastaram da essência. Tudo isso levou-me a viver durante anos tentando me reencontrar, pois levar uma vida "normal", como seria o correto para a minha família, só me distanciou de quem eu realmente sou, e isso me levou a um estado crítico de saúde emocional, o que demandou muito esforço para que eu tivesse coragem de retomar a minha vida e reencontrar a minha paz". (Grazielli)
A fase de transmutação energética a qual atravessamos neste momento, aos poucos, começa a pressionar mentes e corações ao encontro da expansão de consciência. Esta fase passa a exigir da educação e das ciências do comportamento humano, uma adaptação à nova realidade planetaria, que traz como característica, a percepção ampliada das dimensões que compõem a natureza do homem.
Portanto, a visão unilateral da vida humana, baseada na percepção física dos acontecimentos que envolvem a experiência vital, precisa reciclar-se no sentido de acompanhar e atender a demanda dos novos tempos de transformações, que alterará significativamente a vida no planeta Terra. Portanto, urge uma tomada de consciência a respeito da educação como meio de atendimento às necessidades destas crianças que estão nascendo, assim como, a adequação da psicologia e da psicopedagogia em relação ao atendimento e orientação destes indivíduos incomuns.
E as mensagens continuam fluindo naturalmente. Pessoas consideradas estranhas ou diferentes pelos "normais", que buscam um pouco de compreensão ou que seus dramas de vida sejam compartilhados por pessoas afins, na esperança de que as suas missões sejam cumpridas na íntegra. São os heróis da fase de transição. Verdadeiros guerreiros da paz e da mudança que buscam o reconhecimento e a aceitação de suas virtudes e habilidades como forma de seguirem com as suas metas de "quebrar" paradígmas arcaicos e construir uma nova sociedade voltada para o interesse coletivo.
As mensagens não deixam dúvidas de que existem muitas pessoas despertas, lúcidas, que enfrentam uma realidade de visão linear que se opõe às iniciativas de libertação de um "estado de coisas" onde ainda predomina o egoísmo. Contudo, estas mentes brilhantes não desistem se seus objetivos e, de forma transparente, uma delas conclui o seu testemunho com otimismo e fé: "Espero, sinceramente, que esse testemunho colabore de alguma maneira, pois a vontade de me manifestar foi realmente muito grande".
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |