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TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

Atualizado dia 7/27/2006 4:12:41 PM em Autoconhecimento
por João Carvalho Neto


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Mais do que muitos possam imaginar, o transtorno obsessivo compulsivo tem sido diagnosticado em uma parcela cada vez maior da população, estimando-se aproximadamente 4% de portadores, sem levar em conta uma parcela também considerável daqueles que não suspeitam que suas manias podem já ter se tornado patológicas, enquadrando-se na classificação do chamado TOC. As compulsões mais comuns que aparecem como sintomas do TOC são os rituais de limpeza ou desinfecção, de checagem ou verificação, de contagem, de organização ou simetria, de colecionamento, de repetição e de atos mentais.

Na maioria das vezes um comportamento compulsivo é antecedido por pensamentos obsessivos, podendo ambos se manter os mesmos ou diversificar ao longo do tempo. A gravidade desses sintomas pode chegar a um grau tão intenso que existem relatos de pessoas que passam 10 horas se banhando, ou que acreditam que se pararem com seus rituais seus parentes poderão morrer, ou ainda que ficam paralisadas diante de uma porta por temerem ser infectadas ao tocar na maçaneta.

Na verdade, todos, de alguma forma, temos lá nossos hábitos e manias que, a princípio, não serão caracterizados como uma doença. Isso acontece quando o comportamento repetitivo passa a causar transtornos na vida da pessoa, dificultando ou impedindo relacionamentos sociais, atividades profissionais e um estado de bem estar. Uma mãe, por exemplo, pode entre o oitavo mês de gravidez e o segundo do bebê nascido preocupar-se com ele durante todo o dia, até ficar mesmo pensando se ele está vivo ou não. Isso é comum entre mães jovens. Mas se esse comportamento não diminui com o passar dos meses, a preocupação natural pode estar se tornando um transtorno obsessivo compulsivo.

Entre as idéias obsessivas mais comuns, que costumam anteceder os comportamentos compulsivos, temos a obsessão de agressão (achar que vai ferir ou matar alguém), a obsessão de contaminação, a obsessão de conteúdo sexual, a obsessão de armazenamento e poupança, a obsessão de caráter religioso (pensamentos recorrentes de pecado, certo-errado), a obsessão de simetria (posicionamento exato e alinhado de objetos), a obsessão somática (preocupação excessiva com doenças), a obsessão ligada a dúvidas (de não ter certeza de que fez algo certo). Existem pessoas que deixam de comer alimentos que necessitam usar facas porque acham que, de posse de uma, irão ferir alguém.

Do ponto de vista acadêmico, as causas possíveis do TOC podem estar ligadas a fatores hereditários, fisiológicos, educacionais e psicológicos, mas também a fatores espirituais que envolvem conteúdos transpessoais, ligados a vidas passadas e a influências de individualidades no período inter-vidas. Contudo, em todo transtorno mental, mesmo que originado de fatores exógenos, é na própria mente que se encontra a predisposição de aceitar o quadro patológico. No caso do transtorno obsessivo compulsivo, existe uma ação hipertrofiada do superego, a instância censora da mente, que, em se estabelecendo com bases excessivamente rígidas, torna o auto-juízo demasiadamente rigoroso, trazendo um sentimento de culpa permanente por algo errado que se pensa poder fazer. Com isso, estabelece-se um pensamento obsessivo ligado ao perigo do erro iminente, gerando o comportamento compulsivo que possa trazer um alívio da ansiedade, na medida em que o psiquismo tenta fazer certo aquilo que pensa poder fazer errado, por isso repete. Na verdade, existe um medo obsessivo do erro, firmado na culpa. Quanto mais se verifica que o possível erro não aconteceu, através do comportamento compulsivo, sente-se um alívio da cobrança do superego. Claro que este alívio se baseia em uma satisfação secundária, não sendo real mas apenas minimizando os sintomas dolorosos. Somente a cura poderá fazer retornar o estado de saúde e bem estar.

Dessa forma, para tratarmos de pessoas portadoras de TOC, dada a gravidade da situação, é preciso recorrer inicialmente a um médico psiquiatra que possa verificar a necessidade do uso de medicamentos apropriados ao caso. Depois, as psicoterapias vão trazer a possibilidade de reverter os conteúdos mentais facilitadores da invasão dos pensamentos obsessivos e dos comportamentos compulsivos. Os recursos das terapias complementares, ligadas aos fatores energéticos, bem como das terapias espirituais, também serão importantes na erradicação do problema.

João Carvalho Neto
Psicanalista, autor do livro “Psicanálise da alma”
www.joaocarvalho.com.br

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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