TRIANGULAÇÃO AMOROSA
Autor Teresa Cristina Pascotto
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/14/2010 9:47:51 PM
Muitas pessoas temem enfrentar a verdade. Sentem-se ameaçadas e perdidas diante dela, e evitam-na ao máximo. Preferem viver na ilusão, mesmo que estejam sentindo dor com isso. Porém, quando a dor começa a se intensificar, trazendo sofrimento, buscam desesperadamente, uma forma de amenizá-la. Mas querem uma solução, sem que precisem mudar algo em suas vidas.
O único meio eficaz de ajudar uma pessoa a sair da dor, é mostrar-lhe a verdade. Muitas vezes, o confronto com a verdade, é doloroso no primeiro momento, mas passado este impacto inicial, sempre somos tomados por um estado de alívio.
Vou relatar o caso de uma cliente, para elucidar esta questão.
Em sua primeira sessão, ela me disse que queria se libertar de uma determinada situação, e que já havia feito de tudo para isso, tanto em processos de terapia, quanto em processos "espirituais", conforme se referiu. Logo percebi, que ela não havia feito aquilo que iria realmente libertá-la: não tinha procurado encontrar a verdade sobre o motivo pelo qual não conseguia se desvencilhar daquele contexto.
Ela foi casada por 6 anos, há muitos anos atrás. Separou-se. Depois disso, tentou um novo relacionamento, mas este durou somente 2 anos. Desde então, nunca mais quis ter um relacionamento estável.
Nos dias atuais, vive uma relação, há 3 anos, dentro de uma triangulação amorosa. Tem um relacionamento com um homem casado.
Ela disse que eles se dão muito bem, mas já não suporta mais viver dessa forma, sempre se sujeitando a ficar com as sobras. Acreditava que havia alguma ligação espiritual entre eles, e que era por esse motivo que mantinha-se presa a ele. Havia feito então, vários trabalhos espirituais no sentido de se libertar, mas não conseguiu.
Eu disse a ela, que todos os processos que havia feito - terapêuticos e espirituais - haviam ajudado, claro, e liberado algumas energias e bloqueios, porém, não foram suficientes para o rompimento da relação, porque havia um motivo que estava oculto e que ela não queria encontrar essa verdade. Ela preferia continuar acreditando na sua ilusão de que estava presa a ele por algum motivo "externo" e não estava querendo encarar a realidade de suas necessidades ocultas. Com certeza, a verdade a ajudaria a romper com ele ou a aceitar o que estava vivendo. Sem luta.
Perguntei a ela: se ele se separasse hoje, e quisesse ter um relacionamento estável, você aceitaria? Ela disse: acho que não...
Comecei a relatar as verdades ocultas que captei:
Você reconhece que esse tipo de relação não é a ideal para você e, realmente, quer dar um fim a isso. Mas sinto que você não quer de verdade se separar dele, pois tem algumas vantagens com esse relacionamento.
Você disse que após sua separação, nunca mais teve um relacionamento estável. O motivo disso, é que não quer se sentir presa, limitada pelas condições inerentes a um relacionamento, conforme sua visão. Não quer viver uma condição de submissão, conforme acredita que exista num relacionamento. Você quer ser livre. Acredita que, tendo um relacionamento fixo, o homem irá tolher a sua liberdade. Deve ter vivido isso em seu casamento (Ela concordou). Como não consegue se impor, diante de um homem assim, impedindo que ele a controle e limite, prefere ficar sozinha.
Você acredita que só existem duas possibilidades: ficar sozinha ou um relacionamento com submissão.
Qual a saída que buscou? Encontrar um companheiro que já tem outra mulher. Dessa forma, ele já tem em "quem mandar" e não será "nada seu", portanto, não terá o direito de te dominar. E ainda, tem vantagens com esse relacionamento, pois sempre que precisa de um apoio, de sexo, de alguém para te ouvir ou até mesmo se precisar de dinheiro em uma emergência, ele está ali, firme com você, apesar de não ser totalmente "seu" e livre. Você acredita que tem um "homem em sua vida".
Com este tipo de relacionamento, não experimenta a solidão verdadeira e nem o peso da submissão. Mas há um preço nisso: essa angústia que está vivendo. Ele não está à sua disposição, ele não "é seu". Existem momentos em que deseja muito a companhia dele, mas não o tem.
Então, entenda e aceite, não é verdade que você não consegue, a verdade, é que você não quer romper, pois isso significa que ficará na solidão de verdade ou que terá que se submeter a um outro relacionamento em que será dominada.
Se não consegue ficar sem ele, compreenda este processo interno, e não tente mudar nada e pare de lutar contra, pelo menos por enquanto. Se assim o fizer, conseguirá tomar uma decisão e, finalmente, romperá com ele, se assim desejar. No conflito interno que está vivendo, só consegue ver três saídas para sua vida: solidão, ser dominada num relacionamento ou viver essa triangulação.
Mas existe outra saída, um meio de se relacionar de forma saudável e equilibrada, que você ainda não conhece. Para chegar a isso, primeiro deverá aguardar o momento de tomar sua decisão. Então, se optar pelo rompimento, será adequado que fique um pouco sozinha, para se redescobrir e resgatar seu poder interno.
Na posse de suas próprias forças, conseguirá conduzir um relacionamento que seja baseado no respeito mútuo, no companheirismo e na igualdade entre os dois. Não existirá mais a condição: "dominador x dominado". Mas isto será um aprendizado a ser conquistado.
Com toda a verdade, conforme lhe apontei, ela disse que estava sentindo-se chocada e até envergonhada, mas muito aliviada e sentindo-se confiante de que agora, finalmente, romperia esse relacionamento e voltaria a se amar e a se respeitar.
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Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
