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Vale a pena sofrer por amor?

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Autor Flávio Bastos

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/24/2006 3:01:30 PM


A busca do ideal nas relações amorosas, poderá levar a pessoa a "acionar" mecanismos que se encontravam latentes no depositório da sua vivência pregressa: o inconsciente. A liberação destes sentimentos, até então reprimidos, poderá fazer emergir com toda a sua força, a obstinada procura de um parceiro ou parceira que consiga preencher vazios e curar cicatrizes do passado.

Helena era uma pessoa profissionalmente bem sucedida. Casada há 18 anos e com dois filhos adolescentes, levava uma vida estável entre as obrigações profissionais e o conforto da família. Até que, nas relações de trabalho, conheceu uma pessoa que despertou-lhe sentimentos muito intensos, mas confusos, que oscilavam entre desejo e culpa.

Ao relacionar-se com esta pessoa, Helena despertou em si aspectos da sua infância que encontravam-se "camuflados" pelo seu psiquismo. O fato de ter sido criada por uma "mãe-pai", pois conhecera o seu pai biológico quando tinha 19 anos, deixara uma considerável lacuna relacionada à falta da figura paterna em sua vida. A mãe, depois que separara-se de seu pai quando ela tinha apenas 4 meses, jamais aceitara outro homem em sua vida. Assim, Helena passou a infância sem uma referência masculina que fosse significativa.

Este outro homem, então, começou a significar-lhe, inconscientemente, esta referência masculina perdida nas arestas do tempo. O vazio, a carência de amor deixada pelo seu progenitor, teria que ser preenchida e compensada pelo sentido da presença física, da atenção, do afeto e do carinho que lhe faltara.

No entanto, após um curto tempo de relacionamento intenso, o homem retornou para a sua cidade de origem, conheceu outra mulher e simplesmente esqueceu-a. Para Helena, desde então, este "esquecimento" provocara-lhe um forte sentimento de abandono. E sentindo-se rejeitada, sentimentos do passado infantil emergiam, misturando-se, numa manobra envolvente, às experiências atuais.

Mas, apesar do infortúnio que frustrara as suas expectativas, ela não desistira de resgatar este "elo perdido" da sua história de vida. O marido, neste contexto, representava uma figura pálida e apagada das suas necessidades de preenchimento de amor. A vida de casada, a sua confortável casa, a imagem profissional e até os filhos, que eram elementos significativos na construção da sua realidade concreta e circunstancial, passaram a ser figuras secundárias na escala de valores considerada importante em sua vida.

Helena desenvolvera uma neurose obsessiva e o objeto amado encontrava-se distante e inacessível. O pensamento, embora conseguisse executar as tarefas do cotidiano, tornara-se fixo. O sentimento mais intenso, embora confuso: o de posse. Estava formado o quadro mental e sentimental ilusório que aprisionava Helena. E foi com esta sensação de "aprisionamento" que a fazia sofrer por amor, que ela resolveu procurar ajuda na terapia.

A situação em que se encontrava era mais comum do que se poderia imaginar. No entanto, antes que a neurose obsessiva avançasse no sentido da imprevisibilidade de suas conseqüências, esta dependência afetiva seguida da sintomatologia descrita, exigiu, antes de mais nada, tratamento de orientação psicanalítica, para depois, se necessário fosse, pensar-se em regressão de memória.

Por que sofrer por amor se as oportunidades de relacionamento pessoal que a vida nos apresenta são imensas? A resposta deste questionamento, entre outros do gênero, passa, necessariamente, pela avaliação de uma pessoa que atingiu o seu equilíbrio interior pela resolução de seus problemas originais. À medida que começarmos a compreender o verdadeiro significado da palavra amor em nossas vidas, daremos início a um consciente processo de distribuição deste amor antes considerado exclusivista e egóico, para uma situação de desprendimento e de libertação do passado.

Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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