Um tipo de solidão
Autor Teresa Cristina Pascotto
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/25/2025 12:24:56 PM
Esta é uma solidão diferente, pois a grande maioria das pessoas que se sentem solitárias, estão sempre tentando estar com pessoas e ter um relacionamento amoroso, até mesmo, de forma desesperada, sempre buscando alguém para fugir de sua solidão. Pessoas assim, podem estar em um relacionamento amoroso "ruim", tendo amizades "ruins", mas são incapazes de encerrar os relacionamentos, só para não ficarem solitárias. Mesmo que estejam vivendo a "solidão a dois", não vão querer encerrar nada, pois seus egos só entendem do que é o concreto: se está com alguém e com pessoas, então não está só!
A pior solidão é aquela em que a pessoa se sente só, mas não sente vontade de estar com outras pessoas, não sente vontade de ter um relacionamento amoroso e nem qualquer tipo de relacionamentos com pessoas em geral.
Vou colocar aqui que isso pode ocorrer com muitos daqueles que buscam o despertar, e que seus egos reagem "negativamente" a isso. Não estou falando de pessoas com graves transtornos mentais.
Isto se deve ao fato de que a pessoa não se sente em paz consigo mesma, apesar de gostar de sua própria companhia, não se sente bem em estar na vida, vive em conflito entre sua própria expressão divina e seu estado de ego.
Com este conflito, ela vive uma intensa experiência "dentro de si mesma", o que faz com que esteja ocupada demais para se ocupar com relacionamentos. Mas vivendo assim, está sempre tentando sobreviver a uma vida que não lhe agrada e, apesar de estar sempre tentando se sentir melhor, tentando se conectar com sua essência, pelo desejo de despertar a consciência, ainda assim, o conflito interno a domina. Isso tudo causa muito sofrimento e ela vive tanto nessa busca por melhorar suas sensações e seus sentimentos, que se fecha em si mesma, acreditando que "se" ela conseguir viver mais em paz neste mundo interno turbulento, ela então conseguirá conviver com outras pessoas de forma mais prazerosa.
Quanto mais ela se fecha, mais seu ego cria experiências e crenças negativas, na tentativa de deixar a pessoa tão ocupada em viver essa intensidade interna, tentando lutar contra algo ou alguém o tempo todo, que a leva para um lugar de profunda solidão, onde ela se esconde do mundo. E, vivendo nesse seu mundo privado e sombrio, ela acredita que, se convivendo apenas consigo mesma, tentando se proteger contra o mundo hostil, ela já vive assustada, com medos e angústia, imagina o que ocorreria se ela "saísse de dentro de si" e realmente se abrisse para o mundo caótico, com pessoas mais angustiadas e com mais pânico do que ela.
Assim, ela se fecha mais e por viver nessa prisão interna, que lhe parece o ninho perfeito para se proteger do mundo, ela vai perdendo a capacidade de suportar a realidade densa das vibrações negativas do mundo. Ela vai se tornando mais sensível às energias negativas e mais intolerante a elas.
Para viver no mundo, precisamos nos adaptar a toda a realidade do que isso implica, vamos nos adaptando aos poucos, desde que nascemos, mas no caso de uma pessoa assim, e aqui falando de pessoa que tem "envolvimento e abertura" espiritual, quanto mais ela vai despertando, mais sensível energeticamente ela fica.
Se ela continua no mundo, ela vai aprendendo a lidar com as energias densas, mas se ela vai se fechando, se escondendo dentro de si mesma, mesmo estando com pessoas ao seu redor, ela vai perdendo a capacidade de interagir de forma "real" com as pessoas.
Desta forma, sua experiência, por mínima que seja na interação com os outros, vai se tornando cada vez mais penosa, mais dolorosa e mais insuportável. A dor de existir com pessoas querendo se "envolver energeticamente" com ela, que é o que normalmente ocorre entre todos, se torna insuportável.
Apesar dessa experiência de vida somente em seu interior ser dolorosa, há também um lado "bom" nisso, é que ela pode se aprofundar mais em seu inconsciente para descobrir mais de suas verdades duais e, com isso, possa se elevar mais em consciência, possa se desenvolver mais espiritualmente e descobrir mais da expressão de sua essência divina e seus potenciais divinos. Mas se a pessoa fizer esse recolhimento profundo, por um período, na intenção de viver tudo o que foi citado acima, para se capacitar mais para se expressar no mundo, isto seria excelente, mesmo que essa experiência fosse, de alguma forma "dolorosa" em alguns aspectos. Porém essa dor seria apenas porque todo esse movimento interior, mexe com a pessoa, traz à tona muitas questões e sentimentos variados. É a tal experiência de passar por uma profunda "limpeza", que traz certa dor.
