Uma experiência mágica com o Fogo das Sete Chamas
Atualizado dia 2/15/2007 6:57:38 PM em Autoconhecimentopor Aparecida Regina Camin
Trabalhei com esta amiga durante mais ou menos três anos. Observei que seu jeito era tímido e reservado, as vezes desconfiada; se isolava de todos. Sabe aqueles momentos em que a pessoa deixa transparecer sua dor, sua impotência diante de tantas coisas ruins? Ela sofria, pois sua mãe estava desprotegida espiritualmente e fazia toda a família sofrer com aquela situação. Aninha, como gosto de chamá-la, num certo dia, conheceu um cliente e aí virou um grande amor. Tanto que pediu demissão para ir viver com o rapaz em sua casa de praia. Só vi quando ela se despediu de todos nós e partiu. Passados dois anos sem notícias e sem pensar nela, iniciei o meu curso das Sete Chamas Divinas. Na segunda semana de curso comecei a pensar demais. Como não havia simpatizado com o companheiro dela, nunca mais tivemos contato. Não foi fácil localiza-la, mas consegui o número do celular com antigas colegas de trabalho. Liguei.
Ela estava num pronto-socorro e não me disse o que se passava com ela. Só me pediu, com insistência, que fosse com urgência até sua casa. Confirmei que iria, fiz até uma pequena mala de viagem, mas a deixei de lado porque não conseguia resolver. Pensava nela o dia inteiro e não tomava a atitude de ir viajar. Então, ela ligou novamente me deixando preocupada, com sua voz tremula e triste. Percebi que tinha algo mais.
Na viagem eu olhava para a paisagem tentando me distrair quando ouvi uma voz dentro da minha cabeça, como se eu fosse uma pessoa diferente dialogando com outra. A voz dizia: "Você vai fazer uma mandala na casa da Ana." E eu: "Não! Ela é evangélica, não conhece outras formas de falar com Deus." E a voz: "Vai, sim! Vai cortar o cabelo, recolhe-lo, levar em uma cachoeira e soltar nas águas." "Eu não vou cortar meu cabelo em uma cidade estranha, onde não conheço ninguém, e fazer tudo isso. Pra que cortar meu cabelo?" Ôpa! Fiquei maluca falando comigo mesma!
Cheguei no portão, uma vizinha recebeu-me. Quando entrei na sala, a vi com a perna quase toda engessada. Nos abraçamos e ela chorou muito, mas não contou o que se passava; com certeza ela se culpava e algo a inibia de se abrir. Talvez por ter confiado tanto e ter se enganado com a pessoa que ela amava. Isto dói! Nós sabemos, não é mesmo?
Continuando, vi o abandono dos seus bichinhos e da casa. Me propus a dar água a todos, lavar o quintal e regar as plantas. De repente a voz: "Você vai recolher umas ervas para rezar na perna dela." E eu: "Eu não sei benzer! Nunca fiz isso!" E a voz: "Peça para tirar o gesso." E eu: "Só? Mais alguma coisa? Já estou doida mesmo!" Ela tinha gatos, cachorros, passarinhos, tartarugas e todos estavam com sede. Num tom amoroso, disse: "Aninha, enquanto eu não volto, vou te dar uma tesoura e uma faca e você tira o gesso. Confie em mim! Pode tirar que eu vou te benzer." Qando entrei em casa após o término da limpeza do quintal, o gesso no chão, olhei para as plantas nas minhas mãos. Obedecendo a voz sobre como lavar e macerar e como me posicionar para orar, comecei. Orei com fé e quando acabei, ela se levantou e disse: "Vamos passear na praia; eu não sinto nada de dor. Estou ótima!"
Durante o passeio fiquei sabendo que o companheiro tinha feito a subtração das chaves da casa e dos cartões de crédito. Comentar pra quê? Nessas horas ouvir "não te falei?" é uma frase chata e sem sentido. Na volta passei em uma loja de produtos religiosos fui comprando e fui contando que ia fazer uma mandala para ajuda-la a ficar bem.
E assim foi. Comecei, com jeito, a explicar que eu tinha aprendido a pedir a Deus por uma via que é a grafia divina e que eu estava no curso das Sete Chamas Sagradas e que era o mistério da Lei e da Justiça, que a Regência é o fogo da purificação. Ela concordou em deixar-me à vontade e, assim, repeti a primeira mandala que o mestre me ensinou. Fiquei outra vez com calor imenso, mas com um sentimento de amor por ela, incrível. Tudo correu bem, sem nenhum incidente ou algo diferente; só que a cabeça falava. "Você vai repetir mais duas mandalas, num total de três." Obedeci à minha cabeça que falava comigo.
No dia seguinte fomos mais longe. Passamos pela cidade, eu cortei o cabelo e levei-o comigo. Fomos subindo morro acima e chegamos a uma nascente de cachoeira. Soltei os cabelos como recomendado. Foi muito gostoso o passeio e, da perna, ela não falava nada. Voltamos e só pude fazer a última mandala na presença da vizinha, aquela que tinha cuidado dela até eu chegar.
Preparei tudo, abri a mandala e fui orando e pedindo a purificação da casa, a limpeza energética, a decantação, transmutação de energias negativas e, um pouco antes de terminar, todas olhando para a mandala vimos a ascensão de uma chama subindo bem alto, mais ou menos um metro, por três vezes; subia e descia! Nos assustamos, mas fiquei com uma alegria interior que me fez bem.
E de volta às aulas, falei com o mestre sobre isto. A explicação é de que eu estava recebendo um sinal. Disse para não me preocupar com nada. Só aguardar.
Hoje, o resultado é que minha amiga continua evangélica, montou uma sorveteria na praia, de onde tira sua renda, sem patrão, e ainda se diverte. Passei por lá em um final de ano, junto com várias amigas, pois eu queria saber como ela estava. Fiquei feliz por ela.
Hoje quando estava a escrever sobre ela, recebi uma ligação. Uma de nossas colegas queria o endereço. Com certeza Aninha não duvidou de que Deus tem várias pontes para nos ajudar e que o mistério divino das Sete Chamas Sagradas fez muito por ela.
Agradeço imensamente a mestre Rubens Saraceni por me mostrar que posso ser uma ponte para os enviados de Deus poderem nos ajudar.
Texto revisado por Cris
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