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Uma real regressão à vida passada

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Autor Alex Possato

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 14/01/2008 20:59:49


Uma semana após o nosso primeiro encontro, Lia retornou, com seus trajes simples e despretenciosos, carregando todos os problemas relatados, porém com a firme intenção de encontrar soluções.
Como sempre faço, perguntei como foi a semana, se aconteceu algum fato marcante, se teve problemas de saúde e utilizo todos esses dados como tema para a sessão. A experiência demonstra que, geralmente, os fatos que de alguma forma preocuparam o paciente durante a semana imediatamente anterior à ses-são, servem como chave para a abertura do inconsciente, é um acesso que aflo-ra naturalmente e deve ser aproveitado. Comumente, tudo tem relação com as causas que levaram a pessoa até meu consultório.
Lia era insegura, porém não tímida. Ela não sentia dificuldades em relatar seus problemas cotidianos, e foi descrevendo a semana sem titubear.
Disse-me que esteve mais segura após a nossa entrevista, e mesmo com a vi-sita da sua mãe, conseguiu ter paciência e não se deprimir, como normalmente acontece após a visita. Desde a infância, como já vimos, até o momento, Lia sempre teve sérios problemas de relacionamento com a mãe - apesar de tentar ajudá-la e compreendê-la, a mãe não correspondia, continuando com o gênio impulsivo, dominador, subjugando a filha que, por sua vez, deixava-se dominar.
Aproveitei este aspecto, o sentimento de culpa sempre presente em minha paciente, para iniciar a regressão. Lia instalou-se confortavelmente no divã, perguntei-lhe se estava com frio, ela meneou a cabeça, e então comecei o rela-xamento. O relaxamento não é um processo demorado - após alguns minutos, pedi para ela ir a um momento passado onde ela tivesse sentimento de culpa. Disse-lhe para repetir constantemente a frase: tenho sentimento de culpa, eu sou culpada, tenho sentimento de culpa... A monotonia da sua voz repetindo a frase era acompanhada pelo rápido movimento do globo ocular, sob as pálpebras cer-radas, e por ligeiras contrações musculares. Esta movimentação um pouco fre-nética do globo ocular, também conhecida pela sigla em inglês REM, rapid eyes movement, é característica das pessoas quando estão sonhando, e também ocor-re quando o paciente está percebendo imagens no inconsciente.


Estamos num quintal grande, local onde sempre vamos brincar, perto de ca-sa.
Meu irmão está gritando, chorando. Meu primo bate no meu irmão, eu faço maldades com ele também. Tenho oito anos, os meninos são menores, esta é uma cena da minha infância no nordeste. Tenho prazer em fazer maldades, mas ao mesmo tempo sinto pena do meu irmão; eu poderia defendê-lo e não o fazia. Se pudesse, hoje eu lhe pediria desculpas.
- Faça isto então, peça perdão.

Como nada mais lhe vinha à mente, disse-lhe para ir a um momento passado onde se sentisse tão culpada e má como na situação que narrou. Na regressão, procuro não deixar as emoções escaparem, estou sempre perguntando, sugerin-do frases para serem repetidas - o paciente, uma vez que está consciente, apesar de relaxado, não tem muito tempo para formular idéias, modificar aquilo que está aflorando no inconsciente.

- O que você vê, o que lhe vem à mente?
É um vaso lindo, todo trabalhado, enorme, repleto de flores. Ele está na pon-ta de uma escada de mármore. Eu estou na sala, o piso também é de mármore. Minhas roupas são finas, estou bem arrumada, devo ter por volta de 35 anos.
Sou a dona da casa, tenho dinheiro, empregados, também me acho bonita, mas sinto um tédio enorme, não tenho nada para fazer, a vida é monótona - pas-so o tempo andando no jardim, lendo ou simplesmente pensando em futilidades. Dentro desta situação enfadonha, começo a beber e a comer muito. Vou engor-dando, fico inchada, sou uma mulher desanimada, triste...
Eu queria tanto ter alguma companhia, alguém para compartilhar a minha vi-da, mas não tenho ninguém. Os dias de sol, onde a beleza da natureza é mais radiante, não me provocam nenhuma impressão. São apenas dias que vão pas-sando. Somente sinto algum prazer quando bebo, algumas vezes acordo com uma compulsiva necessidade de beber.

Já estou velha, meus cabelos estão escassos e brancos, estou enrugada, in-chada, fraca, não saio mais da cama. Vou morrer, não tenho mais forças nem vontade de continuar vivendo. É tudo muito rápido. Sinto como se eu me des-prendesse do corpo, posso observá-lo inerte na cama, observo o quarto, a deco-ração. Não vejo mais nada...
- O que você diria, se pudesse, neste momento da sua morte?
- Eu gostaria de ter alguém...

O paciente, quando está vendo uma vida, geralmente não inicia da infância para a velhice, de forma cronológica - ele parte de um determinado momento, muitas vezes avança muitos anos, outras vezes retrocede. As situações também não surgem de maneira ininterrupta, como um roteiro pré-estabelecido. Fre-quentemente tenho que intervir com perguntas e insinuações, solicitando que se avance ou volte alguns anos. Como o objetivo da terapia é a melhora do estado do paciente, muitas vezes tenho a desagradável tarefa de quebrar descrições singelas de paisagens bucólicas, ou a narração de situações interessantes, mas sem aplicações práticas para a terapia. Muitas pessoas conseguem falar du-rante minutos sobre a beleza de um vale cortado por um rio caudaloso, o ar refrescante da primavera e a fragrância das flores impregnando tudo ao re-dor... Na situação contada pela paciente Lia, acima, não procuro interromper, ao contrário, procuro saber mais, pois ela está relatando o seu estado de espí-rito, suas fraquezas, decepções e quiçá, realizações, e por isso tenho que saber o que originou tudo isso, porque ela morreu tão solitária e desiludida. Peço então para ela voltar para a infância desta vida passada.

Você gostou? Quer conhecer todas as regressões que Lia fez, qual era o seu problema e como a Terapia de Vida Passada solucionou? Baixe gratuitamente o livro Regressão: a evolução da terapia de vida passada (autorizada pelo autor Alexandre Possato)acessando o link abaixo:

www.nokomando.com.br


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Alex Possato   
Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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