TUDO DEMAIS, É VENENO!
Autor Ayrton Pereira Amorim
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/4/2008 8:45:13 AM
Quando ainda menino, costumava ouvir coisas de meu pai, meu herói-bandido, que tinha conotação de muita sabedoria, apesar da simplicidade das frases. Semi analfabeto, era um homem austero, bravo e sério em tudo que fazia. Muitas das qualidades dele eu herdei, no que diz respeito a austeridade e severidade. Sério nem muito, exceto quando se trata de cumprir com alguma tarefa que exija responsabilidade.
Dele tirei muitos ensinamentos e dei uma educação aos três filhos, com a excelente colaboração da minha companheira. Nos momentos de disciplina, eu tomava as iniciativas e nos momentos de carinho e dedicação ela era quem mandava. Assim, nossos filhos tornaram-se adultos graças a educação recebida numa época em que a psicologia começava a ser aplicada.
Antigamente, a educação era disciplinadamente administrada, com rigorosidade excessiva. Apesar, de ser suspeito em afirmar, a educação antiga foi muito mais efetiva do que a de hoje em dia. Não sei se era pela obrigação de comportamento, o caráter era construído pela disciplina corretiva e não pela persuasão das palavras.
Até hoje, o ser humano dá pouca ou nenhuma importância para palavras; haja visto os problemas que temos na apaziguamento de povos, que de origem são irmãos.
Os problemas étnicos estão cada vez mais sérios e o cerco está se fechando cada vez mais, a ponto de que de étnicos, passam a ser de família. Os grupos vão se separando, individualizando-se e logo estaremos isolados com cercas e fronteiras ao redor de nossa própria casa.
Começando pela discriminação de cor, de raça e classe social, passando a ser no futuro um desentendimento dentro da própria família. É uma lástima, porque nem religiões, nem os líderes espirituais, poderão segurar esse desentendimento generalizado.
Não me distanciando do assunto desse artigo, o que quero dizer com “tudo demais é veneno”, cuja frase era repetida diversas vezes pelo meu pai, queria dizer que: “Tudo que é em excesso, é pernicioso para o corpo e a alma.” Tanto as coisas boas, como e principalmente as más.
O amor em excesso é perigoso, podendo até matar. É o caso daquela criança que, amava tanto seu patinho, que um dia ao beijá-lo e apertá-lo contra seu peito, exagerou e matou o pobre bichinho. Caiu em depressão pela perda de seu animal de estimação, chorou muito e aquilo a marcou para o resto da vida. Esse é o caso do amor excessivo.
Coisas boas como, sexo, comida, doces etc. tudo em excesso é prejudicial e causa enfermidades e talvez até morte.
Hoje de manhã, por exemplo, ouvi no noticiário que o pessoal de Santa Catarina está pedindo que por favor não enviem mais ajuda, porque não há espaço físico para armazenar as coisas.
Exagero de Solidariedade, também causa problemas.
Aqui repito as sábias palavras de meu pai: “Tudo demais é veneno.”
Ayrton.
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