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Solidão acompanhada

Atualizado dia 07/02/2008 15:46:30 em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Hoje vou falar de algo que assusta muito as pessoas: a solidão. Para falar a verdade não entendo muito bem porque tanto receio em olhar de perto a solidão se todos somos solitários desde o nascimento...
Nascemos solitários e continuamos trilhando sozinhos o caminho da vida. Claro que cruzamos com pessoas, desfrutamos do convívio familiar, constituímos relacionamentos duradouros e também passamos por experiências efêmeras que duram pouco tempo e trazem frustração, mas sempre somos apenas nós e nossos pensamentos. E é da forma de pensar, de nossa visão da realidade que vem a verdadeira vivência da solidão.

Evelin apareceu para participar de um dos meus grupos. Já experiente nessa área alternativa, havia passado por outros cursos e feito workshops com profissionais conceituados. E, como me disse, já aprendera bastante sobre a vida e se mantinha aberta para continuar aprendendo, porém o seu grande problema era a solidão.

“Como tratar a solidão?”

“O sentimento de solidão é doloroso. Hoje tenho um bom trabalho, sei que posso crescer e tenho me dedicado para isso; também tenho um namorado, mas ele não me preenche”, disse ela abrindo o coração num exercício em grupo onde trabalhávamos a consciência amorosa e o conceito acolhimento.

Naquele dia, em sintonia com os ensinamentos da Fraternidade Branca, e dos Mestres Ascensionados, ensinava para meus alunos a importância de cada um se acolher, de cada um ouvir seus pensamentos com carinho e não apenas dar ordens pesadas para si mesmo. Expliquei que alguns carregam um padrasto interior que dita ordens, não aceita erros e cobra o tempo todo atitudes perfeitas, tudo isso sem intimidade, sem cuidado amoroso, sem luz. Nesse dia, muitas pessoas choraram na vivência porque se identificaram com este perfil, sentiam-se exatamente como Evelin, sozinhas, desprotegidas, sem apoio.

Neste grupo, trabalhei a Chama Rosa do Amor e a Chama Rubi Dourada da Compaixão trazendo a consciência da importância da auto-aceitação, de abrir o coração para si mesmo e deixar de se cobrar.
Evelin quis, então, marcar uma sessão individual e foi aí que soube da sua história. Descobri que ela havia se casado jovem, depois se separou, porém sempre desejou ter um companheiro com quem sentisse identificação, mas seu coração magoado já não se entregava mais. Ela disse ter medo da entrega, de errar novamente, sofrer.
Conversamos sobre amor, sobre entrega, sobre deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Expliquei para minha cliente que não podemos segurar o fluxo da vida e que de nada adianta ficar na superfície dos relacionamentos porque se queremos de fato ter alguém, precisamos nos dispor a passar por decepções; não há como evitar. Até conhecer alguém que verdadeiramente valha a pena, muitas vezes o tempo tem que passar, as águas têm que rolar...

A sessão de vidas passadas mostrou experiências que ela também vivera na superfície. Não apareceu a vida que gerou aquela postura resistente porque Evelin não estava aberta para assumir seus erros. Como a maioria das pessoas, ela queria a cura, mas evitava passar pelo processo de resgatar suas falhas.
Já no final do nosso encontro, conversamos sobre o que significa realmente a solidão e o contrário deste sentimento que é quando nos sentimos preenchidos por amor, segurança e carinho.
Acho que Evelin já neste momento se sentia mais segura e aceita, porque compreendeu que esses sentimentos tinham que vir dela mesma e não de um companheiro.

Penso que ter alguém para compartilhar é maravilhoso. Contar com o apoio de uma pessoa próxima é algo que não tem preço, mas como dizem os Mestres, temos que ouvir a voz do coração e dar força e amor a nós mesmos antes de esperar algo dos outros. Porque senão corremos o risco de nos jogar no abismo emocional cada vez que enfrentamos uma decepção.
A força, o amor vem de nós mesmos, da auto-aceitação, do desenvolvimento do amor-próprio.

Maria Silvia é terapeuta e escritora.
Se você deseja ter contato com Maria Silvia e saber mais sobre seus cursos, grupos e atendimentos venha conhecer o Grupo de Meditação Dinâmica que ela coordena, no Espaço Alpha Lux no bairro das Perdizes, em São Paulo.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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