Vamos tirar um retrato?
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Autor Eliane Stum
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/1/2005 6:55:15 PM
Durante um bate-papo após uma palestra que eu havia ministrado, uma pessoa comentou: “Porque precisamos ouvir o óbvio para pensar nele?”.
É bem verdadeira essa afirmação, porque muitos de nós já fomos atingidos por esse sentimento. Sabemos mas agimos como se não soubéssemos. Aprendemos e arquivamos o aprendizado, deixando de praticar.
Não precisamos nos culpar por isso. É comum imaginarmos que a solução é uma coisa complexa, difícil e que precisamos de muito esforço para alcançá-la. E quando descobrimos que a chave que tanto procuramos está dentro de nós mesmos, é natural um certo desconcerto.
Na verdade, criamos tempestades em copos d’água para situações que podem ter a solução facilmente identificada. Não estou dizendo que a solução é fácil de ser aplicada! Para isso é necessário coragem, esforço e perseverança! Mas saber o que é necessário fazer, isso sim é simples e se nos conectarmos conosco mesmos, se ouvirmos nossa voz interior, acredite, vamos identificar todas as respostas que arduamente buscamos.
Proponho um exercício bastante simples: primeiro, faça uma análise de si e conclua quem é você hoje, como você se vê e como acredita que vem conduzindo sua vida.
Agora, lembre-se do seu guarda-roupa e classifique-o:
- organizado, com tudo no lugar;
- meio bagunçado, com algumas adequações a serem feitas;
- totalmente bagunçado, no melhor estilo “não o mostraria pra ninguém”.
Tendo as duas conclusões, compare uma e outra – a conclusão sobre si e sobre o seu guarda-roupa - e observe o quanto estão próximas ou distantes. Para sua surpresa, a conclusão a que você chegou sobre o seu guarda-roupa é exatamente como você vem conduzindo sua vida: em harmonia, com alguns altos e baixos ou totalmente atribulado.
Nem sempre nos vemos como de fato nos comportamos. Por isso, minha sugestão: vamos tirar um retrato? Literalmente tirar uma fotografia. Qualquer dia, em qualquer horário, mas de preferência com bastante proximidade, para que o seu rosto esteja nítido.
Observe esse retrato como se fosse outra pessoa e procure identificar o que você diria sobre ela. Procure, ao máximo, abstrair que é a sua própria imagem. A partir daquilo que você identificar no retrato, pergunte a si mesmo: “Vem lá de dentro ou era uma situação passageira?” Por exemplo: se você constatar uma expressão de cansaço, era uma decorrência daquele momento, daqueles dias ou você está se forçando a conviver com uma situação que mina suas forças?
Já que o óbvio é mais difícil, se nos olharmos de dentro pra fora nos aparenta mais complicado, vamos procurar fazer o contrário, olhando de fora para dentro. Vamos primeiro identificar que pergunta precisamos responder e é certo que a resposta está guardadinha no âmago de cada um!
Felicidades a todos!
Texto revisado por Cris
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