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UM ATO DE AMOR

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Autor Claudette Grazziotin

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 6/23/2004 3:00:00 AM


Fui uma criança privilegiada e feliz. Na minha infância, tive pessoas amorosas que me contaram histórias. Também, sempre me incentivaram a contá-las e, principalmente, a criá-las, representá-las.
Cada história contada oralmente; uma lenda, um mito, uma fábula podia ser lida numa noite, cantada na outra, declamada, interpretada com todos os requintes no palco do improvisado e imponente teatro, que era no que se transformava, nossa velha cozinha com suas cadeiras onde nos empoleiravámos, a mesa , toalhas, panos, panelas, velas, baldes, colheres, vassouras. Não havia nada, nela, que não se transmutasse diante de nossas histórias.
Vivíamos todas as emoções e tensões; do medo ao destemor, da paixão ao tormento, das lágrimas às gargalhadas.
Papéis e personagens alternando-se, recriando-se. Uma noite, heróis, princesas; na outra, vilões, bruxas malvadas. Sem constrangimentos.As duas faces da mesma moeda experimentadas sem culpas, livres e leves, vivendo tudo com puro prazer. Essa era sua magia.
Por ter sentido seu inestimável valor, sua força, continuo pela vida deleitando-me em ouvir e contar histórias minhas e dos outros e tentando mostrar seu valor terapêutico. Porque uma história é um eficaz e poderoso remédio, é cura sagrada para as dores, para os males da nossa alma.
Uma história é o precioso alimento que nutre emocional e espiritualmente nosso poder criativo latente, aquela parte profunda e vital em nós, harmonizando-nos.
É, fundamentalmente, importante para a continuidade e fortalecimento de nossos laços genealógicos e culturais, preservar e passar nossas histórias pessoais e de família. Elas tem um encanto e valor singular.
Contá-las, repetí-las para as crianças e para a criança especial, eterna que habita em cada adulto, é um gesto significativo de doação e generosidade.
Mas, principalmente, contar histórias é um ato de amor.
Quem ama conta uma história.
Então, conto aqui, para vocês, uma história bonita que ouvi.
Claudette

PAGANINI

Era uma vez um grande violinista chamado Paganini. Alguns diziam que ele era muito estranho. Outros, que era sobrenatural. As notas mágicas que saiam de seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de ver seu espetáculo. Numa certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores estava preparado para recebê-lo. A orquestra entrou e foi aplaudida. O maestro foi ovacionado. Mas quando a figura de Paganini surgiu, triunfante, o público delirou. Paganini coloca seu violino no ombro e o que se assiste a seguir é indescritível. Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias parecem ter asas e voar com o toque daqueles dedos encantados. De repente, um som estranho interrompe o devaneio da platéia. Uma das cordas do violino de Paganini arrebenta. O maestro parou. A orquestra parou. O público parou. Mas Paganini não parou. Olhando para sua partitura, ele continua a tirar sons deliciosos de um violino com problemas. O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar. Mal o público se acalmou quando, de repente, um outro som perturbador derruba a atenção dos assistentes. Uma outra corda do violino de Paganini se rompe. O maestro parou de novo. A orquestra parou de novo, mas Paganini não parou. Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou tirando sons do impossível. O maestro e a orquestra, impressionados voltam a tocar. Mas o público não poderia imaginar o que iria acontecer a seguir. Todas as pessoas, pasmas, gritaram oohhh! Que ecoou pela abobadilha daquele auditório. Uma terceira corda do violino de Paganini se quebra.
O maestro pára. A orquestra pára. A respiração do público pára.
Mas Paganini não pára. Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído.
Nenhuma nota foi esquecida. O maestro empolgado se anima.
A orquestra se motiva. O público parte do silêncio para a euforia, da inércia para o delírio. Paganini atinge a glória. Seu nome corre através do
tempo. Ele não é apenas um violinista genial. É o símbolo do profissional
que continua diante do impossível.

Eu não sei o tipo de problemas que você está tendo. Mas uma coisa eu sei. Nem tudo está perdido. Ainda existe uma corda e é tocando nela que você exercerá seu talento. Tocando nela é que você irá vibrar. Aprenda a aceitar que a vida sempre lhe deixará uma última corda. Quando você estiver desanimada(o), nunca desista. Ainda existirá a corda da persistência inteligente, do "tentar mais uma vez ", do dar um passo a mais com um enfoque novo.
Desperte o Paganini que existe dentro de você e avance para vencer.
Vitória é a arte de você continuar, onde os outros resolvem parar.
Quando tudo parece ruir, dê uma chance a você mesma(o) e vá em frente. Toque na corda da motivação e tire sons de resultados positivos.
Mas antes pergunte: quem motiva o motivador?
Isto é: quem motiva seu cérebro, que motiva sua mão, que toca seu violino? Não se frustre, não se desespere, lembre-se: ainda existe a última corda: a do aprender de novo para deslumbrar e gerar soluções. Nunca a vida lhe quebrará todas as cordas. Se os resultados estão mal, é a sua oportunidade de tocar a última corda, a da imaginação que reinventa o futuro com inovação contínua. É sempre a corda esquecida que lhe dará o maior resultado.
Mas, se por acaso, você estiver mesmo no fundo do poço, esta é a sua chance de tocar na melhor corda do universo: Deus.

www.felipex.com.br/
Ilustração: Óleo "O contador de histórias",l942-Djanira
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