VENCENDO A INDISPOSIÇÃO
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Autor Ceissamorim - Buddhayan
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/23/2005 9:44:38 AM
Há dias em que o cansaço é mais forte do que qualquer vontade de seguir em frente. Quando isso ocorre, procuro me recordar o quanto quis alcançar o que alcancei; como foram duros os dias de empenho.
Aos 19 anos fui estagiária da extinta LBA. Após um desentendimento com a chefe do setor decidi que era hora de passar em um concurso público. O primeiro concurso que fiz foi para auxiliar administrativo do antigo DASP (esse órgão lotava os servidores na esfera federal). Fui bem classificada mas no teste de datilografia, reprovei. Até hoje, tenho alguns "probleminhas" com a digitação...
Nessa época cursava Geografia. Deparei-me com o concurso público para Agente de Polícia Civil do DF. Trabalhava o dia inteiro; do trabalho ia para a faculdade e quando chegava em casa dava uma lida na matéria do concurso. Passei na 1ª fase. Restavam-me ainda o teste físico e o psicotécnico.
Recordo-me que tive que treinar minha resistência física nos finais de semana. Não foi fácil, mas passei em todas as etapas sem a necessidade de mandado de segurança. Mas ainda havia o curso profissionalizante. Esse foi um verdadeiro massacre! Passávamos o dia inteiro na Academia de Polícia, local distante, sem muitos recursos. A grana curta fazia com que a maioria dos candidatos levasse "quentinha" que era aquecida pelos raios solares. Imaginem o perigo! Mas, todos sobrevivemos.
Agora faltava a aprovação no curso profissionalizante e depois o estágio probatório.
Tive bom desempenho em ambas as fases.
Houve ocasiões que o stress advindo da profissão me dava vontade de "jogar tudo para o alto". Então, conversava com os "antigões", policiais que estavam prestes a se aposentar e eles me falavam: "Você ainda vai ver muita coisa feia. Algumas serão solucionadas, outras não e assim é a vida." Tomava fôlego e voltava às investigações. Eu só tinha 21 anos!
Não foi fácil chegar até aqui. Muitas vezes pensei em desistir. O que me conteve? Todas as vezes em que o desatino me visitava, procurava um colega para desabafar e me lembrava do quanto foram penosas as etapas, o quanto quis ingressar, como foi gratificante ser aprovada. Não, não podia ser ingrata a Deus, que tanto me escutou e atendeu ao meu pedido.
Enchia-me de forças e continuava, dia-após-dia num plantão de 24h de serviço por 48 horas de folga, sem direito a feriado ou final-de-semana. São 18 anos de serviço com dedicação exclusiva!
Atualmente as coisas estão bem mais fáceis. As investigações mais técnicas, cheias de recursos científicos incontroversos, como o DNA. O plantão, hoje, atua numa escala de 24h de trabalho por 72 horas de folga.
Antigamente ninguém queria ser policial civil. Contrariei as expectativas de minha mãe que gostaria que eu ingressasse no Banco Central, local em que ela trabalha. Mas não era minha praia.
Atualmente, em razão do bom salário, temos candidatos graduados em medicina, odontologia, engenharia, ingressando como agentes de polícia. Muitos ingressam com idade avançada, em torno de 50 anos. Estes candidatos passaram por provações bem maiores que as minhas por que a concorrência é implacável. A grande maioria vai começar agora a adquirir a bagagem que tenho. A estabilidade financeira, a casa própria. Deus foi extremamente bondoso comigo.
Nada foi tão fácil! Quando às vezes me bate aquela indisposição, reavalio minha trajetória e me pergunto: quantos ainda tentam chegar aonde cheguei? Quantos gostariam de trocar de lugar comigo, apesar de tudo? Quem sou eu para me dar o desfrute de me sentir indisposta para o trabalho? É muita ingratidão deixar-se desanimar depois de tantas conquistas.
Se há alguma coisa de que tenho orgulho é de pertencer a uma instituição séria, cujos crimes de repercussão foram todos solucionados. Embora o tempo tenha passado não "engavetamos" as ocorrências. O mais recente foi o Caso Pedrinho, menino que foi seqüestrado por Vilma. Naquela época eu nem pensava em ser policial...
Esse depoimento foi escrito para lhe dizer que se estiver pensando em desistir do seu compromisso, volte-se para alguns anos atrás e lembre-se de seu desejo de estar onde se encontra hoje. Quantos, apesar de tudo, gostariam de estar em seu lugar? Não deixe que o estresse o vença. Você pode, se você quiser!
Agradeça a Deus todo o seu processo. Porisso você é quem é.
Muita Paz a todos!
Texto revisado por Cris
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