Uma Visão Ética da Regressão Terapêutica
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Autor Mauro Kwitko
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/17/2005 8:41:17 AM
Muito se tem falado, hoje em dia, sobre esse novo método terapêutico baseado na busca do desligamento de uma pessoa de fatos traumáticos do seu passado que ainda estejam lhe afetando, trazendo os sintomas das fobias, do transtorno do pânico, as depressões refratárias, dores sem solução, etc.
Mas existe a Lei do Esquecimento que não pode ser ignorada, pois é uma circunstância do Espírito reencarnado que, se reencarnasse sabendo do seu passado, certamente não agüentaria o peso dessa memória, seja em relação ao que fez como também ao que lhe foi feito em outras épocas. Imaginem se soubéssemos quem nós e nossos pais, filhos, demais parentes, conhecidos, fomos e fizemos em encarnações passadas; seria praticamente impossível nossa convivência! E a busca dos resgates, das harmonizações, seria muitíssimo prejudicada se não houvesse o Esquecimento. Por isso, quando o Espírito reencarna apaga-se para ele o passado e isso deve ser respeitado.
Mas a Terapia de Regressão é uma técnica incentivada pelo Mundo Espiritual e isso, que parece uma contradição, pode ser conciliado desde que seja observada a ética em relação ao Esquecimento. A regressão realizada pelo Guia Espiritual do paciente, e não pelo terapeuta, é uma regressão ética realizada por nós da Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista (www.abpr.org). É de fundamental importância que a Regressão seja realizada de uma maneira ética, sem que o terapeuta infrinja as leis carmáticas.
E a Terapia de Regressão não deve nunca ser colocada a serviço da curiosidade e também não devemos infringir a Lei do Esquecimento dirigindo o processo, ajudando o paciente a saber coisas como “Quem eu fui em outras vidas?”, “Quem, eu e minha ex-esposa, fomos?”, “Porque meu filho me odeia?”, etc., e sim, permitir que o Guia Espiritual da pessoa, dentro do merecimento dela, lhe mostre e possibilite seu acesso ao que pode ver e acessar.
No início do meu trabalho como terapeuta de regressão cometi alguns erros desse tipo que venho corrigindo com o tempo. Naquela época era eu quem realizava a regressão, estabelecia o que o paciente devia acessar, dirigia o trabalho, ajudava a pessoa a saber o que ela queria saber, e até incentivava o reconhecimento hoje de pessoas na vida que estava! Que erro!
Como faço regressão atualmente? Colocando-me apenas como um auxiliar do seu Guia Espiritual, auxilio o paciente a promover um profundo relaxamento de seu corpo físico e, depois, incentivo-o a expandir a sua Consciência, pedindo que imagine que está subindo... crescendo... sem induzir a nada, sem sugerir nada, sem conduzi-lo. Após 20 ou 30 minutos, com a sensação corporal bastante diminuída e sua Consciência expandida, o seu Guia Espiritual assume o comando e pode levá-lo a encontrar uma situação traumática do seu passado, em que está sintonizado como se ainda estivesse lá. A partir daí, o meu maior cuidado é não atrapalhar quem está dirigindo a regressão. O meu trabalho é, de vez em quando, incentivá-lo a continuar me contando o que está acontecendo até o final da situação, até o seu desencarne naquela vida; continuar me contando até subir para o Astral até eu perceber que está melhorando, que tudo está passando, até me referir que está sentindo-se bem. Aí eu vou preparando o final da sessão: digo a ele, então, que pode relaxar, pode permanecer em silêncio e vamos encerrando a sessão. Nunca devemos terminar uma regressão enquanto o paciente não refere estar sentindo-se muito bem. Onde termina a regressão, fica a sintonia.
Concordo com algumas pessoas do movimento espírita que opõem-se à Terapia de Regressão pois, realmente, existem terapeutas realizando regressão sem cuidar da ética, conduzindo o processo, dirigindo a sessão, fazendo com que o paciente veja coisas que não poderia ver, acesse fatos que não poderia acessar e até reconheça pessoas lá com as quais convive hoje. Isso é errado e perigoso.
A regressão tem uma ação terapêutica em potencial que é poder desligar a pessoa de situações traumáticas de uma ou mais encarnações passadas, às quais está ligada como se ainda estivesse lá; mas tudo está dentro do merecimento e quem sabe se a pessoa já merece libertar-se de uma situação traumática do seu passado é o seu Guia Espiritual e não eu! Por isso não faço mais regressão, apenas auxilio. Com isso, meu trabalho cresceu muito.
E uma outra questão: porque não terminamos a regressão logo após o final da situação traumática? Antigamente, algumas vezes, numa 2ª sessão de regressão eu percebia que o paciente retomava seu relato no ponto onde tinha parado na regressão anterior, mesmo já desencarnado; e eu percebia que ele ainda não estava bem. Por isso, decidi passar a realizar uma Regressão completa que vai desde a situação traumática até a morte, o desencarne e continua até a pessoa estar no Astral sentindo-se bem, quando refere que já não sente mais aquele medo que sentia, aquela raiva, aquele sentimento de rejeição, aquela solidão, aquele medo, a dor da facada, do tiro, etc.
Alguns terapeutas de regressão fazem o paciente reviver apenas até o final do trauma do passado. Mas isso, na minha opinião, pode ser uma regressão incompleta pois onde termina a regressão fica a sintonia e se ele após o trauma ainda não estiver bem? Regressão é uma rememoração do momento traumático do passado onde a pessoa ainda ficou sintonizado, com a intenção de ajudá-lo a libertar-se daquela sensação. Mas se podemos fazer a pessoa rememorar desde o trauma até quando estava sentindo-se bem lá no Astral, porque parar “no meio do caminho” logo após o trauma? E é fácil fazer isso; é só levar o relato do paciente até seu desencarne naquela vida e incentivá-lo a continuar contando, após sair do corpo... Dizendo, por exemplo: “E agora que teu corpo morreu, para onde tu vais?... Agora que tu és um Espírito... que podes subir... o que acontece? Continua me contando...”. Aí haverá mais possibilidades do paciente ficar sintonizado num momento bom, de libertação, e não logo após o trauma quando, freqüentemente, ainda sente dor, medo, tristeza, solidão, raiva, insegurança, etc. E, então, vou preparando o final da sessão; digo a ele que pode relaxar, pode permanecer em silêncio e vamos encerrando a sessão.
Estamos seguindo os passos do Dr. Freud que descobriu esse mundo escondido; mas por sua limitação e dos seus seguidores isso ficou restrito apenas a uma encarnação, a que equivocadamente chamam de “vida”. Nós estamos indo Inconsciente adentro! E o que encontramos? A Reencarnação.
Estou tranqüilo, hoje em dia, realizando uma regressão ética e peço a Deus que me ajude a continuar merecendo o apoio do Mundo Espiritual no meu trabalho.
Dr. Mauro Kwitko (www.maurokwitko.com.br)
Curso de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica: Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo e a partir de 2006 no Rio de Janeiro (abprneci@aolcom)
Informações e inscrições: link
Texto revisado por Cris
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