Teses, teorias, profecias e fantasias
Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 21/11/2011 22:51:54
Na década de setenta, dizia uma letra cantada pelo Belchior, chamada "Alucinação": Eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia ou em algo mais. E mais adiante, uma mensagem dava sentido à letra: Amar e mudar as coisas me interessa mais...
Vivemos a época das teses, teorias e previsões catastróficas, onde a fantasia ocupa um lugar de destaque na sociedade. A "nóia" do momento é a onda gigantesca que arrasaria as cidades litorâneas dando início ao fim do mundo tão aguardado por seguidores de profecias surgidas há vários séculos.
Segundo os entendidos, esse caótico acontecimento que marcaria o fim de uma civilização no planeta Terra, estaria agendado para dezembro de 2012. A partir de então, surgiria de um reduzido número de sobreviventes, uma nova civilização mais pura moral e espiritualmente, que seria responsavel pela alteração vibratória do mundo em que vivemos.
Por outro lado, algumas teses afirmam que os extraterrestres já estão entre nós, influenciando-nos de uma certa maneira e constituindo-se, a médio ou longo prazo, uma ameaça para os terráqueos.
Outras informam que a ameaça invisível dos ETS já ocorre e que a dominação do planeta e de sua população é uma questão de tempo, ou seja, essas teses pregam a superioridade dos extraterrestres pela estratégia da sutileza ou pela força bruta de uma tecnologia que não conhecemos.
No entanto, se formos analisar as previsões catastróficas ou as intenções alienígenas pelo prisma da razão que segue uma linha natural de raciocínio, verificaremos que, a curtíssimo prazo, não existem sinais ou evidências de que a população da Terra sucumba pela ação de um cataclisma ou pela ameaça de seres inteligentes e estratéticamente mal intencionados vindos de outras galáxias.
O Espiritismo, que já tem mais de um século de conhecimento e experiência prática a serviço da interdimensionalidade humana, informa que um espírito inteligente não pode apossar-se de um corpo físico reencarnado, ou seja, em um corpo físico não cabem dois espíritos inteligentes.
A única possibilidade de "posse", segundo os espíritas, seria através de processo obsessivo-espiritual, que começa na fascinação, passa pela dominação e atinge o seu grau mais elevado: a subjugação, quando o obsediado é praticamente comandado pela entidade obsessora.
Quanto a possibilidade de sermos descendentes de extraterrestres, existe um livro espírita, chamado "Os exilados de Capela", que confirma ter ocorrido a reencarnação de espíritos de Capela (um planeta) em corpos físicos dos primeiros habitantes (humanos) da Terra. Esse reencarne coletivo, inclusive, teria sido fundamental para a descoberta das primeiras técnicas rudimentares baseadas no conhecimento pré-adquirido dos espíritos reencarnantes.
No caso de nossa "complicada relação" com os alienígenas, contribui o fato de ainda estarmos sob efeito de traumas psíquicos do passado, quando fomos agentes ou vítimas de invasões bélicas que deixaram profundas cicatrizes na alma das pessoas. Por este inconsciente motivo, sentimos o mesmo diante da possibilidade de nos relacionarmos com seres de outros planetas. A cultura da guerra -internalizada- provoca-nos o medo da invasão e dominação de uma cultura desconhecida.
Contudo, o conhecimento espírita nos informa -e a prática espírita confirma- que a lei da afinidade pela sintonia, que é universal, impossibilita que civilizações moral e tecnológicamente mais adiantadas que a nossa, alimentem intenções estratégicas de invasão da Terra a curto, médio ou longo prazo.
É, sem dúvida, uma constatação científica de que um dia o nosso planeta irá "morrer". Mas, por enquanto, não há indícios de que o fim dos tempos, ou mesmo um cataclisma ocorra a curto ou médio prazo. Pelo contrário, o Espiritismo vem informando há bastante tempo, que o que está ocorrendo nesse início de terceiro milênio é uma fase de transição energética do planeta Terra, isto é, uma época de depuração espiritual, em que o nosso mundo, gradualmente, passa de "provas e expiações" para um mundo de "regeneração espiritual".
Informa-nos também o espiritismo, que a partir da consolidação desta nova fase, o homem estará preparado para contatar com civilizações extraterrestres mais evoluídas ou no mesmo nível de evolução consciencial que a sua civilização espiritualmente regenerada.
No âmbito universal tudo é uma questão de sintonia-afinidade, que por sua vez, encontra-se associado aos processos íntimos de apego-desapego e conservação-libertação de atávicos medos que tantos males causam ao indivíduo dotado de inteligência e livre arbítrio.
Nesse sentido, como canta Belchior em sua mensagem, amar e mudar as coisas talvez seja mais importante para a humanidade do que a fixação em teses, teorias, profecias ou fantasias sobre o fim do mundo.
Avaliação: 5 | Votos: 8
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
