Transformar o amargo em doce!
Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 08/12/2013 09:25:37
Dizemos sempre que a vida é uma escola. Também acredito nisso. E estou percebendo como somos “alunos rebeldes”. Como resistimos e demoramos a aprender as lições que nos são passadas.
A quantidade de pessoas insatisfeitas com a vida que estão levando é impressionante. É assustador pensar que tantas e tantas pessoas estão vivendo o que não querem, o que não escolheram para si mesmas.
E nesse ponto da análise, chega-se a uma triste conclusão: As pessoas estão infelizes não pela escolha do que não querem, mas pelo avaliarem-se com parâmetros que não são os seus. Existem sim aquelas que estão para mudar seus rumos, mas a grande maioria apenas não reconhece a importância de sua vida e de suas escolhas, passando assim a sentirem-se diminuídas e então, infelizes.
Um exemplo simples. Há um tempo atrás atendi uma pessoa que se sentia muito mal, pois sua casa era, segundo ela, um lixo. Havia alugado aqueles “três cômodos”, como a chamava e colocado suas coisas ali. Passou a apenas entrar e sair dela, ou seja, nada fez para arrumar o espaço que havia podido alugar. Em uma sessão, trouxe-me umas revistas de decoração e me mostrava como gostaria de ter sua casa. Eram revistas compradas por ela mesma. Revistas caras, que sugavam seu orçamento. Quando conseguiu perceber que, com aquele dinheiro poderia comprar tinta, um ou outro objeto de decoração, que poderia ela mesma arrumar seus móveis, começou a trabalhar intensamente em sua casa e em menos de três meses vivia em uma “casinha de boneca”, expressão usada para referirmo-nos à ambientes gostosos, bonitos e aconchegantes.
Dar valor a si mesmo e as coisas que possui. Essa é a fórmula. Você já precisou entrar naquela oficina mecânica cujo barracão era “acanhadinho”, pequeno, do tipo “boca de porco”, mas que ao ser atendido sentiu-se um rei ou rainha? Que ao olhar o capô de seu carro não só não tinha uma marca de mãos com graxa, mas que estava mais limpo do que quando entrou? Em quantas grandes oficinas, ao sair com o carro, para se tirar as marcas de graxa, em alguns casos foi preciso até um polimento da pintura? Não adianta se ter um grande e farto aparato e não se ter amor pelo que se faz.
Quer iniciar uma vida de felicidade? Comece por fazer as mesmas coisas que faz, mas com amor e carinho. Aceite o que você tem e dedique-se. Verá que rapidamente ocorrerá uma transformação. O que era muito chato passa a ter certo encanto. O que era muito difícil, passa a ser melhor compreendido e mais fácil, mais gostoso até. O tempo que demorava tanto a passar agora se torna mais curto, quando se olha já terminou o dia.
Poderíamos chamar esse artigo de “Fazer com amor”. É exatamente isso. Não importa o que seja, inicie com vontade. É como arrumar um grande e sujo depósito. No início é só poeira e entraves, mas aos poucos vão se arrumando espaços, ficando limpo e mais claro, até que vira um grande salão e plenamente arrumado, gostoso de entrar e ficar. Faça isso também com você. Em vez de se recriminar e ficar se comparando com os outros, que possuem condições totalmente diferentes das suas, organize-se internamente. Muitas das coisas que esta fazendo ou vivendo serão temporárias se você agir assim, caso contrário, poderão se tornar definitivas, pois não é renegando que se consegue mudar, mas sim fazendo bem o que precisa ser feito.
Passa-me um outro e comum exemplo. Vendedores que de repente tornaram-se gerentes das lojas em que trabalham. Quem não conhece um caso assim? Atenciosos, prestativos, diferentemente de seus colegas, que ficavam pelos cantos, fugindo dos clientes, não mediam esforços em mostrarem seus produtos até encontrar algo que agradasse o cliente. Hoje desfrutam de uma posição de destaque, que lhes propiciam maior conforto e bem estar. É natural que os “acomodadinhos” se refiram a estes como “os puxa-sacos”, pois não podem assumir que a promoção foi um ato de reconhecimento.
Quando aceitamos o que somos e o que temos, descobrimos que possuímos muito mais recursos do que imaginávamos.
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