Soneto Para a Alma
Autor Marcio Godinho
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/28/2005 7:36:19 PM
Olhando para o Céu
Notei um “pingo” brilhar
Estava lá, estava ao léu
Solitário a pensar.
Que vida era aquela?
Se não podia dali sair?!
Queria ter sua tutela
Simplesmente, ir e vir.
Deus lhe ouvia o anseio
E num instante concedeu
Fez do pingo grande esteio
E um novo dia amanheceu!
Tão curioso foi o fato
Enquanto ia caminhando
Temia o pingo, novato
Ver seu brilho apagando.
Revoltado, xingou Deus
Porque a tarde vinha vindo.
Cuida mais dos filhos teus
Pois me encontro sucumbindo.
É que o brilho da aurora
Deu espaço para a tarde
Noite chega, e agora?
Grita o pingo em alarde.
Que farei sem o meu brilho?
Já não há o que fazer
Num instante, num rastilho
Vou-me desaparecer!
Noite chega, foi-se a luz
A escuridão me assusta
Quem diria, eu não supus
Que minha escolha fosse injusta.
Se um dia ousei sonhar
Em ser livre, reconheço
Mal podia imaginar
Liberdade tem seu preço!
Por que Deus criou a noite?
Se no escuro nada somos
É um castigo pior que açoite
Pois o dia, um dia fomos.
Tinha a crença de ser visto
Lá no Céu em dia claro
Noto agora o imprevisto
De sofrer sem ter amparo.
Deus ouvindo tudo aquilo
Ponderou de forma amável
Espera atento e tranqüilo
Meu amigo inconsolável.
Fiz o dia para veres
Que outro pingo te ilumina
Não só a ti, mas outros seres
Luz é vida: é tua sina!
Mas a noite que te assusta
Não devia te espantar
Veja o brilho ao teu redor
Que estás a irradiar.
São os anjos que te cuidam
E tu és anjo também
Pois de dia te iluminam
E à noite... ...iluminas alguém!
Poema espiritual ditado pelo espírito J.T.
Do livro "Conexão com a Alma", Márcio Godinho, Holus Editora
www.holuseditora.com.br
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 10
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