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Um pouco mais de liberdade

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Autor Daniel Ferreira Gambera

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 6/4/2006 8:39:51 PM


Durante essa nossa vida, querendo ou não, acabamos por criar um modelo mental de como é o mundo, de como as coisas funcionam. Primeiramente, uma forma quase inconsciente de entendê-lo se desenvolve, através das primeiras experiências de vida. Com o tempo e nosso amadurecimento, podemos continuar utilizando essa mesma forma, ou, então, podemos repensar, pesquisar, estudar formas melhores. Às vezes, porém, permanecemos presos em formas de ver o mundo que diminuem nossas opções, sem percebermos.
Por exemplo, conheço muitas pessoas que entendem que nascemos neste planeta para aprendermos a cumprir regras. Então, elas herdam, ou escolhem um conjunto de regras e tarefas, que segundo seu entendimento, são as suas “missões” de vida. Isso está muito bom, assim. Cada um deve se decidir por si próprio.
Porém, suponha que alguém, mesmo seguindo todas essas regras e executando todas essas tarefas, não consiga a realização que pretendia. O que deve fazer? Continuar fazendo mais forte? Seguindo mais outras regras? Executando mais outras tarefas? Lutando mais contra os obstáculos? Ou, tentando reavaliar sua forma de ver as coisas?
Nessas horas, lembro-me de uma frase que me disseram, uma vez: “Se uma coisa está muito difícil, e só vai se complicando, é melhor parar e tentar descobrir o que você está fazendo de errado. As coisas não costumam ser tão difíceis assim.”.
Seguindo esse conselho, então, cheguei à conclusão de que, para mim, a idéia de que nascemos para cumprir regras e executar tarefas que, ao final da vida nos darão o paraíso, não funciona...
Entrei em contato com outra proposta: a de que nascemos aqui para criar. Seríamos todos criadores individuais, exercitando esse poder, todos sujeitos às mesmas leis. Assim, nessa forma de ver o mundo, a solução para os problemas não está em aprendermos a seguir regras para fazer as coisas, e de encontrarmos quem nos diga quais são as nossas tarefas... Está em entendermos essas Leis Universais, em nos conhecermos melhor, para, sabermos o que e como queremos criar e em exercitar nossa criação.
Para criar é necessária a liberdade. Para o mundo de regras e tarefas, a liberdade não é algo tão importante assim. Por outro lado, mesmo que nossa forma de ver o mundo possa não valorizar a liberdade, creio que todos temos um certo sentimento intuitivo de que ela é algo que tem um grande valor espiritual, não é mesmo?
Mas, mesmo quando valorizamos a liberdade, nem sempre sabemos como cultivá-la, nem como exercitá-la. Quanto de nossa energia criadora perdemos, diariamente, ao agirmos sob influência de outros ou a tentarmos influenciar os outros?
Parece-me que, nesta Terra, nós passamos grande parte de nossos dias perdendo o foco daquilo que realmente nos interessa e enredando-nos em confusões de discórdia ou tentativas de controle.
Certamente que sofremos a influência da ação de outras pessoas. Mas quantas vezes nós mesmos não potencializamos as ações negativas? Uma discussão de minutos pode nos emaranhar em horas, dias ou anos de ruminação.
Um impedimento temporário pode se tornar permanente, pela nossa própria falta de disposição em deixar de culpar os outros ou as circunstâncias e em procurar uma outra solução.
Creio que uma de nossas melhores chances de nos livrarmos da influência que não queremos é nos concentrarmos em nossas próprias ações e objetivos. Do ponto de vista espiritual, talvez, o maior dano que alguém possa nos causar seja o de nos levar a perder o foco daquilo que for realmente importante para nós. Mas, isso, quase sempre acontece com a nossa colaboração, quando achamos que é mais importante reagir ao que uma pessoa nos apresenta do que continuarmos dedicados em continuar criando uma vida maravilhosa para nós mesmos.
Somos seres geradores, apesar de, freqüentemente, só conseguirmos nos ver como seres indefesos e carentes, jogados neste planeta, que lutam entre si pelas poucas migalhas que só estariam disponíveis a uns poucos “sortudos”. Não nos vermos como os produtores de nossas condições de vida é uma das idéias que mais prejudica a nossa liberdade e que nos leva a nos tornarmos prejudicadores da liberdade alheia.
Parece cada dia mais evidente que só as migalhas vão para aqueles que se batem por elas, e que os verdadeiros “sortudos” nada mais foram do que aqueles que conseguiram manter seus espíritos livres, criadores e responsáveis.
Assim como eles, que tal começarmos a fazer escolhas que, afinal, valorizem nossa liberdade?
Ao invés de agirmos de forma intencionalmente prejudicial ou inconseqüente, podemos escolher sermos responsáveis, assim, diminuiremos o número de pessoas que, com justa razão, queiram acabar com nossa liberdade de ação. Podemos, inclusive, agir como facilitadores e colaboradores das expressões positivas dos outros.
Ao invés de nos mantermos enredados em represálias sem fim, podemos deixar para lá algumas questões que não avançam, até que possamos entender melhor o que aconteceu e o que fazer.
Ao invés de continuarmos nos agarrando em mestres e doutrinas, podemos nos propor a assumirmos nossas próprias escolhas e, se depois, chegarmos à conclusão de que escolhemos mal, que nos disponhamos a assumir nossa responsabilidade por isso.
Ao invés de confiarmos em “certezas” herdadas em nossa educação, podemos escolher desafiá-las e experimentar, para sabermos o quanto daquilo é realidade e o quanto é fantasia.
Ao invés de nos prostrarmos no papel de vítimas, podemos fazer a escolha de, pelo menos, aceitar a hipótese de que somos responsáveis por nossa realidade e de que, no devido tempo, e com a devida atenção, conseguiremos nos reconhecer e atuar como criadores de uma realidade mais benigna para nós mesmos.
Ao invés de continuarmos afundados em mágoas do passado, podemos escolher deixá-las ir e nos concentrarmos em nos qualificar para as maravilhosas oportunidades que nos aguardam, hoje e amanhã, mesmo que agora não consigamos vê-las.
Ao invés de tentarmos forçar outros a lutarem pela “libertação”, podemos nos esforçar para garantir que nós mesmos estamos contribuindo para aumentar, de verdade, a liberdade e que, não estaremos, ao contrário, libertando-nos de um tipo de opressão em que somos oprimidos somente para entrar em outro, em que somos os opressores.
Ao invés de deixarmos os noticiários dominarem nossos estados de espírito, nos levando a ter pena, raiva, medo, tristeza, desejo, etc. de forma quase involuntária, podemos nos propor a compreender que, mesmo que o recorte da realidade que eles apresentam seja verdadeiro, há muitas outras verdades acontecendo agora mesmo e que, mesmo que possamos nos solidarizar com os problemas dos outros, não vale a pena nos concentrarmos nos problemas e sim nas soluções dos problemas que forem relevantes para nós.
Podemos começar a nos libertar da nossa própria incoerência e do domínio excessivo que nós mesmos deixamos que os outros e as circunstâncias tenham sobre nós.
Talvez, após algum tempo, nos surpreendamos ao perceber que boa parte de nossos impedimentos e dificuldades atuais foram mais devidos à nossa falta de uma perspectiva adequada, a uma falta de habilidade temporária, à dispersão de nossas forças, etc. do que devido à ação de outras pessoas ou do efeito de circunstâncias que pareciam estar nos prejudicando.

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