Trazendo mais consciência e equilíbrio para as empresas - Pensando fora do quadrado
Autor Cláudia Cruz
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 18/10/2016 15:23:04
Do ponto de vista sistêmico, uma empresa, é um sistema vivo, complexo, composto por elementos em constante movimento, na busca por desenvolvimento, equilíbrio e ordem
Este sistema organizacional é composto tanto de pessoas (como colaboradores e clientes) quanto de elementos abstratos (como a Missão, produtos e serviços, estruturas, estratégias, cultura, processos). Estes elementos tanto afetam o sistema quanto são afetados por ele. Além disso, como acontece com qualquer sistema vivo, as empresas estão sempre se modificando e também interagem com o que está fora de suas fronteiras. A dinâmica de todas estas interações é que vai definir os resultados a serem alcançados por este sistema organizacional, sejam eles os desejados ou não.É importante ressaltar que qualquer grupo ou organização desenvolve padrões, às vezes invisíveis, que movem seus comportamentos, definem o seu foco de atenção e afetam sua habilidade de atingir os resultados desejados. Estes padrões atuam como forças inconscientes na interação dos elementos e buscam sempre o equilíbrio e a sobrevivência do sistema como um todo. Já o efeito delas é visível através de sintomas que podem ser saudáveis ou não. Percebemos, por exemplo, pessoas, áreas e até empresas “vivas e cheias de energia”, assim como “sem harmonia e com dificuldade de atingir os resultados esperados”.
A visão sistêmica permite ao gestor identificar estas dinâmicas e assim poder atuar sobre elas, de forma a encontrar opções de ação que darão sustentabilidade à solução de problemas e a ciclos de crescimento e prosperidade, ou seja, a visão sistêmica dá subsídios para a construção de novos cenários e resultados.
Todos nós temos um conjunto de “verdades” herdadas de família, cidade, país, raça, religiões etc. Quando começamos a atuar em uma empresa, levamos conosco todo este repertório e começamos a interagir com o repertório dos outros e também com o “DNA” da empresa (tudo o que a empresa já aprendeu e desenvolveu como soluções baseadas nas contribuições de cada um e das experiências vividas pelo sistema). Desta forma, afetamos, somos afetados e desenvolvemos padrões válidos nesse novo ambiente.
A complexidade das forças que atuam num ambiente organizacional é ainda ampliada em determinadas composições, como por exemplo: uma multinacional onde interagem elementos com culturas e valores completamente diferentes e que podem ser até opostos: uma empresa com unidades em países que já foram inimigos em algum momento da história; a empresa familiar, em que o desafio é equilibrar as forças dos dois sistemas – atender as necessidades da família (sistema familiar) ou atender as necessidades da empresa (sistema organizacional); empresas derivadas de fusões e aquisições, entre outras. Quanto maior esta complexidade, maior o ganho que a visão sistêmica pode trazer.
Além disso tudo, podemos considerar outros fatores que podem ser geradores de conflito e desequilíbrio organizacional, como processos de sucessão, contratações, fusões/aquisições, promoções, demissões, crises financeiras, mudanças no entorno (inclusão ou retirada de leis e políticas governamentais, novos concorrentes).
Isso se agrava ao percebermos a velocidade atual das mudanças que afetam diretamente a vida, a sobrevivência e o desenvolvimento das empresas. Globalização, evolução tecnológica, padrões cada vez mais altos de qualidade e certificações, crises econômicas, elevação dos encargos fiscais, cuidados com os recursos naturais e responsabilidade social são algumas das variáveis que afetam o sistema organizacional hoje. Cabendo ao gestor lidar com todos estes fatores e ainda satisfazer aos interesses do conjunto de stakeholders, com maior rentabilidade para acionistas, melhores salários e planos de carreira para os colaboradores, menor preço do produto e ainda uma alta qualidade exigida pelo cliente.
Sintomas como conflitos, falta de produtividade, alto turnover, vagas que nunca são ocupadas, doenças recorrentes de membros de uma equipe, sempre trazem à luz algo sobre o sistema que não está sento visto ou cuidado. Eles têm uma função sinalizadora e podemos até dizer que fazem parte da solução que o sistema busca para sua sobrevivência como um todo, mesmo causando desconforto para alguma de suas partes.
No caso de um sistema organizacional, a forma como se mantém e se recria depende do nível de consciência tanto coletivo quanto individual. Se o nível de consciência é baixo, a ação tende a ser mais instintiva e há tendência a repetir padrões. O aprendizado é reativo, o pensar é governado por modelos mentais estabelecidos, e o fazer, por hábitos preexistentes. Por outro lado, níveis mais profundos de aprendizado geram maior consciência do todo, gerando ações aptas a beneficiar cada vez mais o todo que emerge.
A abordagem sistêmica, além de ser útil nos casos em que várias opções de solução conhecidas foram utilizadas sem sucesso, traz informações que serão subsídios para construção de soluções inéditas. A visão sistêmica permite ampliar nosso olhar para além do nosso próprio referencial e do que é visível e a partir do momento em que existe esta consciência, novas opções surgem. São diversos os benefícios da abordagem sistêmica, como equipes mais alinhadas; melhor ambiente de trabalho; foco em soluções ao invés de problemas; equipes mais produtivas e motivadas; fortalecimento das lideranças etc.
E você, como líder, tem agora à sua disposição uma visão abrangente, a VISÃO SISTÊMICA. Seja nosso convidado a usufruir dela e de suas SOLUÇÕES SISTÊMICAS!
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Atuo como coach, consteladora e terapeuta sistêmica, treinadora e palestrante de Coaching, Constelações Familiares e Organizacionais além de Consultora organizacional em trabalho Sistêmico. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