Só que no caso da pessoa citada neste contexto, ela está mergulhando muito para dentro de si mesma, com a intenção inconsciente de se esconder do mundo e se fechar para que, nas mínimas interações com pessoas, possa viver isso apenas de forma muito superficial, sem alterar nada nela. Nesse recolhimento, ela tem os benefícios citados, porém se isso ocorre por muito tempo, as crenças negativas de seu ego e em seu inconsciente, vão lhe dizendo que é melhor não "sair desse esconderijo".
Sua Alma vem com o propósito óbvio de se expressar no mundo, desta forma, mesmo com a pessoa lutando contra esse propósito, inconscientemente, ela precisa pelo menos sobreviver, o que significa se manifestar minimamente no mundo, pela própria necessidade de trabalhar e viver algumas outras situações de vida. Assim, mesmo não querendo, sua Alma a coloca para fora de si mesma, vez ou outra, o que a obriga a interagir mais abertamente.
Como essa pessoa, apesar da clausura em que vive dentro de si, estar em grande desenvolvimento, quando então é "obrigada" a se abrir um pouco, obviamente que ela vai vibrar em uma frequência um pouco mais elevada e, com isso, se torna mais "atraente energeticamente", fazendo com que pessoas queiram se aproximar. Mas ela teme e esse temor acaba atraindo "vampiros energéticos de todas as formas", aí então, ela poderá ser sugada energeticamente de verdade, pois não se faz forte para não ser sugada, sua crença na impotência facilita o vampirismo. Por acreditar que para estar no mundo, tem que se esconder do mundo dentro de si mesma, isso significa que se acha ainda mais impotente para a experiência com os outros. E isso sim atrai as situações que ela mais teme.
Obviamente que, após alguma experiência como essa, seu ego vai confirmar essas crenças negativas e vai fazer de tudo para manter a pessoa ainda mais enclausurada, escondida do mundo e com mais medo.
Isso se torna uma "bola de neve", vai aumentando ainda mais sua impotência. Nesse ponto, a pessoa já se sente incapacitada para a vida e faz de tudo para apenas sobreviver em "modo básico", sem muitas expressões. Claro que sua vida na matéria acaba refletindo isso de forma dolorosa, quanto mais ela se esconde, mais o mundo não a "enxerga" e, se isso ocorre, sua vida na matéria vai escasseando de várias formas.
Essa escassez meio generalizada, que sua própria Alma favorece e intensifica, será a oportunidade para ela seguir o caminho de "volta para fora", para sua expressão e manifestação de consciência.
Enquanto ela se esconder da vida e a vida na matéria for suficiente em todos os aspectos, mas angustiante quando ela se abre, ela nunca vai querer sair do esconderijo. Mesmo sofrendo a dor da solidão. É por isso que, naturalmente, uma pessoa escondida, viva alguma escassez, mas se ela sobreviver a essa escassez, a dor da solidão se intensificará. E sua Alma só tem esses recursos para fazer com que a pessoa volte a se abrir para a vida.
Antes, quando já estava escondida em si mesma, essa dor da solidão não era tão dolorosa e ela vivia em seu "mundo mental" para se ocupar e não sentir e nem pensar na solidão. Será a dor intensificada por viver escondida - pela solidão e pelos tormentos que vive nessa condição -, que fará com que a pessoa não suporte mais ficar fechada dentro de si mesma e vá para fora.
Na verdade, em seu âmago, essa pessoa tem vontade de viver, de interagir com pessoas, mas dentro de um processo de abertura espiritual, em que seu ego distorceu as coisas, e a fez se perder e sofrer, ela resolveu se esconder. É nessa vontade que sua Alma foca e vai trazendo recursos para que ela comece a se recuperar da "autotortura" psíquica, para voltar a acreditar mais na vida, para voltar a desejar estar viva de verdade.
Geralmente, para as pessoas saírem da zona de conforto, é preciso que tudo fique muito doloroso e extremamente desconfortável, extremamente sofrido. De outra forma, as pessoas não mudam de verdade.
E é isso que sua Alma está criando, um sofrimento insuportável no esconderijo, para que a pessoa queira, desesperadamente, sair dali. A experiência da solidão suportável, vai se tornar insuportável. Desta forma, a pessoa deixará de preferir estar só a estar no mundo e com pessoas. Um impulso de Alma a fará querer novamente estar com pessoas e se relacionar. Claro que será dentro de um processo, em que ela voltará a se capacitar para estar no mundo.
Algumas pessoas estão passando pela dor da solidão, mas nem sabem que, inconscientemente, não querem estar com pessoas. Espero que este texto ajude algumas pessoas a se identificarem com isso, para pararem de "mentir para si mesmas", em que acreditam que querem ter relacionamentos, quando na verdade não querem. Ter consciência disso, é o passo fundamental para que as pessoas possam começar a mudar e voltar para a vida.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Teresa Cristina Pascotto Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
