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Sobre Vera Fischer e o direito de ser quem eu sou

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Autor Patricia M. Barros

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 15/11/2015 13:34:13


Recentemente circulou na internet uma montagem com duas fotos, uma antiga e outra atual, de Vera Fischer. Muitos internautas criticaram a atriz por parecer envelhecida e o ator Cauã Reymond escreveu um texto defendendo-a. Diz uma parte da mensagem: “Grande texto da Cora Ronai sobre a pobreza de espírito reinante. Sinceramente? As pessoas estão perdendo a noção de tudo: de civilidade, de bom senso, de educação e até da própria língua. Se a Vera estava irreconhecível, como foi reconhecida pelas pessoas que a abordaram para selfies?”

De fato, parece que a pobreza de espírito e a ignorância tomaram conta da nossa sociedade. Então uma pessoa não tem o direito de envelhecer? É verdade que hoje em dia há muitas maneiras de procurar ter uma aparência mais jovem, mas para utilizar estes recursos as pessoas têm que ter dinheiro, tempo e disposição. Eu admiro pessoas como Jane Fonda e Tina Turner, que já têm certa idade e continuam dançando ou fazendo exercícios. Quando eu assisti a um show mais recente da Tina Turner me empolguei. Ao ver aquela mulher com 70 anos de idade, cheia de energia, dançando em cima de um andaime, usando um vestido curto e transparente (Não ficou vulgar! Ela tem um corpão!), eu me empolguei e pensei: “Uhu!!!! Quando eu crescer quero ser um pouco como a Tina Turner! Ela é uma força da natureza!” Bem, eu sou baixinha (tenho 1,43 m) e não vou crescer mais. (Risos) Eu admiro a Tina Turner, mas que tal se pela minha personalidade ou pelo meu organismo eu não nasci para fazer exercícios físicos? Nem todo mundo curte exercícios físicos e fica viciado(a) de forma saudável. Eu acho muito legal, admirável quem tem disciplina para correr ou para ir à academia, mas eu tenho o direito de ser quem eu sou, sem que ninguém me incomode por causa disso!

Eu também admiro a atriz Catherine Deneuve. Ela está com 72 anos, continua linda, elegante e sua carreira de atriz está a todo vapor. Recentemente foram lançados vários filmes em que ela atuou. Ela está só um pouco “cheinha”, o que é normal para a sua idade. Quem pode critica-la por isso? Nossa, eu quero chegar aos 70 anos com um pouquinho (bem pouquinho…) da elegância e da boa aparência que ela tem!

A propósito, por que criticar alguém pelo seu gosto por boa comida? Se uma pessoa gosta de comer bem e ganha peso por causa disso, está vivendo a sua vida, está no seu direito de fazer o que gosta! Desde que a saúde esteja bem, então está tudo ótimo!

Voltando a falar da Catherine Deneuve, eu admiro a sua elegância! Acho lindo uma mulher bem arrumada, que tem a sua vaidade! Acho que ter uma certa vaidade inclusive é saudável, é sinal de boa autoestima, de uma boa relação consigo mesmo(a) e com o mundo! Mas que tal se eu tenho a tal “síndrome do pensamento acelerado”, de que fala Augusto Cury, e é demais para mim pensar em várias coisas que eu teria que fazer para ficar bem arrumada? Que tal se tem mais a ver com a minha personalidade se eu me tornar uma senhora idosa que assume seus cabelos grisalhos e usa jeans, camiseta e tênis? Eu tenho o direito de ser quem eu sou e você, amigo(a) leitor(a), também tem!

Então podem dizer que eu sou politicamente correta e chata, mas eu me irrito quando alguém faz brincadeiras bobas comigo ou com outra pessoa. Isto me cansa! Acho que o humor não precisa “alfinetar” as pessoas. O humor pode ser inteligente e crítico.

Este texto foi um desabafo e eu espero que o(a) leitor(a) me perdoe por isto. Eu já sofri por causa do preconceito, escutei muitas coisas desagradáveis e acho que está mais do que na hora de algumas (ou muitas!) pessoas se manifestarem contra a ignorância, a favor de mais tolerância e respeito!

Admito que eu também tenho os meus preconceitos. Há algum tempo eu viajei para Fernando de Noronha e algumas mulheres que iríam mergulhar conosco estavam usando brincos bem grandes. Uma delas, além dos brincos grandes, estava usando óculos e sandálias douradas, uma saída de banho rendada, chapéu de abas largas… Eu não resisti e comentei com o meu marido, tirei um sarrinho. Ok, foi a minha maneira de reagir às demandas da sociedade, pois existem casos em que a vaidade torna-se um pouco “demais”. Mas aquelas mulheres também têm o direito de se arrumarem como bem entenderem! Admito que a minha atitude não foi a mais adequada.

Só para finalizar, espero que um dia o pensamento crítico, o bom senso, a tolerância e o respeito tomem conta da nossa sociedade. Assim teremos mais paz, teremos conquistado o direito de cada um ser simplesmente do jeito que é. Muita paz para todos nós! A "paz do eu" para mim e para você, como diría o Dr. Hew Len*.

* Mestre de Hooponopono, costume ancestral havaiano e que foi adaptado para os dias atuais por Morna Simeona.
 
 
 


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Patricia M. Barros   
Sou jornalista e advogada. Atualmente sou funcionária pública e estudante de psicologia e psicanálise. Sempre me interessei por questões que envolvem comportamento e o desenvolvimento pessoal. Espero contribuir um pouco para o bem-estar e felicidade de algumas pessoas!
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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