Turbulências da alma
Atualizado dia 01/06/2007 06:50:41 em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Quando conseguimos recuperar o equilíbrio e a segurança no comando do barco à deriva, adquirimos um novo olhar direcionado para esse oceano de possibilidades chamado vida. E, comandantes do próprio barco, aprendemos, entre uma turbulência e outra, a mantermos a fé em que aquele mau tempo é transitório e que amanhã ou depois voltaremos a ver a luz solar que aquece e conforta, mostrando-nos no horizonte que estamos a singrar, com segurança, o oceano da nossa verdade interior.
E assim é a vida quando assumimos, ou não, a responsabilidade sobre nós mesmos: o navio que por falta de comando sucumbe à ação das intempéries ou a nau que resiste bravamente às turbulências da natureza humana. Porque temos em nosso íntimo a capacidade inata do estoicismo, do heroísmo de reagirmos com dignidade a uma situação desesperadora ou, simplesmente, sem a luta necessária, afundarmos nas garras do derrotismo ou do conformismo absoluto.
Muitas das doenças são geradas pela sintonia do derrotismo em relação às dificuldades de sobrevivência às situações turbulentas da vida, levando o indivíduo a sucumbir nas profundas águas escuras que tornou-se o seu existir. No entanto, temos no iluminado planeta Terra, todas as condições adequadas de sobrevivência, desde as mais remotas regiões geladas do Alasca ou da Antártida, até as tórridas temperaturas das regiões tropicais. Basta verificarmos que após séculos de pesquisas e observações astronômicas, somente agora em uma distante galáxia, os cientistas acabam de localizar um planeta que reune excepcionais condições de vida semelhante à Terra.
Nascemos em uma realidade planetária que agrega extraordinárias condições de fazer a energia vital fluir em todos os reinos da natureza viva. Somente o homem, com o seu potencial intelectual diferenciado em relação às outras espécies, vêm desviando-se cada vez mais da linha de equilíbrio natural, tornando-se, dessa forma, sujeito aos riscos de suas viagens ao desconhecido de si mesmo, ao perder o controle do leme no oceano criado pelas suas próprias limitações de reagir às dificuldades impostas pelo caminho que escolheu.
A simbólica imagem do "velho capitão dos mares", experiente marinheiro de muitas tormentas e bonanzas, talvez seja a figura referencial de que precisamos para ilustrar onde poderemos chegar em relação às experiências de crescimento sentidas em nós mesmos. A vivência de quem já passou por extremas dificuldades mas que sempre reagiu a elas com estoicismo e dignidade. A experiência de quem nos momentos de desespero conseguiu manter a calma e a objetividade no comando, transmitindo confiança a todos que dele dependiam.
Em nosso atual estágio evolutivo somos impelidos a experienciar os altos e baixos representados pelas turbulências e calmarias do espírito. Essas alternâncias são importantes "ingredientes" que fazem-nos refletir a respeito de nossas experiências para que nas dificuldades possamos, com a sabedoria de "velhos lobos do mar", elaborar estratégias de reação que mostre-nos com segurança o rumo do porto seguro da paz interior.
Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |