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UMA IMPRESSÃO

Atualizado dia 3/2/2007 10:09:49 PM em Autoconhecimento
por Orlando josé ravaglio


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Somos constantemente convidados a ver em nós mesmos tudo o que não queremos ver em outras pessoas: nosso modo de agir, nosso modo de pensar e até o nosso modo de nos portarmos perante a sociedade e diante das pessoas; podemos ser taxados de teimosos, de “donos da verdade”, frios e calculistas, e até mesmo de egoístas, chegando ao cúmulo de sermos chamados de “aproveitadores de situação”. Mas a verdade é uma só: somos aquilo exatamente que desejamos que os outros não queiram ver em si mesmos, se nos chamam destes adjetivos, e temos a plena convicção de nossa crença nos dizendo que estamos no caminho certo; então, não nos abalamos com a situação.

Sempre sabemos que não somos perfeitos, mas dentro dos preceitos de nossa crença, dizendo-nos a todo instante que devemos continuar neste caminho e que muitas outras pessoas passarão por nós procurando mostrar que acreditam naquilo que estamos fazendo, acreditam que estamos dando o melhor de nós por uma causa nobre. Não são essas pessoas que escolhem por sua livre e espontânea vontade o sofrer, a desilusão, acreditando que nós que temos um DEUS, temos toda uma legião de Guias e toda uma legião a quem vamos prestar as contas. E vêm essas pessoas de baixa moral quererem nos dizer o que devemos fazer - no ditame popular “querendo ensinar o padre a rezar a missa” - pessoas que acabaram de sair do julgo das trevas já pensando que possuem toda a luz que existe para seu uso; que após anos e anos perdidos na escuridão, quando lhes é mostrada a luz, culpam-nos por sua cegueira.

Somos considerados “aproveitadores” que nos iludimos com as coisas materiais e que nos esquecemos de tudo, renegamos aqueles que nos ajudaram. Fazemos de conta que não os vemos, nós mesmos, que depois teremos que socorrer esses pobres de espírito e não diremos nada porque sabemos que a INGRATIDÃO é o que sempre teremos, por melhor que façamos, por mais que soframos. Podemos perder noites de sono socorrendo estas mesmas pessoas que depois irão nos taxar de intransigentes. Podemos largar a própria família e fazer parte de outra e ouvir o que somente é dito para satisfazer a falta de amor familiar que pode causar ”Você é o pai que não tive”, “você é o paizão”, mas depois vem a ingratidão e você não passa de teimoso, de dono da verdade.

Mas para nós isto tudo não importa. Claro que a ingratidão nos machuca, mas seguimos o exemplo do CRISTO que deu sua vida pela dos outros que Ele sequer conheceu. Claro que não deixamos de ver este belo exemplo de ser cristão, umbandista, evangélico ou seja lá o credo que tenha aquele que recebe de bom coração a ingratidão, pois, graças ao nosso bom DEUS, podemos afirmar que estamos no caminho certo, conseguimos tirar uma alma das trevas. Mil vezes agradecemos a DEUS pela conquista que esta pessoa conseguiu por seu próprio esforço quando nós fomos pura e simplesmente o seu apoio.

Agradecemos sempre a DEUS para que possamos suportar o peso de ser apoio e que tenhamos energia suficiente depois para aguentarmos a dor da ingratidão. Poder fazer sempre com que as pessoas olhem dentro de si mesmas e contemplem que são belas, que são filhos queridos, que são sempre o melhor que pode existir dentro da criação divina. Mas nós que somos os instrumentos, aparelhos, portadores de algum dom divino, o que mais nos dá alegria é vermos as pessoas crescerem socialmente, intelectualmente. Mas dificilmente este crescimento é espiritual e assim mesmo ficamos felizes em ver que estas pessoas são encorajadas por alguém a crescerem mais; para os lados, talvez, mas, não importa, estão crescendo; ficamos felizes em ver que adquirem bens, nunca morais; ficamos felizes em ver que conseguiram achar um caminho por onde podem caminhar com altivez; ficamos mais felizes ainda em ver que este filho está feliz e isto faz com que a ingratidão nem seja percebida.

Mas sempre vem alguém abrir a ferida e nos dizer que aconteceu isto ou aquilo. Continuo a dizer que não importa. O que importa mesmo e de verdade é que DEUS nunca nos faltou, pois, nosso coração é cheio de amor para ser dividido por milhões de vezes, por quimeras ingratidões acontecidas em nosso aperfeiçoamento espiritual e então, quando formos prestar contas com nosso criador podermos ser julgados pelas nossas faltas e não pelos nossos sucessos.

Saravá a todos os meus irmãos e que sejamos sempre abençoados pelo nosso Amado Pai. Sejamos sempre agraciados com seu amor incondicional.

Texto revisado por Cris

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