Suavize a impaciência
Autor Bernardino Nilton Nascimento
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 17/01/2009 15:23:37
Temos que ter em mente que não podemos nos cansar em vão. Isso não nos trará nenhuma vantagem. Não tem sentido ficarmos procurando pequenos problemas que acabam sendo transformados em grandes e sem saída, nos fazendo criar um estado de impaciência excessiva, que é demonstrado, todos os dias, nas ruas, no trabalho, na família.
Aqueles que mantêm os mais serenos pensamentos são os que atingem seus objetivos primeiro e em paz. O melhor, é saber dominar-se e não se impacientar. Intuitivamente, aprenda a manter o corpo livre de todo cansaço, permitindo, assim, ao espírito, completa ação para poderem atuar juntos. Pessoa e espírito caminham lado a lado e que, vivendo para o outro, poderá imediatamente mudar seus projetos e sonhos, que serão aproveitados no seu meio e nos seus negócios, fazendo-lhe surgir novos interesses e aumentando seus ganhos em todos os sentidos.
Os poderes espirituais podem ser empregados para fins que nenhuma outra força possa servir, porque a lei espiritual age da mesma forma, tanto em favor das mais baixas paixões, como para os fins mais elevados e com os mais nobres sentimentos do amor. Quando, porém, nos servimos dessa força com um intuito nobre e para o bem, servindo-nos dela com inteligência, alcançaremos sempre mais poder, uma concepção mais delicada da criatividade mais elevada.
O bom êxito de nossos esforços em todas as fases da nossa existência vem, precisamente, do exercício desse poder, que é o guia infalível do espírito. Se alguma vez nos extraviarmos ou perdermos o verdadeiro caminho, tornaremos a achá-lo mais cedo do que se acredita. Se caminharmos devagar e com cuidado, mantendo a concentração no objetivo, teremos grande ajuda das forças do Universo. De nada vai valer ficar caminhando distraidamente de um lado para outro, cansando a mente. Em todo caso, se a mente está acostumada a certo grau de indiferença e põe em ação certo poder, um sentido desconhecido e invisível que nos afasta vem nos achar para nos colocar no caminho certo.
Guie-se pelo espírito, e isso se aplica a todos os graus de espiritualidade, pois esse guia pode ser, por consequência, conforme o espírito a quem serve, nobre ou ruim, generoso ou cruel, amável ou rude. Algumas vezes achamos dentro de nós mesmos, sem sabermos como nem o porquê, contentamentos íntimos que nos tornam apto ao mais belo amor, permitindo-nos dar um bom e agradável passeio. É por que, nesse momento, nenhum desejo impossível nos atormenta, nem aspiração alguma desperta em nós a menor inquietação que seja. Estamos, pois, em paz com nosso coração. Esquecemos nossos inimigos, arremessamos para longe do nosso espírito todas as angustias e temores. Nessa boa disposição, parecem-nos mais formosos e alegres os campos, mais límpido e sereno o céu, mais amáveis todas as pessoas com quem cruzamos em nosso caminho.
Observamos na natureza e nas pessoas novos aspectos e particularidades que noutras ocasiões nos tinham passado despercebidos, por não sabermos vê-las. Nossa mente, repousada e tranquila, acha-se, assim, em condições de receber as mais agradáveis e mais vivificantes impressões, almejando, nesses felizes momentos, que semelhante disposição do nosso espírito dure para sempre, coisa certamente possível, pois que tal disposição é apenas o resultado da sua meditação junto com seu espírito. O nosso espírito está, então, profundamente imerso em um estado de repouso, auxiliando-nos com suas forças, unicamente a controlar nossos pensamentos e mover nosso corpo. Nessa situação, o espírito concentra-se em absorver elementos espirituais, e é o mesmo que adquirir sempre um eterno poder atrativo. Se, porém, no momento em que o nosso espírito se acha em tão feliz disposição, vem qualquer desgosto afligir-nos, ou uma contrariedade impacientar-nos, esse poder de absorção espiritual é imediatamente destruído.
O sossego e a tranquilidade da mente são os meios mais seguros de burlar as melhores condições para estudar, aprender e adquirir, portando, novas energias. Podemos disciplinar esse sossego e essa serenidade da mente de forma a que nos acompanhem em qualquer emergência. É essa a condição mental mais própria para aprender, trabalhar com proveito e gozar a vida. Essas coisas podem ser compreendidas ou ser expressas por uma só palavra: alegria! Sem alegria, nada pode nos satisfazer. Cultivando-a constante e carinhosamente, procurando viver sempre em harmonia, tudo nos parecerá mais suave. A sua benéfica energia e a sua grande paciência vai levá-lo até seus objetivos, seus sonhos, e lhe prestar grandes serviços, com alegria.
BNN
Texto revisado
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