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UM POEMA DE NATAL

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 12/8/2004 12:01:02 PM


Há muitos anos atrás - mais precisamente em 23 de dezembro de 1986 -, época em que a primeira fase da juventude me agraciava com um despojamento maior de preocupações mais sérias, na hora de expressar uma ideologia de vida que, para muitos, até hoje, provavelmente soaria utópica, eu redigi um poema de Natal, assim, nestes termos:

FELIZ NATAL

Que Natal?
Qual Natal?
O Natal Azul!
De Londres, de Roma,
da América
do Sul.
O Natal da fome, da festa,
da agressão.
A festa humana que cessa
quando é Natal no sertão.
A festa cessa?!
Não!
O que cessa é a falta da roupa
que enfeita o Natal Azul.
E se enche de roupa o mundo,
de luzes, de cor, de debrum, cobrindo
o Natal marrom
e o som
do Natal fulgor
do Natal furor
do Natal sorriso, alegria, cetim,
do barulho sem fim
de sinos, e sonhos, e brindes -
choros...
E vai o Natal bem vestido de couro
e enfeitado com ouro
e brilhante assim.
O Natal Azul de um tal mundo sem cor
a ofuscar com a euforia,
e ocultar a letargia,
a melancolia do Natal
sem Amor.
(Lucilla, em 23/12/1986)

Eu tinha então vinte e dois anos. O Natal se me afigurava, como ainda hoje, na sua significação pura - entenda-se! - a data mais bela do ano! E ainda hoje penso da forma como me expressei na época do poema acima.

Alguns sempre nos assacam acusações e críticas, por encomenda, "moderninhas" e "globalizadas", nestas horas. Há sempre argumentos: o mundo evoluiu (sim, mas, em considerando o significado genuíno da mensagem de Jesus, evoluiu em quê?!); e ninguém tem culpa se os disparates dos responsáveis pelos governos das nações provocam este tipo de desequilíbrio proporcionador, apenas ao bloco capitalista, de um estranho Natal que, embora em sua essência seja uma data propagadora da mensagem de amor, contrasta drásticamente com a miséria e sofrimento constrangedores, para a nossa dita "civilização", numa parcela incomodamente avantajada dos países. Outros ainda, comodamente instalados no nosso modelo contraditório de vida, alegarão moralismo piegas, devaneio burguês, e vai por aí afora...

Tudo subterfúgio necessário a uma atitude batizada de "defesa de avestruz", na hora de se enfiar a cabeça sob o solo para não ver o perigo, e fazer de conta que os problemas não existem, com o fim de se eximir da responsabilidade - de todos, sim, na medida das forças de cada um! - de resolvê-los ou, ao menos, amenizá-los, de dentro da postura de solidariedade que a nossa condição humana requisita!

Tudo retórica conveniente, para nos justificar a omissão grave, a nós, ditos cristãos, na hora de se recordar que o Natal de Jesus deveria ser diário, porque seu exemplo de vida foi o do homem nascido em meio humilde, e que conversou incansávelmente com todos que o buscavam nos campos, tendo como inspiração circunstancial não as relíquias terrenas "que a traça corroi", mas apenas as dádivas da natureza exuberante de Deus; que renegou os requintes ardilosos das letras, e o modelo de vida dos ambiciosos, interessados em subverter as finalidades grandiosas e sublimes da Vida ao sabor de seus caprichos de poder mercantilistas.

Sem banquetes, sem excessos de qualquer ordem, Jesus, equalitáriamente, nos brindou com a Flor excelsa da existência, a ser retirada facilmente, em qualquer época, da simplicidade do íntimo e do coração de qualquer um preparado interiormente, e com "olhos de ver".

Nascemos e renascemos com esta relíquia incrustada em nossos espíritos; e lá ela permanecerá sempre, a espera de que lhe demos a devida chance de florescimento em favor da qualidade da vida neste mundo: é a relíquia do Amor purificado, em prol da vida, dos nossos semelhantes. Amor que se nutre dele próprio, em não intermitente abundância de dispensação a partir de todo aquele sinceramente disposto a realizar o Natal do exemplo do Cristo em si próprio. Apesar de todas as nossas hesitações, e em consciência do aprendizado que nos compete cumprir, se nos interessa, realmente, em algum dia, que o Natal venha a ser uma festa de todos - a verdadeira festa da felicidade real em se viver num mundo justo - num mundo de paz!

Com amor,
Lucilla e Caio Fabio Quinto,
"Elysium"
https://www.elysium.com.br

Lucilla é autora do romance psicografado lançado este mês, "O PRETORIANO", pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos comandantes, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora, ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ: link

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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