TRANSTORNOS ALIMENTARES
Atualizado dia 9/5/2006 11:01:49 AM em Autoconhecimentopor Rita Maria Brudniewski Granato
A cada ano milhões de pessoas desenvolvem graves transtornos do comportamento alimentar, que às vezes podem pôr a vida delas em risco.
As mulheres jovens e adolescentes em busca de uma silhueta “ideal” se submetem a regimes rigorosos e estes desempenham um papel fundamental no desencadeamento destes transtornos.
Cerca de 1% das adolescentes desenvolve anorexia nervosa, uma doença perigosa que pode literalmente levar à morte por desnutrição. Outros 2 a 3% de mulheres jovens desenvolvem bulimia nervosa, um padrão destrutivo de ingestão excessiva de alimentos, seguida de vômitos auto-induzidos ou outro comportamentos “desintoxicantes para controlar o peso.
Esses transtornos podem ocorrer também em homens e mulheres de meia idade, mas com menor freqüência(dados do Instituto Nacional de Saúde Mental dos USA)
As conseqüências destes transtornos é grave, pois um, entre dez casos, chega à morte por desnutrição, parada cardíaca ou suicídio.
Muitas pessoas com estes transtornos recusam-se a admitir que tenham um distúrbio e não procuram tratamento. Com a conscientização sobre os riscos destes transtornos, familiares e amigos podem ajudá-las a reconhecer o distúrbio e encorajá-las a procurar tratamento.
Os sintomas dos transtornos alimentares são:
a)ANOREXIA NERVOSA: pessoas que passam fome intencionalmente. Este distúrbio se inicia, geralmente, na puberdade, produzindo extrema perda de peso. Apesar dessas pessoas estarem, extremamente magras , elas tem por convicção de que estão com excesso de peso., um dos aspectos mais preocupantes deste transtorno .Alimentação e peso tornam-se obsessões. Essa compulsão pode aparecer através de estranhos rituais alimentares ou da recusa em comer na presença de outros.
Como conseqüência deste distúrbio alimentar pode ocorrer a interrupção dos ciclos menstruais normais ,e nos homens a impotência.
Muitas vezes estas pessoas precisam ser hospitalizadas para evitar a inanição.
b)BULIMIA NERVOSA: pessoas que ingerem grandes quantidades de alimentos(episódios bulímicos) e depois eliminam o excesso de calorias através de jejuns prolongados, vômitos auto-induzidos, uso de laxantes, diuréticos ou enemas e/ou a prática obsessiva de exercícios físicos. Algumas pessoas utilizam uma combinação de todas essas formas de “desintoxicação”. Devido ao “comer compulsivo seguido de eliminação” em segredo e ao fato de se manterem com peso normal, essas pessoas com bulimia conseguem muitas vezes esconder seu problema das outras por muitos anos.
Com o passar dos anos, metade das pessoas com anorexia desenvolvem bulimia. Muitas pessoas com vergonha de seus hábitos anormais só procuram ajuda após os 30 ou 40 anos, com um comportamento alimentar já profundamente arraigado e muito mais difícil de ser alterado. Na novela "Páginas da Vida" a personagem Gisele, desenvolveu este transtorno.
c)TRANSTORNO DO “COMER COMPULSIVO”: pessoas com este transtorno sentem que perdem o controle quando comem, ingerindo grande quantidade de alimentos e não conseguem parar enquanto não sentem o desconforto de estar ”empanturradas“. Elas têm maior dificuldade de perder peso ou mesmo mantê-lo, tornando-se obesas, com uma história de variação de peso. Pesquisas demonstram que ocorre cerca de 30% das pessoas que fazem regimes alimentares com supervisão médica.
Os transtornos alimentares são tratados com maior êxito quando diagnosticados precocemente. Mas, infelizmente, mesmo quando têm o distúrbio constatado por familiares ou diagnosticado por um médico, os pacientes podem negar que tenham um problema. Assim, pessoas com anorexia podem não receber tratamento médico e psicológico até que tenham se tornado perigosamente magras e desnutridas. Pessoas com bulimia freqüentemente têm peso normal e são capazes de esconder sua doença dos outros durante muito tempo. Conseqüentemente, é muito difícil que pessoas com estes transtornos façam e mantenham um tratamento.
Vejo a necessidade de enfatizar a importância do tratamento e deve ser o quanto mais precoce possível. Quanto mais persistir o comportamento anormal de se alimentar, mais difícil será superar o distúrbio e seus efeitos no organismo.
A fim de ajudar as pessoas com transtornos alimentares a lidar com sua doença e com as questões emocionais subjacentes, em geral é necessária alguma forma de psicoterapia.
Psicoterapia individual, terapia familiar, terapia de grupo são indicadas para que o paciente entenda e enfrente a doença, modificando pensamentos distorcidos e rígidos e comportamentos anormais que são associados aos transtornos alimentares.
Estudos realizados têm avaliado a eficácia de se associar psicoterapia a medicamentos.
Para se tratar estes transtornos é necessário o esforço de uma equipe multidisciplinar, da área da saúde: Médico Clínico, Nutricionista, Psiquiatra e Psicólogo, etc.
Escrevi este artigo pois o tratamento pode salvar a vida de uma pessoa com esse transtorno. Amigos, parentes, professores e profissionais da área de saúde desempenham um papel importante em ajudar a pessoa doente a iniciar e manter um programa de tratamento. Incentivo, cuidado e persistência, assim como informação podem ser necessários para convencer o doente a pedir ajuda e a se manter fiel ao tratamento.
Dra.Rita Maria Brudniewski Granato
Psicóloga Clínica
Tel: 0xx 21 33250301
Texto revisado por Cris
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Conteúdo desenvolvido por: Rita Maria Brudniewski Granato Sua metodologia atual de trabalho combina diversas áreas da Psicologia tradicional e moderna, com resultados altamente eficazes comprovados pela recuperação de centenas de pacientes ao longo dos seus mais de 30 anos de profissão Especializou-se em atendimento a adultos, adolescentes, crianças, casais e família. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
